Quem és? |
Quem és tu oh doce criatura Quem és tu que surge tão melindrosa Por que ao passar por mim Lança-me olhar tão Candido, tão singelo mirar me diriges, como ose a tanto me conhecesses Como se um ao outro sempre fomos. Por quê ao pasar por ti não sei como evitar impedir te fitar, de sonhar se por ti, imaculado o é o vigor do que em meu peito encerra Sempre que por mim te vás. Pimpolho sou quando me ponho a pensar na perfeição que teu ser parece A maciez de tua pele rósea A delicadeza de femininos gestos A profundidade de olhar ilibado Um melindre ao sorrir Meu espírito se enleva O sentimento me conduz Já não sou dono de mim A emoção então me rege Absorto em ti fico também A imaginar que pode tu e eu. És feita da mais bela flor És deidade esculturada pelo próprio Deus, Tua pele tem maciez como o pêssego Teus olhos como duas chamas Algemas põe a quem os vê O coração à cadeias pertence Por que age desta forma por que tornar dúbio peito meu? Se cerca de meus olhos estás, Tão remoto de ter-te estou Se devo sonhar contigo somente Viver contigo é devaneio. Comaparada és ao ser do empíreo Ao destino portsto se me quis um dia Escarnecer de tão importância minha, Se mancebo já nao sou Puerio tão somente és Por que a nós somente resta Lamentar ao temo se aliado não foi, poderias ter nascido mais cedo Ou ter eu nascido mais tarde. |