Iniciou
no Colégio Caraça o curso de Humanidades, que concluiu em São Paulo. Matriculou-se
na Faculdade de Direito desta cidade, recebendo, em 20 de março de 1841, o grau
de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais.
Em
decreto de 11 de outubro de 1843, foi nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do
termo de Uberaba, sendo removido para o de São Romão, em decreto de 20 de
fevereiro de 1847, e Paracatu, em decreto de 21 de novembro de 1848, e
reconduzido, em decreto de 8 de junho de 1849.
Seus
distintos serviços mereceram do Governo imperial a nomeação de Juiz de Direito
da comarca do Paraná, na província de Minas Gerais, em decreto de 7 de fevereiro
de 1850.
Foi
depois removido para as comarcas do Rio Grande, na mesma província, em decreto de
19 de outubro de 1853, e Itapicurum-Mirim, no Maranhão, em decreto de 5 de abril
de 1864. Não havendo aceitado essa remoção, foi declarado avulso, em decreto de
10 de fevereiro de 1866.
Em
decreto de 4 de janeiro de 1871, foi designado para ter exercício na comarca de
Cabo Verde, sendo removido para a de Rio Verde, em decreto de 5 de janeiro de
1872.
Havendo
sido criada pela Lei nº 2.342, de 6 de agosto de 1873, a Relação de Minas
Gerais, com sede em Ouro Preto, foi ele nomeado, em decreto de 6 de novembro
seguinte, Desembargador dessa Relação, da qual foi Presidente, assumindo o
exercício do cargo em 3 de dezembro de 1874.
Aí
serviu durante mais de doze anos, até ser nomeado, em decreto de 12 de fevereiro
de 1887, Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, preenchendo a vaga ocorrida com
a aposentadoria concedida a Caetano Vicente d’Almeida, Barão de Mucuri; tomou
posse em 5 de março seguinte. Foi aposentado em decreto de 19 de setembro de
1888.
Exerceu
o cargo de Chefe de Polícia da referida província de Minas Gerais, em decreto de
19 de janeiro de 1870, sendo exonerado por decreto de 4 de janeiro de 1871, e
interinamente entrou em exercício em 26 de dezembro de 1874; deixou em 26 de
dezembro de 1875 e em 24 de dezembro de 1876.
Foi
agraciado com as condecorações das Ordens de Cristo e da Rosa e o título do
Conselho.
Escreveu
um compêndio de filosofia e tinha os elementos essenciais, pelo brilho do
talento, para ser escritor de nota em livros úteis. Talvez as vicissitudes de sua
vida agitada não permitissem tal conquista, honrosa para si e para a terra de seu
berço.
O
Conselheiro Joaquim Caetano da Silva Guimarães faleceu em 20 de agosto de 1896,
em Ouro Preto.