A FADA COMO
ARQUÉTIPO

 

 

O sonho de toda a fada é tornar-se mulher e o sonho de toda a

mulher é tornar-se fada. Mas quem sabe não poderemos chegar

a um consenso e talvez o sonho possa tornar-se realidade.

A fada, não a fada madrinha que queríamos que nos ajudassem

 quando éramos crianças, aparece em nossas vidas para dar a ela

 um novo sentido. A fada não traz roupas bonitas, jóias, ou um

príncipe encantado, mas sua presença é feérica. Esse aspecto

feérico vem de um lugar indefinido, lá do alto das nuvens, um

lugar que poucos visitam, e portanto poucos homens descobrem

 que existe na pessoa da mulher.

Claro que é um mundo

desconhecido, estranho, de difícil acesso, não visível a olho nu,

mas no entanto existe como possibilidade dentro da mulher e pode

desabrochar se ela for  chamada e acolhida. Para que ela venha

sobre a terra e participe da vida cotidiana, se torne humana, tem

de primeiro ir descobri-la.

 

O arquétipo da fada é sutil, efêmero, sensível, colorido, como os

campos floridos nas nuvens e o perfume celestial que de lá emana.

E como tudo que é sutil, do mesmo modo que se insinua, também

 some, um descuido fará com que desapareça por encanto, do

mesmo modo que apareceu. Este aspecto da alma feminina, portanto,

precisa ser tratado com extrema delicadeza. A fada vem das nuvens,

vem trazer alegria e felicidade, mas pode ser levada embora pelos

valores coletivos. Podemos dizer que a presença da fada, o convívio

 com a alma, não é possível com as preocupações preconceituosas

e sociais. A vida interior é algo que se cultiva longe, lá no alto das

montanhas, num lugar isolado.

Para um homem encontrar sua fada, ele deve dar ouvidos a sua voz

interior, dar asas aos seus sonhos e acreditar neles. Essa presença

feminina luminosa e mágica é com certeza a maior dádiva que

a mulher pode trazer para o mundo dos homens.

 

 

O que fazer com esse fogo que ilumina a alma,mas deixa opaca esta estranha
realidade do mundo dos homens?

linotur@hotmail.com

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