A PATRONA PELO ACADÊMICO |
Como o mito que explica a Antiga Hélade, aqui chegastes sobre as asas do Condor. E nestas plagas, ainda nova, se apegara, A educar a juventude Com amor. Fizestes História e na História mergulhastes, conquistando, palmo-a-palmo, o teu valor. Aquela jovem que na "flor da mocidade", deixou os seus e aos outros aceitou. Não foi de Tróia que chegastes muito cedo. E nem trazida pelo bravo Menelau. Foi um convite que soou aos teus ouvidos, e que te trouxe para a Escola Normal. O tempo passa, nada acaba, se transforma... E a velhice se impõe à mocidade. O teu tempo de pesquisa e de ensino, acompanhou o crescimento da cidade. Tu fostes a Helena do Sertão do Livramento, que ajudou a descrever este "Torrão". Em Caetité se eternizou teus pensamentos, enraizando em cada coração. A escola que te viu chegar tão nova, já bem cansada assistiu tua saída. Teus amigos, teus parentes e teus alunos, o teu corpo frio, assistiram descer sem vida. Hoje és Patrona da cadeira dezessete na Academia de Letras Caetiteense. E este professor, modesto, que te lembra, é o "forasteiro" que nela se assenta. Eu vim de longe como de longe viestes. Como tu, Também vim pra educação Jamais terei o mérito que alcançastes e nem alcançarei o teu poder de produção. Mas, serei sempre grato e tributário, pois, o que faço tem a tua proteção. |
Caetité, agosto de 2002. |
*TEXTOS* |
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Poesia de Bartolomeu de Jesus Mendes - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - 2003 - Todos os direitos pertencem ao Autor |