AZINHEIRA
(Quercus rotundifolia)

CARACTERIZAÇÃO

     Pode atingir entre 8 a 15 m de altura, por vezes 20 m.
     Copa ampla e arredondada.
     Tronco revestido por uma casca cinzenta, espessa e miudamente reticulada.
     As folhas permanecem na árvore por 3 a 4 anos, pelo que esta se apresenta como de folha persistente. São verde-escuras na página superior, esbranquiçadas na inferior, alternas, simples e redondas a ovadolanceoladas. Têm 1,5 a 6,5 cm de comprimento, de margem inteira ou dentado-espinhosa.
     Flores masculinas dispostas em amentos amarelos, nas extremidades dos ramos, com floração em Março e Abril.
     O fruto, a bolota, amadurece em Novembro.


LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

     Nasce espontaneamente em Portugal. Adapta-se a todos os tipos de solo, tanto calcáreos como siliciosos. É resistente ao calor e à secura (domina zonas secas), mas é sensível ao frio. Distribui-se no país, espontânea ou cultivada, desde a Terra-Quente transmontana até ao Algarve, ocupando maior área no Alentejo Interior.


OBSERVAÇÕES

     A madeira de azinho tem alto valor calorífico, dando óptima lenha e carvão.
     As bolotas são as mais doces do género e utilizam-se principalmente na alimentação do gado suíno.
     A casca do tronco jovem, as folhas e as bolotas são ricas em tanino.
     A maioria dos montados adultos desta espécie encontra-se precocemente envelhecida devido fundamentalmente às "arreias" indiscriminadas, à excessiva mobilização do terreno e ao pastoreio intensivo. Dentro dos montados, para que as azinheiras adultas tenham comportamentos vegetativos e de frutificação equilibrados, haverá que alterar os sistemas de poda de modo a minimizar as deformações das copas.
     O aumento da quantidade de regeneração natural passa pelo alargamento dos pousios ou a permanência de matos que provocam a formação de manta-morta, permitindo um ambiente favorável à germinação e desenvolvimento da planta.