Hoje em dia, o mercado de trabalho está muito difícil, porque
a disputa está frenética, há muita concorrência.
Há um recorte no mercado de trabalho que segura e traça as
linhas da diferença com que negros e brancos são tratados,
formando um verdadeiro mapa da discriminação racial no trabalho.
Além de ingressar mais cedo no mercado de trabalho, como demonstram
as altas taxas de participação dos jovens, os negros permanecem
mais tempo desempregados e menos tempo no emprego.
Uma verdadeira ironia: embora trabalhem mais, os negros ficam com a parte
minoritária da massa salarial.Tavez por isso mesmo eles se vêem
obrigados a trabalhar mais.
RACISMO: UM PROBLEMA
De todos os lugares em que ocorrem uma queda de desemprego, Salvador
é o que mais sofre com isso. 25,7% dos negros de lá não
trabalham e quando trabalham são discriminados, até no tempo
de serviço. Contando também a idade, com 40 anos já
não se consegue emprego e fica ainda mais difícil sendo negro.
A mulher negra além de sofrer com o machismo é discriminada
também pelo racismo. Estão perdendo lugar no mercado de
trabalho para as mulheres brancas, ficando para as negras as atividades
domésticas.
Os trabalhadores negros ficam com grande número de trabalhos vulneráveis.
Esses não tem carteira assinada e nem direitos. São autônomos.
Foram criadas campanhas para contornar essa situação. Mas
ficam apenas em promessas.
O NEGRO E O MERCADO DE TRABALHO
A imagem do negro perante a sociedade é desqualificado, inacapaz,
impondo-se-lhe a restrição no mercado de trabalho. Em posições
aquém dá merecida, sofre com maior intensidade a situação
sócio-econômica intensa do desemprego, marcado pelo estigma
de ser preto ou pardo.
A reprodução dessa situação impede a mobilidade
social do negro. Seu salário é inferior ao percebido pelo
branco, estão associados a trabalhos menos qualificados, ocupando
principalmente posições menores em setores de menor status
social. A eles são oferecidos cargos que não exigem qualificação,
sendo a presença do branco superior à do negro em posições
que requerem especialização: a participação
do negro é maior nos setores da construção civil e
serviço doméstico.
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