A
Casa do Psicólogo convida para o
lançamento do livro
A
Travessia do Trágico em Análise
Mauro Pergaminik
Meiches
No dia 03 de maio,
quarta-feira,
das 20:00 às 23:00 hs
Na Casa do Psicólogo
Rua Alves Guimarães, 436
Pinheiros, São Paulo - SP
Tel (11) 852-4633
Apoio: Fapesp
Preço do Livro : R$ 19,00
Sumário
do Livro
Sobre
o Trágico em Psicanálise: estranhamento e vertigem,
por
João Frayze-Pereira
Apresentação
Capítulo I:
Presente de Grego
Introdução
Uma conceituação minimamente suficiente
Aristóteles, a catarse, o conhecimento através da dor
O assunto de família. A culpa
Édipo e a questão da linguagem
Ser psíquico, ser coxo
A condensação. Unidade de tempo
A cidade como outro analógico do sujeito psíquico
O desenho do cultural nos escudos dos heróis
Platão, a crítica ao trágico e um pior que a tragédia
Capítulo
II: Passagens Trágicas na Clínica Psicanalítica
Capítulo III: Uma Aproximação ao
Páthos Trágico
Introdução
O universo trágico de Nietzsche
O apolíneo e o dionisíaco
O páthos
O mito
A tragédia e a alegria trágica
Uma outra leitura de “As Eumênides”
A contraposição a Aristóteles
Freud e Nietzsche.O trágico metaforizando o
analítico
A metáfora
A profundeza. O recalque
Capítulo
IV: Identificação, Identidade e Travessia do Trágico
Texto
da Orelha, por Renato Mezan:
Pode-se falar em “o” trágico, independentemente de sua existência
literária e teatral sob a forma das tragédias? A linguagem comum sugere
que sim: dizemos que tal coisa é uma tragédia, no sentido de catástrofe,
ou que determinada história é trágica, porque se passa em meio ao
sofrimento e acaba mal. Esta é a prova de que, embora tenham sido os gregos
os primeiros a materializá-lo em obras para o palco (Ésquilo, Sófocles,
Eurípides) e a pensá-lo como categoria estética (Platão, Aristóteles),
o trágico rapidamente transcendeu o seu berço de origem e passou a
designar uma dimensão fundamental da experiência humana.
Mauro Meiches argumenta que também na Psicanálise se pode falar de fases
ou momentos trágicos, e que a travessia deles representa uma etapa
especialmente mutativa no transcurso de uma análise. Partindo do estudo do
trágico em sua forma grega, ele traz alguns casos que o apresentam in vivo
em determinados processos analíticos; em seguida, comenta a visão
nietzscheana desta categoria, mostrando em que e por que ela difere da dos
gregos (em síntese, Nietzsche valoriza o excesso como elemento fundamental
da catarse, enquanto para a ética grega o excesso, sob a forma da hybris,
traz calamidade e perdição).
Por fim, juntando todos os fios, Meiches sugere que os momentos de travessia
do trágico durante uma análise estão ligados a momentos de oscilação
nas identificações, que acarretam o luto de uma visão de si ou de um
objeto narcísico até então essenciais para a manutenção da identidade
(e do sintoma). De permeio com esta tese, o leitor encontrará análises
exemplares de alguns aspectos específicos do trágico, como sua relação
com a alegria, sua concretização em obras teatrais contemporâneas, sua
ligação com a culpa, as considerações de Freud a respeito do tema, e
outros mais. Metáfora do analítico, conclui o autor: eis o papel do trágico
na Psicanálise.
Bem escrito, bem informado, por vezes polêmico, este livro interessará a
todos os que, na esfera psi ou fora dela, desejam aprofundar o estudo da
interface entre a Psicanálise e a cultura, porque percebem que esta
articulação nada tem de esotérica nem de ornamental: como diz em suma o
autor deste livro, ela é fundamental para um trabalho clínico que não se
perca na ideologia.
Texto
da 4ª capa:
Este livro constrói uma intersecção entre os
campos da tragédia grega e da psicanálise. Por meio do levantamento de
temas e assuntos trágicos, explorados a partir dos estudos helênicos,
são feitas diferentes aproximações com o universo da clínica
psicanalítica e da teoria freudiana da cultura. A teoria do trágico é
o fundamento para uma metaforização do conceito de identificação
postulado por Freud. Além dos helenistas e dos dramaturgos, Nietzsche
comparece como grande teorizador do pathos trágico, essencial para uma
outra compreensão do afeto psicanalítico. Este percurso é ilustrado
com vinhetas clínicas.
Mauro Pergaminik Meiches
é psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica pela PUC de São Paulo,
autor de "Uma Pulsão Espetacular" (Ed.Escuta,1997) e co-autor
de "Sobre o Trabalho do Ator" (Ed.Perspectiva,1988)
Uma Pulsão espetacular: Psicanálise e Teatro
Ed.Escuta/Fapesp, São Paulo, 1997
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