AS FALHAS DO CENSO BRASILEIRO

PROBLEMAS DO CENSO NACIONAL COLOCAM COMO DUVIDOSOS DADOS SOBRE POPULAÇÃO BRASILEIRA

 

O censo nacional demonstrou não ser tão íntegro como parecia ser. É incrível, mas o fato do IBGE ser presidido pelo irmão do comediante Bussunda pode até ser coincidência, mas a situação do Censo 2000 é tragicômica. Segundo uma reportagem da revista Época, os recenseadores não visitaram todos os domicílios, muita gente ficou de ser entrevistada. A gente até pergunta se muitos homens de Salvador "correram da raia" durante o censo ou simplesmente só pelo fato deles estarem fora de casa, pelo óbvio motivo de trabalho, durante a visita do recenseador eles apenas "não existem" na população soteropolitana oficial.

Até a divulgação dos dados sobre a população de Salvador em 2000 foram tímidos. Oficialmente, se diz que há 142.603 mulheres a mais do que os homens, numa proporção de "100 fêmeas para 89 machos". Para dizer que "ainda há mais mulheres do que homens" na capital baiana, a imprensa fez comentários constrangidos e acanhados. Suspeita-se aqui de que os repórteres foram obrigados a divulgar um dado que, conforme mostra o cotidiano, já não é mais verídico, uma vez que fatos concretos e hipóteses prováveis indicam a supremacia masculina na capital baiana.

Vejamos aqui alguns problemas em relação ao censo de 2000:

- Foram aplicados dois tipos de questionários: um, mais simples, conhecido como "básico", e outro, mais complexo, conhecido como "questionário de amostra". Este último tipo só foi aplicado em algumas residências, de acordo com certos critérios. Na maior parte dos domicílios pesquisados foram aplicados os questionários do tipo básico, que é defeituoso por generalizar demais os dados. Se fosse aplicado o questionário de amostra em todas as residências, ainda não estaria perfeita a pesquisa, mas o resultado se aproximaria mais da realidade.

- Os critérios de residência permanente ou provisória são duvidosos. Não se tem idéia se muitos homens residem em Salvador, ou apenas trabalham ou moram na capital baiana. A impressão que tem, vendo as informações divulgadas oficialmente pelo Censo 2000 é que homem gosta mesmo é de ser peão no interior e de se casar com vaca ou galinha (ao pé da letra mesmo), numa cidade bem provinciana que mal tem iluminação elétrica pública.

- Muitos questionários não foram feitos e muitas pessoas deixaram de ser entrevistadas. Diversos motivos influem, incluindo desde domínio de criminosos em favelas até a existência de áreas de difícil acesso, ou mesmo o fato de que os recenseadores não irem, por vontade deles ou de seus superiores, a determinados lugares.

- Além disso, para divulgar a população baiana, foi feita uma maquiagem de dados para "confirmar" a hoje fantasiosa hegemonia das mulheres na capital baiana. Claro que a população de Salvador foi atualizada, mas a "hegemonia" das mulheres se baseou em projeções de dados antigos, do censo de 1980. Tudo pelo turismo sexual, que enche os cofres das autoridades baianas e de empresários locais ou forasteiros envolvidos.

 

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