Bobagem.
A mais poderosa nação do mundo, os EUA, é um povo de vira-latas. Por baixo daquela elite branca de olhos azuis há uma multidão de negros, mulatos, indígenas, europeus e asiáticos que movem a poderosa máquina economia norte-americana. Não acho que a miscigenação necessariamente torne um povo próspero, mas que ajuda, ajuda, pois riqueza e diversidade na herança cultural permitem vislumbrar mais alternativas para os desafios da vida.
O Brasil também quis renegar sua origem mestiça ao tentar branquear sua população no início do século, com a imigração em massa de europeus para cá, relegando os escravos negros e a incipiente elite mulata que surgia no século XIX à exclusão social, ao desemprego e à fome. O tiro saiu pela culatra. Tornamo-nos ainda mais mestiços, o que foi ótimo. Nosso
caldeirão étnico ficou ainda mais bagunçado e ganhamos todos com isso.
Sou uma mistura de noruegueses, índios, portugueses, espanhóis e, provavelmente, negros (meu cabelo quando cresce fica meio pixaim). Acho maravilhosa a mistura que criamos. Se nos voltarmos a essa rica e misturada salada, teremos muito a ganhar e pouco a perder.
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