CORREIO
Idiotices
Correio
Já há uns dias que andava a magicar, por não ter visto
qualquer reacção a estas idiotices. Até porque isto de ser
ignorado nem sempre caí muito bem.
Mas esta manhã fui rabiscar nos fundos do caixote
electrónico, e lá estava. O nosso amigo sem nome não resistiu,
e reagiu; "mas reagiu", o que muito agradeço.
Esta coisa de me ter referido especificamente a alguns
empregados camarários, não podia ficar sem resposta.
Não me surpreendeu, até porque há meio Século também fui
funcionário público, e via o Mundo por um canudo muito diferente
do actual. Náo sei como teria reagido se alguém tivesse tido
a ousadia de tocar em tal assunto.
Quanto à referência a palermices, também não é muito de
estranhar; porque as palermices naturalmente vêm dos palermas.
Sei que com o decorrer dos anos tudo tem modificado, e
nem todos os servidores públicos têm os mesmos hábitos. Alguns
há que até vão além dos seus deveres para ajudar a resolver
assuntos muitas vezes difíceis principalmente para cidadãos
menos esclarecidos.
No entanto quando nos dirigimos a uma Repartição Pública
e o funcionário depois de nos ter informado dos documentos
necessários para determinado caso, tem a ousadia de nos dizer:-
"que ainda nos podia exigir mais".
Ou então como já aconteceu: "Se fosse outro podia complicar-lhe
as coisas mais".
Estes funcionários esqueceram-se de que estão a receber
ordenado, e que quando quiserem podem abandonar o cargo,
porque outros há à espera de uma vaga.
Quando me referi a empregados camarários, estava pensando
simplesmente em casos em que enquanto um trabalha, quatro estão
a assistir. Mas o meu amigo, sem nome, parece ter generalizado a
ofensa a todos os empregados de um público de que eu também
faço parte.
Ferruja