Transferência: transmissão de saber na psicanálise e
 a formação do psicanalista
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                                                         Maria Cristina  Rios Magalhães

  

            Este trabalho tratará alguns aspectos da capacidade e propriedade que a psique tem de, além de captar o mundo extrapsíquico, apresentar-se, representar-se e interpretar a si mesmo, tendo como motor destas possibilidades o que em psicanálise é denominado transferência: elemento essencial da prática clínico-teórica da psicanálise, seja como o que viabiliza seu processo, ou como resistência a ele. Abordaremos também alguns de seus aspectos   na  transmissão   da   psicanálise,  ou   seja,  na   formação   do   psicanalista   que

freqüentemente é discutida como uma questão da organização das instituições e que aqui será vista como uma formação do inconsciente.

            Psicanalisar, desde Freud, é clinicar tendo como referência um quadro ideal, por isso mesmo virtual, promotor e balizador da prática do método e da técnica que tem como objeto o inconsciente. A psicanálise consiste na clínica da abertura para o desconhecido na psique, que se apresenta como linguagem e poïesis. Ao analisante é solicitada a associação livre: dizer o que vier, como vier, que é, sem dúvida, a regra fundamental que instaura e  constitui a situação analítica. Tanto a ausência quanto a presença do cumprimento desta regra, uma vez proposta,  põem em marcha a realização da psicanálise. A atenção eqüi- flutuante, a neutralidade e a abstinência, compõem os recursos metodológicos e técnicos   que o psicanalista dispõe para propiciar a associação livre, depurar a transferência, para que se germine e amadureça a interpretação.

            Estes referentes  ideais são sinalizadores da resistência e do fluxo da sexualidade, do desejo inconsciente e, a um só  tempo, são os balizadores que mantêm  em  perspectiva  a abertura para o imprevisível na psique. Eles colocam o inconsciente em situação e em processo,  promovendo um campo de  transferência potencializada. É através dela  que se materializam os procedimentos que produzem o processamento clínico e teórico na psicanálise. É na transferência, através da fala livre-associativa, que o inconsciente pode ser escutado e interpretado.

            A situação analítica demanda que a fala fale sem medir o que vai dizer, curando possibilidades no significar e nomear das apresentações, das representações, das novas marcas, ligações e formações na psique. O inconsciente fala porque é escutado. Fala e é escutado mesmo em seu silêncio, para que o não dito, o indizível, o impensado, o impensável se façam, talvez, dizíveis. A fala e a escuta, tanto no seu encontro quanto no desencontro, produzem saber do inconsciente, da psique que, em sua capacidade de engendrar representações e transferências, perscrutam e bordejam o irrepresentável. 

 

         A transferência que está em jogo na psicanálise é uma capacidade física geradora de trabalho que produz acontecimento. Na psique ela é a transmissão que ocorre de uma representação a outra e de um sistema a outro. É o motor que transporta, usando como combustível a energia psíquica, representantes da pulsão, representações do desejo inconsciente,  figurações em imagens sensoriais e representações-palavra. Na situação analítica ela é o efeito da transposição dos desejos infantis inconscientes ao analista ou ao ato de psicanalisar.

  

            Na  transferência  o desejo infantil na sua procura de gozo, aliado ao impulso  consciente, serve como protótipo, padrão libidinal antecipado, no encontro de novos objetos amorosos. Sendo assim, tanto as parcelas mais desenvolvidas da psique, quanto as mais originárias, participam das eleições amorosas em geral, como também, da forma que um analisante ou até mesmo um candidato a análise é mobilizado pela situação analítica e pelo analista. No tratamento psicanalítico, devido ao modo como ele se organiza em função da neutralidade e da abstinência do analista associadas à sua disponibilidade atenta, o fenômeno da transferência sofre uma depuração. Estes recursos: neutralidade, abstinência e silêncio são condições de grande importância na possibilitação de que o inconsciente possa falar. São condições necessárias também para que este possa se escutar e interpretar. A quebra destas atitudes metodológicas e técnicas indicam a presença de resistência à análise já que é a presença delas que propicia a livre associação ou que possibilita perceber mais acuradamente  seu  impedimento. E  é  através  destes  procedimentos  que  a  análise,  as  resistências  e  as fixações da transferência capturada pela compulsão a  repetir podem ser dissolvidas.

            Na ausência da transferência a psicanálise é uma impossibilidade. Ela está presente, também, no tratamento da psicose. A transmissão, a tradução, a transposição e a transcrição são  formas de ocorrência da fala e da escuta em geral, mas, na situação analítica, o poder de metáfora da linguagem se  concentra enviando a fala e a escuta para além da própria linguagem, à sua meta: o desconhecido na psique. São as amarras da capacidade de representar na psique que estão em tratamento, envolvendo seus aspectos econômico, dinâmico e tópico.             

            No inconsciente, tanto a imagem quanto a palavra têm estatuto de coisa. Os atributos e qualidades sensoriais do odor, gosto, cor, textura, volume, peso etc..., são vívidos. Por esta razão é conceituada como representação-coisa. A representação-palavra, enquanto tal, concerne ao âmbito do pré-consciente e do consciente. Isto indica a qualidade da condição do que é posto em transferência por meio de condensações e deslocamentos. Os protótipos destas representações são o sonho e o seu relato quando  feito desde o vívido de suas imagens. 

            A representação-coisa habita o inconsciente; a representação-palavra o pré-consciente e o consciente. Sendo o inconsciente o objeto da psicanálise, um dos lugares privilegiados de ocorrência da escuta e da fala em processo analítico é o limiar dos sistemas inconsciente e consciente, ou seja no pré-consciente, longe do alerta da consciência. Este lugar de fronteira é fundamental na passagem do que acontece no âmbito dos processos primários para os processos ditos secundários. Isto envolve também toda a transferência  que ocorre na psique da identidade de percepção para o que possa ser chamado identidade de pensamento. Neste ponto a palavra é sensorial, contendo em si tanto a escritura dos traços mnêmicos dos encontros da psique com o extrapsíquico, como também a escritura dos acontecimentos no interior da psique . A palavra sensorial é o resultado da tradução da representação-coisa na representação-palavra correspondente.  Este é o ponto onde o pictograma do originário da psique e os fantasmas do primário tornam-se dizíveis por transferência. A tradução realizada nesta transmissão é de exímia precisão, sendo que sua perspicácia e sagacidade são sempre reveladora do conteúdo inconsciente que pressiona  e da resistência envolvida. Esta astúcia, entretanto, pode ser detectada também na produção do sintoma, do sonho, da transferência para o analista, ou em qualquer deslocamento e condensação das formações do inconsciente, inclusive na formação do psicanalista.

            Ocorrem outros pontos de fala na situação analítica. São as falas e atos que se dão em ausência de consciência e que só podem ser escutados desde o limiar onde as

 representações-coisa, as imagens e as palavras-coisa são transferidas às representações-palavra, mesmo quando a escuta se dá de inconsciente para inconsciente. Outra formulação que vai se apresentando é a de que as formas não-verbais, captadas ou não pela  consciência, também são vias de expressão do inconsciente. É função do analista, na direção da cura psicanalítica, convocar a fronteira e a transmissão que existe entre as coisas e as palavras, tanto quanto propiciar a tradução das palavras em coisas, conduzindo este lugar de fronteira através de todos os lugares da psique.  

            Outro fator a ser levado em consideração na potencialização da transferência é o favorecido  pela regressão, que propiciada pelo método e pela técnica da psicanálise é, por sua vez, condição necessária ao desenvolvimento destes na abordagem do inconsciente.Não me refiro a uma regressão no tempo histórico, ou à infância, e sim a uma regressão ao infantil, ao originário na psique, à fonte e à origem da linguagem na sua fronteira com o impronunciável, o não figurável e o  informe.          

            O processo de regressão é vital no entendimento da transferência, sendo que a regressão, ela mesma, ocorre por transferência de energia do organismo corporal ao aparelho psíquico e dos vários sistemas da psique às suas memórias no sistema perceptivo. Na situação analítica ideal, a estimulação do mundo externo está diminuída. O analisante deita-se em posição de máximo relaxamento. Toda a energia, que nas situações do dia a dia, encontra-se voltada ao mundo externo, no sistema motor para a realização de movimentos e no estado de alerta da consciência, reflui para o sistema perceptivo da psique, carregando, investindo nos traços de memória do aparelho, produzindo um estado alucinatório da mesma qualidade do que ocorre no sonho durante o sono. Desta forma, o desejo inconsciente adquire força como acontece no sono.

     Através da associação livre, da atenção flutuante, da análise da resistência e da interpretação o inconsciente  torna-se acessível, revelando-se, escondendo-se através de seus representantes.

       Levando em conta esse processo, é interessante que o analista seja como um resto diurno que serve de imã ao complexo inconsciente. Este, ao mesmo tempo, atrai a representação do analista, da situação e da escuta analítica, movimentando, trazendo e levando às mais diversas partes da psique, aos seus diversos sistemas, multiplicando suas possibilidades de representação, abrindo um fluxo do anassêmico ao polissêmico. Desta forma a energia dos sintomas, dos mecanismos de defesa, do recalque e dos fantasmas infantis pode ser drenada pela transferência ao analista, com a instauração da neurose de transferência,  podendo então ser analisada.

        A análise das transferências ao analista é capital no destino do tratamento. Quando este trabalho falta, precipita-se o abandono da psicanálise por evasão do analisante e do analista que não se encontram mais em posição de análise. Outras conseqüências desta falha são a manutenção do efeito hipnótico e sugestivo da transferência na idealização do suposto saber do analista e a estabilização de uma identificação durável com a sua pessoa. Se o processo psicanalítico for corretamente instaurado e  manejado, propicia investimentos não na pessoa do analista, mas sim na atividade que engendra produção de psicanálise.   

            Apesar de todos os elementos principais constituintes da situação analítica fomentarem a transferência, ela definitivamente não é algo criado pela psicanálise. É, sim, um atributo da própria psique que só registra e metaboliza o que vem ao seu encontro e o que nela se produz,  segundo seus próprios modos de funcionamento tanto na compulsão a repetição, quanto na inscrição de novas escrituras e na criação de novas transferências. 

            A produção de saber do inconsciente e da psique é resultado da construção de um lugar que o situa, potencializando seu processamento segundo suas próprias formas de funcionamento. Uma das características básicas deste processo é a de catalizar a capacidade de transferência ao máximo pela dissolução de fixações. Isto aumenta a possibilidade de transmissão e tradução entre representações, entre registros e sistemas da psique propiciando que o fluxo do desejo infantil, marca indestrutível na psique, se coloque a serviço da capacidade de linguagem e de sublimação tornando-se livre também para realizações no mundo externo. Propicia também que o sexual deixe de imantar e de ser imantado pelos complexos infantis, tornando-se livre do medo do prazer obtido na realidade. Desta forma o sujeito vai deixando de ser vítima das próprias pulsões. 

            As impressões da  situação  analítica e do ato de psicanalisar, ou seja, da atividade e do processamento que desenvolvem saber do inconsciente e que produzem as conseqüências nomeadas acima, criam inscrições e vias de facilitação de transferências sem fixações que se precipitam no que podemos chamar  formação do psicanalista. O desejo de saber do desejo, submetido à condição de ser inesgotável o que falta saber, provê de energia psíquica esta formação.

             Gozar é a meta mais primitiva de todo e qualquer desejo, entretanto, através da morte da ilusão de poder realizar o desejo de ser ou de ter tudo, a energia deste desejo fica livre para o prazer da sublimação. Além disso, a atividade de representar e interpretar é algo inerente à psique. Não é possível conceber o aparelho psíquico sem estas capacidades, cuja ausência denuncia a sua morte. Engendrar representações tem a finalidade de buscar prazer através da metabolização dos estímulos intrapsíquicos, como também dos extrapsíquicos, promovendo prazer ao organismo como um todo. Este prazer que envolve todo o organismo é gerado pela própria atividade de representar. A sublimação e o prazer que ela gera são o amadurecimento resultante da separação do desejo de gozar do desejo de saber, de representar e interpretar.

            É a sexualidade infantil que, ao ficar detida pelo recalque, alimenta as inibições, os sintomas e a cristalização da busca infantil de gozo. A insistência no gozo infantil impede o sujeito de contato consigo mesmo e com o outro. Por meio do tratamento da psicanálise, a sexualidade pode movimentar-se através da fala, apresentando suas antigas conexões e representações, como também engendrando outras novas.

            A formação do psicanalista é uma configuração específica da sublimação.Sua especificidade consiste num analogon ao método engendrado na situação psicanalítica que proporciona à psique representar seus fluxos e resistências sem ser constrangida. Deixar a psique trabalhar segundo seu próprio modo de funcionamento, uma característica do método da psicanálise, é a especificidade da formação do psicanalista.

            Esta formação ocorre durante a análise de qualquer sujeito, até mesmo na de futuros psicanalistas. Ela é relativa ao fim da análise, onde o analisante tendo terminado o terminável deste processo inesgotável adquire autonomia de trabalho, porque não é mais uma vítima tão fácil dos fantasmas inconscientes e de suas defesas. Depois de centenas e centenas de sessões a formação do psicanalista se estrutura esvanecente e renascentemente, passando da transferência de um funcionamento infantil cristalizado para um modo analítico independente das sessões.

            Os componentes primários da formação do analista podem ser detectados mesmo no início de algumas análises. São percebidos também em sujeitos nunca analisados, como podemos ver na citação que Freud faz de uma carta de Friedrich Schiller a um amigo, descrevendo o processo da criação poética [2] :

 

“O fundamento de sua queixa parece-me estar na restrição imposta por sua  razão sobre sua imaginação. Tornarei minha idéia mais concreta por meio de um símile. Parece uma coisa má e prejudicial ao trabalho criativo da mente se a Razão proceder a um exame muito íntimo das idéias à medida que elas  chegam a fluir- na própria comporta, por assim dizer. Encarado isoladamente, um pensamento pode parecer muito trivial ou muito fantástico, mas pode ser      tornado importante por outro pensamento que venha depois dele, e, em conjunção com outros pensamentos que possam parecer igualmente absurdos, poderá vir a formar um elo muito eficaz. A razão não pode formar qualquer opinião sobre tudo isso, a não ser que retenha o pensamento por bastante tempo para encará-lo em relação aos outros. Por outro lado, onde existe uma mente criativa, a Razão- assim se me afigura- relaxa sua vigilância sobre as comportas, e as idéias entram  atropeladamente, e somente então ela as olha e as examina numa massa. -Vocês críticos, ou outra denominação que dêem à vocês mesmos, ficam envergonhados ou assustados com as extravagâncias momentâneas e passageiras que se encontram  em todas as mentes verdadeiramente criativas e cuja duração, maior ou menor, distingue o artista que pensa do sonhador. Vocês se queixam de sua improdutividade porque rejeitam muito cedo e discriminam com demasiada severidade.’     

Não obstante, o que Schiller descreve como relaxamento da vigilância das comportas            da Razão, a adoção de uma atitude de observação não crítica, de modo algum é  difícil. A maior parte de meus pacientes conseguem-na após suas primeiras instruções. Eu  próprio posso  fazê-lo bem completamente, anotando as idéias à  medida que elas me ocorrem. O volume de energia psíquica pela qual é possível  reduzir a atividade crítica aumentar a intensidade da auto-observação varia  consideravelmente, de acordo com  o assunto em que se vem tentando fixar a  atenção.’’ [3]     

 

            É justamente, através da análise e da liberação destes tipos de amarras: a da tirania da razão, do julgamento apressado, dos conteúdos inconscientes sentidos por diferentes motivos como insuportáveis pela psique, que a formação do psicanalista pode desenvolver-se e estruturar-se.

            Esta formação que se estrutura é um lugar virtual, constantemente esvanecente e renascente,  pleno de mobilidade através da psique. É um lugar neutro, poliglota, sem tempo nem espaço, isento de paixões, que recebe impressões de todos os tempos e lugares da psique. É criado por transmissão e transferência e é capaz de, receptiva e ativamente, hospedar toda e qualquer transferência sem que nada se fixe. É um lugar de produção de linguagem, livre da fascinação, do terror e ilusão de suas figuras. A formação do psicanalista é o futuro de muitas desilusões.

            A leitura dos textos de psicanálise pode ser empreendida de inúmeras formas; entretanto, esta escritura, que é uma escritura do saber do inconsciente e da psique, só pode ser lida no interior de uma escuta analítica através da participação da formação do psicanalista. A escuta de todo e qualquer texto em psicanálise envolve o organismo corporal e todos os  sistemas  da  psique  numa  condição depurada de transferência e  metaforização,

que sem a implicação desta formação, não se viabiliza.[4] 

            Tendo-se  em  consideração a  direção  da  cura  na  psicanálise  e  o  fato  de  que  a

transferência é o modo básico de funcionamento da psique e, portanto, dissolúvel somente em sua fixação, a análise da transferência ao analista é ponto decisivo no desenvolvimento e na permanência esvanecente da formação do analista. Investir na atividade de produção de saber do inconsciente faz com que a fonte da linguagem, em qualquer uma de suas manifestações, fique disponível podendo ser liberada inclusive da fixação da identificação a ser psicanalista.

 

Maria Cristina Rios Magalhães

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                                                               Bibliografia

 

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 -Aulagnier, Piera- A Violência da Interpretação, Rio de Janeiro, Imago,1979.

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 -Aulagnier, Piera-O Aprendiz de Historiador e o Mestre-Feiticeiro, São Paulo,

   Escuta,1989.

 -Aulagnier, Piera-Um Intérprete em Busca de Sentido I,  São Paulo, Escuta, 1990

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 -Fédida, Pierre, Nome, figura e memória, S. Paulo, Escuta, 1992.

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 -Freud, Sigmund, “Sobre o início do tratamento”, vol. XII, Edição Standard Brasileira,

  Rio de Janeiro, Imago, 1969.

 -Freud, Sigmund, “ Recordar, repetir, elaborar”, vol. XII, Edição Standard Brasileira,

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 -Freud, Sigmund, “Observações sobre o amor transferencial”, vol. XII, Edição Standard

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 -Freud, Sigmund, “Conferência XXVII- Transferência”, Conferências introdutórias sobre

  psicanálise, vol. XVI, Edição Standard Brasileira, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

 -Freud, Sigmund, “Conferência XXVIII- Terapia analítica”, Conferências introdutórias

  sobre psicanálise, vol. XVI, Edição Standard Brasileira, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

 -Freud, Sigmund, “ Análise terminável e interminável”, vol. XXIII, Edição Standard

  Brasileira, Rio de Janeiro, Imago, 1975.

 -Lacan, Jacques, O seminário, Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, livro 11,

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 -Lagache, Daniel, La teoría de la transferência, Buenos Aires, Nueva Vision, 1980.

 -Slavusky, Abrão, (org.), Transferências, S. Paulo, Escuta, 1991.

 


NOTAS

[1]  Publicado no Anuário Brasileiro de Psicanálise, número 3, Rio de Janeiro, Relume Dumará,1995.

   Versão revisada.

 

[2]  O que não quer dizer que os poetas estejam livres da neurose e de seus sintomas.

 

[3]  A interpretação dos sonhos, vol. IV, pp. 110, 111.

 

[4] Discuto mais amplamente esta questão em Maria Cristina Rios Magalhães, "Teôrrico na psicanálise", pag. 105, in Caterina Koltai, (org), O Estrangeiro, São Paulo, Escuta/Fapesp, 1998.

 


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