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Mário Kértesz: marketing e cafajestismo
Pois é, a politicagem rolou solta. A TV Bandeirantes, que se diz a mais "idônea" emissora de televisão de Salvador, contratou o esperto Mário Kértesz novamente. E mandou uma campanha publicitária nos ônibus - transdoor - que nós vamos desvendar aqui. O discurso das três mensagens publicitárias, que constituem em três frases diferentes no mesmo fundo azul escuro, com Mário localizado à direita, dando seu sorriso cinicamente simpático, revela todo o jogo abertamente sujo do tal "comunicador". Vejamos as mensagens:
"O
maior cronista da cidade agora na Band"
A frase é oportunista e inverídica. Mário Kértesz não é jornalista nem
muito menos cronista. Mas como a mensagem se dirige a analfabetos e
semi-analfabetos - incluindo os novos ricos de Salvador, que ainda preservam a
grosseria e a ignorância em muitos aspectos - , a palavra "cronista",
tão familiar e distinta para os entendedores de redação, literatura e
jornalismo, aqui aparece de forma vaga e demagógica. Se Mário Kértesz não é
jornalista, nem é cronista e nem menos "o maior cronista da cidade",
podemos concluir que ele não é mais do que um habilidoso retórico, talvez o
maior demagogo do Estado da Bahia.
"Enquanto
você almoça, ele não está comendo nada"
Obviamente, ele já vem almoçado, tendo ingerido
do bom e do melhor enquanto o povão é ludibriado de graça por ele. E sob os
aplausos da imprensa baiana. A frase tenta nos fazer crer que Kértesz é um
batalhador, que arranjou um horário "ingrato" para seu programa, que
ele não tem papas na língua e "dá duro" para enviar
"informação" para a "galera". Tanto que ele arranja
horários em todos os turnos da Rádio Metrópole e agora ele está na TV. Mas
isso é ilusão, pois tudo isso é nada mais do que uma tentativa desesperada de
recuperar a popularidade depois do inferno astral dos escândalos políticos em
que se envolveu.
"Muito
mais do que um rostinho bonito na TV"
Esta frase causa nojo aos homens de bem pelo seu
caráter abertamente cafajeste. Expressa o machismo grosseiro, quase dos tempos
das cavernas, de Mário Kértesz. Ele só é gentil quando quer seduzir suas
"vítimas", mas não passa de um machista da velha e pior espécie.
Além disso, Kértesz é feio de doer, vulgar e desprovido de sinceridade e
caráter. A frase também indica a falsa idéia de Kértesz como um sujeito que,
além de "bonito" (sic), é "inteligente", como se ele fosse
um dos sujeitos mais sensatos da Bahia (não é, muito pelo contrário). A
inteligência que Kértesz usa serve apenas aos seus interesses pessoais, aos
seus projetos futuros de volta à vida política, comendo caviar e sendo
sustentado por seus ouvintes, que irão pagar altos impostos para aumentar cada
vez mais o patrimônio de Kértesz e assim transformá-lo num grande
"marajá", com claro jeitão de sultão, cheio de odaliscas para
atender à sua fome machista de sexo e galanteio.
Que Salvador é uma cidade tradicionalmente machista, todo mundo sabe. Também faz sentido que, numa capital considerada pelos estatísticas do IBGE como a que possui maior índice de infidelidade conjugal por parte dos homens, haja um sujeito velho e feio, metido a solteirão (mas que passou por vários casamentos e tem até netos), que dá cantadas para as próprias funcionárias no ar.
Depois
de tantos anos abatida pela repressão da ditadura militar, a Bahia, que já
vive sob o poder do senador ACM, que, mesmo casado, fez questão de ter uma
"namorada", que teve o prazer de punir com os "grampos"
telefônicos, ainda tem que aturar o "filhote" político do líder
carlista, o empresário Mário Kértesz, que não é por alçar vôo próprio
que representará dignamente a principal voz da oposição baiana. Ele será um
outro "coronel", com seus métodos próprios, mas com poder tão
ameaçador à democracia quanto o hoje chamado "rei da Bahia".