Cerco a Leningrado
Ao
mesmo tempo em que os russos logravam êxito em se defender da eminência de um
ataque a Moscou, a situação de Leningrado ficava
caótica. Os alemães conseguiram romper a resistência russa que buscava deter o
cerco à cidade, e, a situação ficou ainda pior com o avanço de tropas
finlandesas que ajudaram os nazistas no cerco a Leningrado.
A estratégia estava definida: Leningrado deveria ser submetida a um apertado sítio e ser
arrasada aos poucos com fogo de artilharia e bombardeios aéreos. Qualquer
pedido de rendição deveria ser negado. Nas palavras de Hitler o objetivo era a
“total extinção por meio da fome”.
Três milhões de pessoas foram aprisionadas
na cidade que teve todas às suas comunicações cortadas. Sua população então decide
lutar e cava milhares de quilômetros de trincheiras e fossas antitanques. Estava iniciado o mais terrível sítio da
história.
Velhos, mulheres, crianças e operários
especializados deixam a cidade antes que as comunicações sejam cortadas. Os
operários serão conduzidos às fábricas que produzem armamentos.
Operários desfilam pelas ruas de Leningrado. Logo após se juntarão a milhares de voluntários
e partirão em defesa da cidade.
Rapidamente os alemães começaram a bombardear a cidade. Os
russos que lá ficaram transformaram a cidade em uma grande fortificação. Liningrado estava totalmente minada.
O grande problema era com relação ao
abastecimento da cidade. Rapidamente as reservas de viveres se esgotaram e o
transporte de mantimentos até a cidade era muito difícil. As rações alimentares
tiveram que ser racionadas e, ao mesmo tempo, seus habitantes começaram a
morrer de fome e frio. A situação era tão dramática que foi autorizado, a
aqueles que quisessem, a tentativa de fuga.
“Leningrado
está fria e escura. Não há combustível, não há luz, não há água. Temos que
carregar água em baldes, tirando-a de buracos abertos no rio Neva...”. “Os
livros dizem que o homem necessita de gorduras, proteínas e vitaminas para
sobreviver... Em Leningrado, recebemos 142 gramas de
pão e 2 copos de água quente por dia”, descreveu um de seus habitantes.
Os russos apressam-se para garantir a defesa
de Leningrado.
Os alemães conseguiram cortar todas
as comunicações por via terrestre a Leningrado. Ao
mesmo tempo seus aviões despejam toneladas de bombas sobre a cidade.
Para conseguir se alimentar, os
habitantes da cidade sacrificaram todo o seu rebanho, cavalos, cães, gatos e
ratos. Tomavam sopa feita de cola de carpinteiro raspada dos móveis. Xampus,
tônicos capilares e medicamentos não essenciais, como glicerina, viraram
refeição. Não existia transporte em Leningrado.
Mulheres e crianças, sem vestimenta adequada, saiam sob um frio de 30º
negativos para conseguir lenha. Os operários, que não podiam abandonar a
produção das fábricas, tombavam mortos de inanição.
A situação ficou tão caótica que o
exército vermelho lançou uma grande contra-ofensiva, que ao custo de muito
sangue, conseguiu restabelecer um caminho por onde viveres e munição pudessem
chegar à cidade.
Gradativamente a situação foi
melhorando. Mais ou menos 1 milhão de pessoas (ou
sobreviventes) puderam ser evacuadas.
Leningrado em chamas.
Coluna de combatentes alemães capturados
desfila por Leningrado.
Alimentação em Leningrado.
A recomendação diária são 2500 calorias.
O exército vermelho lançou-se então
em um grande contra-ataque na expectativa de livrar Leningrado
definitivamente do estado de sítio. Sangrentas batalhas foram travadas. As
divisões alemãs que por lá estavam correram grandes risco de extermínio. No
final os alemães conseguiram sagrarem-se vitoriosos. Leningrado
ainda não estava livre do terrível sítio.
Mulheres, habitantes de Leningrado,
aguardam pelas magras rações.
Soldados russos tentam conter o avanço do
inimigo.
AINDA EM CONSTRUÇÃO...