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Composições de Flausino Vale

 

FLAUSINO VALE

(continuação da página anterior)

Manuscrito de Flausino Vale

Zino Francescatti, virtuose francês, apresentou "Folguedo Campestre" e "Ao Pé da Fogueira" no Carnegie Hall, em 1948, juntamente com composições de Bach, Brahms e Ravel;

William Primrose, famoso violista dos anos 20, também incluiu "Ao Pé da Fogueira" num recital no Carnegie Hall;

Ruggiero Ricci, considerado o maior intérprete de Paganini da geração passada, interpretou prelúdios de Flausino Vale nos Estados Unidos e no Brasil por volta de1956;

Isaac Stern, tocou "Ao pé da Fogueira" em execuções públicas e o polonês Henry Szering gravou um dos prelúdios em 1965;

Jerzy Milewski, também polonês - hoje radicado no Brasil - divulgou em disco, no ano de 1985, 21 prelúdios, além de incluí-los, juntamente com outras composições de Flausino, em seus recitais.

Ouça alguns compassos da peça "Devaneio"¯

A citação desses nomes não significa buscar o aval estrangeiro para o que Flausino Vale criou sob condições bastante adversas. A citação desses violinistas ilustres aumenta o espanto pelo fato de que essa "consagração" não sensibilizou o mundo acadêmico brasileiro que ainda menospreza uma obra tão séria, de passado tão próximo e, sob certos aspectos, vanguardista. Mas essa amnésia cultural não é irreversível. A cura depende de coragem, da hora e da vez do meio ambiente, do cigarro de palha, dos bois, das tropas e do sertão - elementos bem diferentes daqueles que hoje são tidos por "sertanejo" pela mídia.

Contam que, certa vez, ao ouvir um célebre violinista estrangeiro tocar "Ao Pé da Fogueira", Flausino aplaudiu a execução do ponto de vista técnico, mas acrescentou: "Você precisa interpretar isso com alma sertaneja, tem ainda que comer muita batata-doce numa festa de roça..." dizendo isso, pegou o violino e tocou como devia ser.

 

"A Mocinha e o Papudo" início ¯

O recente centenário de Flausino Vale passou despercebido em nossa cidade... a Belo Horizonte, escolhida pelo compositor como sua segunda terra natal registra, timidamente, a memória desse gênio num busto existente no Parque Municipal. Próximo ao IMACO, de frente para a escola e de costas para o Lago do Quiosque, entre o Largo do Sol e a Alameda das Palmeiras, Flausino parece austero, concentrado. As sombras das "caesalpinia echinata lam." (pau-brasil) descem suavemente sobre o busto; é o mesmo pau-brasil, nome de nossa pátria e matéria prima com a qual são fabricados os arcos de violino!

 

 

 

Diante do busto de Flausino

 

 

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