Estado também pega o turista pelo estômago
Artur Araujo
Reportagem publicada em 02 de agosto de 1998 no jornal Diário do Povo (Campinas / São Paulo / Brasil)
Pernambuco também seduz o turista pelo paladar. Estado famoso por seus canaviais, o que não falta lá é doce. A culinária local tem a sua marca própria e encanta aqueles que se aventuram a conhecê-la.
Dentre os vários quitutes, vale destacar o bolo Souza Leão. Nome de uma tradicional família pernambucana, a iguaria é deliciosa. Lembra um bolo de quindim. É um pouco mais seco do que o doce baiano e leva outros ingredientes, como a mandioca, mas o sabor é irresistível.
Uma curiosidade para nós, do Sul do País, é o pé-de-moleque. Nada tem a ver com aquele doce de açúcar com amendoim. Em Pernambuco, esse é o nome de um bolo de mandioca escuro. Há também a baba-de-moça, que se faz com leite de coco e convence a qualquer um das qualidades dos doces de Pernambuco.
Mas o Estado não se limita às sobremesas. O queijo coalho, por exemplo, é um escândalo de bom. Tem uma textura ao mesmo tempo suave e gordurosa, que lembra tanto o queijo minas tipo frescal quanto aquela mussarela que é usada para fazer queijos de nó.
Há também o guaiamum. É um tipo de caranguejo azulado, muito comum na região. Ele é feito de todos os jeitos possíveis e é uma delícia. Além de iguaria, o povo atribui ao crustáceo poderes medicinais. Ele seria excelente para curar a coqueluche.
A carne-de-sol, típica do Nordeste, que é salgada e seca ao sol, merece ser apreciada e é feita das mais variadas formas possíveis. Da mesma maneira, é impossível não deixar de provar a manteiga de garrafa, que é líquida e funciona como uma espécie de azeite de oliva para temperar as comidas fortes do Nordeste.
Um paraíso regado à natureza e história.
Conforto e diversão em cenário 5 estrelas.
Região reivindica ser local do Descobrimento.
Estado tem festas durante o ano todo.
Um Caribe sem furacões nem vulcões.
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