A perda auditiva no Brasil já ganhou status de problema de saúde pública. Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a 2000 dão conta de que 24,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, cerca de 14,5% da população do País. Desses, 5,7 milhões têm deficiência auditiva.
O otorrinolaringologista Marcos Luiz Antunes, da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, lembra que a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza 65 decibéis como limite tolerável ao ouvido humano. “Mais do que meia hora por dia acima dessa média pode causar prejuízos à audição” — salienta. A título de exemplo, a fala humana, em tom moderado, oscila entre 50 e 60 decibéis, o disparo de uma arma de fogo representa entre 130 e 140 decibéis, o barulho da turbina de avião gira em torno de 120 decibéis, o tráfego pesado de uma grande avenida de São Paulo alcança 80 decibéis e um concerto de rock atinge em média 110 decibéis. “Com certeza a exposição com tanta frequência a som alto, normalmente tocando em frente às caixas acústicas, foi a razão do guitarrista Eric Clapton ter apresentado problemas de audição” — observa o médico Marcos Antunes. "É fundamental monitorar o sistema auditivo de crianças e adolescentes, prestando atenção aos sinais e efetuando um exame audiométrico pelo menos uma vez por ano", diz o médico, que alertou para o aumento de distúrbios auditivos entre os pré-adolescentes.
Som ou barulho? — Por definição, som é uma onda física que provoca vibração da cóclea, órgão interno do ouvido em forma de caracol que manda impulsos elétricos para o cérebro. As causas de surdez podem ser por doenças pré-natais (ou seja, antes do nascimento da criança), perinatais (período do nascimento) ou após a criança nascer. No primeiro grupo, as razões podem ser genéticas, infecciosas (causadas principalmente por rubéola, toxoplasmose, herpes simples ou sífilis) ou provocadas por drogas teratogênicas, isto é, que causam defeitos congênitos — a talidomida, por exemplo.
No caso das doenças perinatais, as causas de surdez mais presentes são a prematuridade do bebê, traumas no parto ou a hiperbilirrubinemia (conhecida popularmente como causadora da icterícia). Já entre as causas pós-natais de surdez estão às infecções bacterianas (otite ou meningite), virais (sarampo, caxumba) e traumas, principalmente por acidentes com prejuízo crânio-encefálico. Há ainda a surdez causada por barotrauma, um dos problemas médicos mais frequentes nas viagens de avião, motivado pela pressão no ouvido. Somam-se a esse grupo exposição à radiação, medicamentos tóxicos aos ouvidos (alguns antibióticos, aminoglicosídeos, drogas diuréticas ou consumo excessivo de aspirina), distúrbios metabólicos como diabetes, doenças auto-imunes e exposição excessiva a ruídos.
O consultor comercial Roberto Mazini é um daqueles aficcionados cujos ouvidos estão sempre trabalhando. Seja no serviço ou a caminho da faculdade, seu fiel companheiro é o iPod, que assume ouvir diariamente cerca de quatro horas em volume acima do recomendável. Mesmo antes de adquirir o equipamento, Roberto Mazini já tinha hábito de apreciar música o dia todo no trabalho, para ele uma forma de concentração. “Em alguns dias não é possível estar ligado em tempo integral por causa do número de telefonemas e das reuniões” — observa o consultor, para quem a saúde auditiva parecia bem, antes de usar o aparelho. “Fiz exames antes de adquirir o MP3 e estava tudo OK, mas agora não tenho certeza se continua assim” — ri da situação, embora revele que tem sentido algumas dores de ouvido, principalmente na cartilagem que sustenta o fone. “Nos últimos dias procurei evitar o MP3 e as dores diminuíram” — assume.
O fone de tocadores de MP3, encaixado dentro do ouvido, é mais nocivo que o tipo formado por um arco e duas pontas, aponta estudo da universidade americana de Northwestern. A posição interna dos fones pode garantir aumento de até nove decibéis no som final.
Em 18 de outubro, por ocasião do Dia para a Prevenção e Lutam contra a Surdez, organizado pela AIRS para aumentar o nível de informação sobre prevenção de problemas auditivos, 250 consultórios de otorrinolaringologia de toda a Itália darão consultas ao público e fornecerão informações úteis para combater a surdez.
http://www.livremercado.com.br/Vida%20Capital/2007/Fevereiro/04.htm
Perguntas:
1-) Qual é o limite tolerável decibéis ao ouvido humano? Preconiza 65 decibéis como limite tolerável ao ouvido humano.
2-) Defina, o que é som? Por definição, som é uma onda física que provoca vibração da cóclea, órgão interno do ouvido em forma de caracol que manda impulsos elétricos para o cérebro.
3-)A perda auditiva no Brasil já ganhou status de problema de saúde pública. Números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes a 2000 dão conta de que 24,5 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, cerca de 14,5% da população do País. Agora responda: Quantos brasileiros sofrem de alguma deficiência auditiva? Desses 24,5 milhões de brasileiros, 5,7 sofrem de deficiência auditiva.