(Parte 1) - A
EUROPA ÀS VÉSPERAS DA GUERRA; A ERUPÇÃO DA GUERRA; OPERAÇÕES EM 1914 E EM
1915. As Operações em 1916 Estratégia Global. O ano abriu com as Potencias Centrais e os Aliados com aproximadamente igual força. O dreno da força de trabalho na França era sério. A Inglaterra estava à beira de instituir o serviço militar compulsório para preencher seus exércitos se expandindo. A inquietação na Irlanda estava se aproximando da rebelião. A Rússia, com mais que força de trabalho suficiente, esperava por tempo para reorganizá-la e provê-la. A Alemanha agora buscava uma decisão na frente ocidental porque, como Falkenhayn disse ao imperador, a França seria "sangrada branca" tentando prevenir uma vitória Alemã. Numa conferência Aliada em Chantilly em Dezembro de 1915, Joffre teve sucesso em obter o acordo da Inglaterra, Rússia, Itália, e Romênia que ofensivas coordenadas seriam lançadas nas frentes ocidental, oriental, e Italiana, provavelmente em Junho, quando a Rússia estaria pronta. A Frente Ocidental. Ambos Joffre e Falkenhayn planejaram grandes ofensivas para quebrar o impasse no oeste. Mas os Alemães golpearam primeiro. Seguindo-se um enorme bombardeio no dia 21 de Fevereiro, o Quinto Exército Alemão do príncipe da coroa atacou a fortificada mas leve guarnição da região de Verdun, no meio de uma saliente junta na zona Alemã. O primeiro ataque Alemão, numa frente de 13-km leste de Verdun, ganhou território considerável e capturou uma posição chave, o Forte Douaumont. Joffre, porém, pretendendo manter Verdun como um símbolo da determinação Francesa e reter uma âncora para suas linhas de batalha, proibiu a retirada adicional. Ele enviou o Gen. Henri Philippe Pétain com reforços para defender a região. O próximo ataque Alemão, lançado (6 de Março) contra a face ocidental da saliencia, foi eventualmente contido pelos contra-ataques Franceses. Para o resto do mês ataques e contra-ataques amontoaram o chão com corpos. A senha para a defesa se tornou o lema da França pelo resto da guerra: Ils ne passeront pas! ("Eles não passarão!"). A terceira ofensiva Alemã, a qual golpeou ambos os lados da saliencia no dia 9 de Abril, foi contida em 19 de Maio. Agressões Alemãs renovadas na face saliente ocidental em fins de Junho e começo de Julho quase quebraram a linha Francesa, mas os Francêses se agarraram às suas posições, e os Alemães hesitaram. Demandas urgentes para substituições na frente oriental então drenaram 15 divisões Alemãs de Verdun. Falkenhayn foi substituído do comando no dia 19 de Agosto, e o time Hindenburg-Ludendorff, substituindo-o, decidiu seguir táticas defensivas no oeste. Em Outubro e Novembro os Franceses - agora sob o Gen. Robert Nivelle - prosseguiram a ofensiva, retomando os Fortes Douaumont e Vaux. Em 18 de Dezembro a frente Francesa tinha quase alcançado as linhas contidas em Fevereiro, trazendo a campanha a um fim. As vítimas nesta batalha amargamente lutada foram aproximadamente 542.000 Francêses e 434.000 Alemães. A crise de 1-ano em Verdun forçou o adiamento da ofensiva Aliada longo-planejada de Joffre. Finalmente, no dia 24 de Junho, o ataque foi lançado por um bombardeio de artilharia de 1-semana. O esforço principal seria feito pelo Quarto Exército ao norte do Somme do general Inglês Henry S. Rawlinson, com o Terceiro Exército do Gen. Edmund Allenby mais ao norte também atacando. Ao sul do rio o Grupo do Exército Francês do Norte faria um ataque de propriedade. No dia 1 de Julho a infantaria Inglesa, seguindo uma barragem de artilharia, foi ceifada abaixo pelas metralhadoras Alemãs. Pelo anoitecer os Ingleses tinham perdido aproximadamente 60.000 homens, 19.000 deles mortos - a maior perda de 1-dia na história do exército Inglês. Os Francêses, surpreendentemente, fizeram avanços maiores, desde que os Alemães não tinham esperado que eles participassem no ataque inicial e por conseguinte tinham ficado surpresos pelos ataques ao sul do Somme. Apesar das apavorantes perdas do primeiro dia, os Ingleses continuaram forjando à frente numa série de pequenos ataques limitados. Falkenhayn, determinado a conter a ameaça, começou mudando reforços da frente de Verdun. A esta extensão, um objetivo da ofensiva tinha sido realizado. A segunda linha Alemã foi rachada no dia 13 de Julho, mas pouca vantagem foi ganha. Haig, comandante do BEF, lançou outra importante ofensiva no dia 15 de Setembro, sudoeste de Bapaume. Tanques Ingleses - nunca antes usados em batalha - tinham sido secretamente transportados para a frente e encabeçavam o ataque. Apesar da surpresa que o aparecimento deles causou aos Alemães, os tanques tinham pouca potencia, eram pouco resistentes, muito lentos, e muito poucos em número para ganhar uma vitória decisiva (fora dos 47 expostos, só 9 completaram suas tarefas na batalha). Como em Verdun, as figuras das vítimas eram horrendas: as perdas Inglesas foram 420.000; as perdas Francesas foram 195.000; as vítimas Alemãs numeravam quase 650.000. A Frente Italiana. No dia 11 de Março os Italianos lançaram a Quinta Batalha de Isonzo. Como suas antecessoras, esta batalha foi uma sucessão de conflitos inconclusos. Os Austríacos começaram uma ofensiva longo-planejada na área de Trentino no dia 15 de Maio, pegando os Italianos desprevenidos. Dificuldades de terreno e reforços Italianos finalmente viraram a direção no dia 10 de Junho. Uma contra-ofensiva Italiana e a necessidade para apressar tropas à frente oriental fizeram os Austríacos retirar à posições de defensiva. As vítimas Italianas alcançaram mais que 147.000; os Austríacos perderam 81.000 tropas. No dia 6 de Agosto, Cadorna novamente golpeou a frente de Isonzo Austríaca. Nesta Sexta Batalha de Isonzo os Italianos tomaram Gorizia, mas nenhuma inovação foi efetuada. Psicologicamente, a operação elevou a moral Italiana, abaixada pelas grandes perdas no Trentino. A Frente Oriental. Respondendo aos apelos Franceses, no dia 18 de Março os Russos lançaram um avanço em duas-pontas na área de Vilna-Naroch para opor o ataque Alemão de Verdun no oeste. Mas o ataque Russo logo veio abaixo na lama do descongelamento da primavera. Seu custo - entre 70.000 e 100.000 vítimas e 10.000 prisioneiros - não melhoraram a moral Russa. As perdas Alemãs foram aproximadamente de 20.000 homens. A ofensiva de primavera Austríaca contra a Itália trouxe outro apelo ao Czar Nicholas por ajuda. Em resposta, o Gen. Aleksei A. Brusilov, o capaz e corajoso comandante do Grupo do Exército do Sudoeste Russo, atacou numa frente de 480-km no dia 4 de Junho. Para ganhar surpresa, não houve nenhum agrupamento anterior de tropas ou preparação de artilharia preliminar. Bem planejados, ensaiados, e executados, os ataques morderam a linha Austro-Alemã em dois lugares. Brusilov, porém, recebeu pouca ou nenhuma ajuda ou cooperação dos dois outros exércitos Russos na frente, e no dia 16 de Junho uma contra-ofensiva Alemã conteve o empurrão norte dele. Novamente tomando a ofensiva no dia 28 de Julho, Brusilov fez ganhos mais adiante, até que reduziu a velocidade por escassezes de munição. Seu terceiro ataque, começado no dia 7 de Agosto, o trouxe aos contrafortes dos Carpathos em 20 de Setembro. A ofensiva terminou quando reforços Alemães, apressados de Verdun, sustentaram os alquebrados Austríacos, que corriam o perigo de serem batidos fora da guerra. A Ofensiva de Brusilov foi a mais competente operação Russa da Primeira Guerra Mundial. Ela debilitou as ofensivas das Potencias Centrais na Itália e em Verdun, contribuindo para a queda de Falkenhayn. Os Russos, porém, tinham sofrido 1 milhão de vítimas. A Ofensiva de Brusilov assim exacerbou os ressentimentos que produziram as Revoluções Russas de 1917. As perdas Austríacas foram até maiores, e a derrota foi o elemento mais importante na desintegração do império Habsburgo. Depois de pechinchar por muito tempo com os Aliados por uma promessa de rico ganho territorial, a Romênia estava tão impressionada com o sucesso inicial da Ofensiva de Brusilov que declarou guerra à Alemanha e à Áustria no dia 27 de Agosto. Os exércitos Romenos avançaram na Transilvânia, onde eles foram repelidos por Falkenhayn, agora comandando o Nono Exército. Mackensen, comandando o Exército Búlgaro do Danúbio Alemão-reforçado, voltou-se norte pelo Dobruja e cruzou o Danúbio no dia 23 de Novembro. Encurralado numa saliencia, o general Romeno Alexandru Averescu foi desastrosamente derrotado na Batalha do Rio Arges (14 de Dezembro). Bucharest foi ocupada no dia 6 de Dezembro, e pelo fim do ano os remanescentes dos exércitos Romenos tinham sido repelidos norte para a Rússia, retendo uma minúscula posição em seu próprio país com o atrasado apoio Russo. O grosso dos campos de trigo e dos poços de petróleo Romenos caíram em mãos Alemãs. A Frente Balcânica. As forças Aliadas agora detinham uma posição fortificada - a "Gaiola do Pássaro" em volta de Salonika. O general Francês Maurice P. E. Sarrail estava tecnicamente no comando, mas os Ingleses levavam ordens de seu governo. Em Julho o reconstituído exército Servio, 118.000 forte, chegou por navio, e com reforços adicionais a força Aliada subiu a mais que 250.000. Sarrail planejou uma ofensiva acima do Vale de Vardar, mas no dia 17 de Agosto, os ataques Bulgaro-Alemães iniciaram a Batalha de Florina. As forças Aliadas foram repelidas atrás para a linha do Rio Struma em 27 de Agosto. A contra-ofensiva de Sarrail, lançada no dia 10 de Setembro, encolheu à uma parada quando Sarrail brigou com seus subordinados. Na Albânia operações ativas começaram em Julho. Um corpo do exército Italiano finalmente empurrou um corpo do exército Austríaco ao norte e se uniu com o corpo principal de Sarrail no Lago Ochrida no dia 10 de Novembro. As Frentes Turcas: O Cáucaso, a Mesopotâmia, o Egito, a Palestina, a Arábia. O general Yudenich, um dos poucos comandantes Russos altamente capazes, avançou de Kars para Erzerum no dia 11 de Janeiro, alcançando a cidade e penetrando seu anel de fortes numa batalha de 3-dias (13-16 de Fevereiro). Trebizond (Trabzon) foi capturada no dia 18 de Abril, facilitando o apoio logístico Russo. Enver Pasha lançou a contra-ofensiva Turca em fins de Junho. Yudenich, movendo-se com rapidez característica e julgamento no dia 2 de Julho, derrotou completamente o Terceiro Exército Turco no dia 25 de Julho. Ele então voltou-se sobre o Segundo Exército Turco. Kemal, herói de Gallipoli e agora comandante de corpo do exército, marcou os únicos sucessos Turcos, capturando Mus e Bitlis em Agosto; Yudenich porém, retomou-os rapidamente. A luta cessou quando ambos os lados se retiraram aos quartéis de inverno. Na Mesopotâmia, a força sitiada de Townshend em Kut-el-Amara vaidosamente esperava por ajuda. Os Ingleses sofreram 21.000 vítimas numa série de tentativas de salvamento malsucedidas, e com a fome próxima, Townshend capitulou no dia 29 de Abril, rendendo 2.070 Ingleses e aproximadamente 6.000 tropas Indianas. Para desviar as forças Turcas da Mesopotâmia, o general Russo N. N. Baratov moveu-se sobre a cidade Persa de Kermanshah. Ele alcançou Karind no dia 12 de Março e avançou sobre Bagdá. Depois que Kut caiu, o comandante Turco Halil Pasha trocou suas forças, repeliu um ataque Russo em Khanikin no dia 1 de Junho, e retomou Kermanshah em Agosto. O general Inglês Sir Frederick Maude, designado para o comando da Mesopotamia em Agosto, se achou reduzido a um papel defensivo enquanto que a possível retirada Inglesa do teatro de operações era considerada. Quando ele recebeu permissão para retomar a ofensiva, Maude começou o movimento acima de ambas as margens do Tigris no dia 13 de Dezembro com 166.000 homens, 2/3 deles Indianos. As forças Britânicas no Egito, sob o Gen. Sir Archibald Murray, começaram uma extensão leste das defesas do Canal de Suez no Deserto do Sinai, um plano complexo envolvendo a disposição de aquedutos, a construção de estradas e de uma ferrovia, e fortificações. Várias escaramuças ocorreram no Sinai quando as tropas de cobertura Inglesas encontraram a resistência Turca. No dia 5 de Junho uma revolta Árabe contra os Turcos começou no Hejaz. Inicialmente inexpressiva, a revolta se esparramou para a Palestina e a Síria sob a liderança do arqueólogo Britanico T. E. Lawrence, um tático brilhante que juntou forças com Husayn ibn Ali. Com uma força de somente alguns mil Árabes, Lawrence teve sucesso ameaçando a linha inteira de comunicações terrestres dos Turcos norte através da Síria às Montanhas Taurus. No dia 3 de Agosto, o general Alemão Kress von Kressenstein, com 15.000 tropas Turcas e metralhadoras Alemãs, golpeou a ferrovia do Sinai Inglesa em Rumani num ataque de surpresa. Ele foi repelido, e com o terminar do ano, um maciço avanço Inglês estava a caminho. A Guerra no Mar: A Batalha de Jutland. Desde o princípio de 1916, a Alemanha tinha feito um esforço intensivo para reduzir o tamanho da frota Inglesa, empregando submarinos, aeróstatos, e minas. A campanha, porém, estava progredindo muito lentamente, e consequentemente planos de primavera foram formulados para atrair uma porção da Grande Frota numa confrontação de mar-aberto, cercando e destruindo os navios Ingleses antes que reforços pudessem chegar. A Frota dos Altos Mares Alemã sob o Vice Alm. Reinhard Scheer pôs-se ao mar no dia 30 de Maio, conduzida pela frota de escolta de 40 vasos rápidos de Hipper construída ao redor de um núcleo de 5 cruzadores, navegando em direção ao norte. Bem atrás estava a frota principal de 59 navios. Advertida da surtida pela conversação por rádio Alemã, a Grande Frota sob o Alm. Sir John Jellicoe dirigiu-se para o Skagerrak. Liderando estava a força de 52 navios da escolta de Beatty, incluindo seus 6 cruzadores e o esquadrão de 4 novos supercruzadores do Alm. Hugh Evan-Thomas. A frota principal de Jellicoe, seguindo, era composta de 99 vasos. Ao todo, os Ingleses tinham 37 navios importantes em mar: 28 cruzadores e 9 cruzadores de batalha; os Alemães tinham 27 navios importantes: 16 cruzadores, 6 navios de guerra antigos, e 5 cruzadores de batalha. Às 3:31 do dia 31 de Maio, duas divisões do leste de Beatty avistaram a força de Hipper navegando para o sul. (Hipper já tinha avistado Beatty e estava retornando para a frota principal Alemã). Como Hipper esperava, Beatty virou num curso paralelo ao esquadrão Alemão, sinalizando ao esquadrão de cruzadores de Evan-Thomas - o qual Hipper ainda não havia avistado - para seguí-lo. Ambas as forças de batalha-cruzador abriram fogo numa faixa de 15.000-milhas, com a balística Alemã mais precisa. A capitânia Lion de Beatty recebeu vários golpes, seguidos por explosões mortais em 2 cruzadores de batalha Ingleses com blindagem-fina, o Infatigável e o Queen Mary. Beatty, com só 4 navios deixados para opor aos 5 Alemães, e com Evan-Thomas ainda fora do alcance, laconicamente sinalizou, "Engagem o inimigo mais próximo". Não obstante, às 4:42 Beatty avistou a frota principal Alemã se aproximando; invertendo o curso, ele virou norte para se unir a Jellicoe, esperando atrair a frota Alemã para ele. Hipper já tinha se voltado e estava atirando com precisão nos navios de Beatty e naqueles de Evan-Thomas, que estava lento em virar e estava agora também sendo atingido pela linha de batalha principal de Scheer. Por mais de uma hora a perseguição para o norte continuou, ambos os lados sustentando dano considerável. Logo após as 6, Beatty avistou as 6 divisões de Jellicoe aproximando-se do noroeste em colunas paralelas, atrás de 3 cruzadores de batalha e 2 cruzadores leves do Contra-Alm. Sir Horace Hood. Ambos Jellicoe e Beatty começaram a balançar completamente ao redor de Scheer, esperando bloqueá-lo de sua base. Pouco antes das 6:30, Scheer avistou o esquadrão de Hood direto à sua frente; simultaneamente, cápsulas dos cruzadores Ingleses começaram a cair ao redor da linha de batalha Alemã. Dentro de minutos praticamente todo navio importante em ambas as frotas estava dentro do alcance e um furioso engajamento geral explodiu. Os cruzadores de batalha Alemães pegaram o pior da tempestade; a capitânia Lutzow de Hipper foi colocada fora de ação. No lado Inglês a capitânia de Hood e 2 cruzadores Ingleses foram afundados. A Frota dos Altos Mares estava agora dentro do arco de convergência da Grande Frota e levando pesado castigo. Às 6:35, Scheer, sob a cobertura de uma cortina de fumaça e ataques de destroiers, repentinamente inverteu o curso por uma difícil e perfeitamente executada volta de 180-graus simultânea, fugindo da rede Inglesa e dirigindo-se para oeste. Jellicoe, em vez de perseguir, continuou para o sul, porque ele sabia que sua frota estava agora entre os Alemães e as suas bases. Então, às 6:55, Scheer fez outra volta de 180-graus em direção aos Ingleses, sujeitando seus navios ao poder de quase a Grande Frota inteira. Nessa hora parecia que os Alemães não poderiam escapar à destruição da saraivada dos grandes projéteis, mas Scheer novamente fêz uma volta simultânea, enquanto os 4 cruzadores Alemães remanescentes carregavam para a linha Inglesa para cobrir a retirada. Então os destroiers Alemães aceleraram em direção aos couraçados de Jellicoe para lançar um ataque de torpedos e esparramar uma cortina de fumaça. Jellicoe, por demais cauteloso e receoso dos torpedos, se virou. Até que ele tivesse retomado a sua linha de batalha, a Frota dos Altos Mares Alemã tinha desaparecido para o oeste no crepúsculo quando Scheer fez outra volta de 180-graus. Incrivelmente, nenhum dos cruzadores de batalha Alemães tinha sido afundado em sua corajosa "cavalgada da morte". Embora a batalha principal terminasse, Scheer sabia que a frota Britânica estava dirigindo-se para o sul, esperando apanhá-lo quando ele voltasse a seus portos de casa. Atento que sua frota não pudesse sobreviver a uma renovada batalha geral, depois do escurecer Scheer corajosamente voltou-se para sudeste, colidindo deliberadamente com uma formação de cruzadores leves no rabo da frota sul de Jellicoe. Ele buscou seu caminho por uma caótica batalha noturna de colisões, afundamentos, e fogo de artilharia. Pelo amanhecer, Scheer estava acompanhando sua avariada frota em direção do ancoradouro Jade. Os Ingleses agora retrocederam às suas bases. Eles tinham perdido 3 cruzadores de batalha, 3 cruzadores, e 8 destroiers; eles tiveram 6.784 vítimas. Os Alemães perderam 1 velho couraçado de batalha, 1 cruzador de batalha, 4 cruzadores leves, e 5 destroiers; as vítimas eram 3.039. A Batalha de Jutland marcou o fim de uma época na guerra naval. Ela foi a última grande ação rápida na qual os oponentes se bateram dentro da vista de um ao outro. Uma batalha taticamente empatada, ela não mudou a situação estratégica, diferente de convencer os Alemães que eles não tinham nenhuma chance de derrotar a Grande Frota. Principalmente, o esforço naval Alemão estava agora concentrado nas atividades submarinas. Tremendo preço fôra pago pelas embarcações Aliadas: 300.000 toneladas por mês por Dezembro daquele ano. Operações em 1917 Estratégia Global. Pelo fim de 1916, numa outra conferência Aliada chamada por Joffre em Chantilly, acordo geral tinha sido alcançado para continuar uma política de amplas operações Anglo-Francesas conjuntas na frente ocidental em conjunção com ofensivas Italianas e Russas simultaneas. Estas teriam prioridade sobre quaisquer outras operações, embora o novo primeiro-ministro Britânico, David Lloyd George, decidisse empreender uma importante campanha na Palestina também. No dia 13 de Dezembro de 1916, Joffre foi afastado do comando direto, e ele foi sucedido por Nivelle. Esta virada de eventos imediatamente complicou a coordenação Aliada. Nivelle, que estava planejando um gigantesca ofensiva conjunta Anglo-Francêsa colidiu com Haig sobre a relação de comando deles. O governo Francês apoiou Nivelle, e os Ingleses ficaram divididos. Lloyd George, que desconfiava de Haig e admirava Nivelle, colocou o BEF sob o comando de Nivelle, para o horror de Haig e de Sir William Robertson, o novo chefe do Staff Geral Imperial. Por esta briga, e pelos próprios anúncios imprudentes de Nivelle, o segredo foi perdido. Ludendorff, atento das preparações Aliadas e percebendo a vulnerabilidade das superestendidas linhas Alemãs no oeste, deliberadamente escolheu uma atitude defensiva em ambas as principais frentes enquanto forçando a Áustria (com ajuda Alemã) a tomar decisiva ação contra a Itália, que ele acreditava poderia ser derrotada em 1917. O imperador aprovou este conceito estratégico, e ele também concordou na inauguração da guerra submarina irrestrita, apesar da opinião Americana. Ele virtualmente concedeu autoridade ilimitada ao alto comando militar. A Entrada dos Estados Unidos. Quando a Primeira Guerra Mundial estourou, o Presidente Americano Woodrow Wilson declarou que os Estados Unidos adotariam uma política de rígida neutralidade. Wilson urgiu que todos os Americanos fossem "imparciais em pensamento como também em ação". A lealdade passada à França como também a invasão Alemã da neutra Bélgica, porém, resultaram no desenvolvimento de uma inclinação pró-Aliada nos Estados Unidos. Além disso, o círculo interno de Wilson continha vários oficiais - incluindo o Cel. Edward M. House, o conselheiro mais próximo de Wilson - cuja associação com a causa Aliada era óbvia. Quando a Inglaterra começou um bloqueio da Alemanha, os Alemães se opuseram estabelecendo uma zona de guerra ao redor das Ilhas Britânicas e anunciando que seus submarinos afundariam todos os vasos na área. Por meados de 1915 tinham ocorrido vários incidentes relativamente secundários, com poucas perdas de vidas Americanas. Os viajantes Americanos, porém, permaneceram destemidos. O afundamento do Lusitania em Maio de 1915 enviou a primeira onda de choque. Wilson protestou fortemente contra o que ele considerou matança desnecessária. Seguindo-se o afundamento do transatlantico Inglês Arábico no dia 19 de Agosto de 1915, o governo Alemão, temendo o envolvimento Americano na guerra no lado dos Aliados, concordou em pagar indenizações e garantiu que os submarinos não afundariam navios transatlanticos sem advertir. Apesar deste acordo, outro navio de passageiros, o Sussex, foi torpedeado por submarinos Alemães em 24 de Março de 1916, e vários Americanos foram matados. A Alemanha anunciou subseqüentemente (10 de Maio) o abandono da campanha submarina estendida. Durante este período a Grã Bretanha, buscando manter um bloqueio, violou os direitos da neutralidade Americana capturando ilegalmente vasos Americanos com tal freqüência que Wilson ameaçou prover escoltas para todos os navios mercantis Americanos. A eleição presidencial de 1916 foi uma das mais concorridas na história Americana. Os Republicanos nomearam o Juiz Charles Evans Hughes em cima de Theodore Roosevelt, enquanto que os Democratas por unanimidade renomearam Wilson. O slogan Democrata, "Ele nos manteve fora da guerra", apelava aos eleitores no meio e no extremo oeste, e o apôio para Wilson nestas seções o permitiu ganhar a reeleição. Então, numa completa meia-volta, a Alemanha anunciou a reassunção de sua política de guerra submarina irrestrita em 31 de Janeiro de 1917. No dia 3 de Fevereiro, Wilson rompeu todas as relações diplomáticas com a Alemanha. Um mês depois a nota de Zimmermann - escrita por Arthur Zimmermann, o ministro do exterior Alemão, para o embaixador Alemão no Mexico - voltou para o governo Americano pela inteligência Inglesa, que tinha interceptado e decodificado a mensagem. A nota indicava que se a Alemanha e os Estados Unidos fossem à guerra, a Alemanha buscaria uma aliança com o Mexico - e oferecia aos Mexicanos o Texas, o Novo México, e o Arizona para seus esforços contra seu vizinho do norte. Isto, junto com as notícias que mais navios Americanos tinham sido afundados por submarinos Alemães, despertaram os Americanos para uma posição bélica. Em 6 de Abril de 1917, o Congresso aprovou uma resolução de guerra contra a Alemanha. A guerra contra a Áustria-Hungria não foi declarada até 8 meses depois, no dia 7 de Dezembro. Os Estados Unidos estavam mal preparados para a guerra. O exército numerava pouco mais que 200.000, e nem uma única divisão tinha sido formada. O Maj. Gen. John J. Pershing foi selecionado para comandar a Força Expedicionária Americana (AEF), e a Primeira Divisão, uma amálgama das unidades de exército regulares existentes, foi transportada para a França, chegando no dia 26 de Junho. O plano de Pershing pedia um exército de 1-milhão-homem ultramarinos em Maio 1918, com provisão de longo alcance para 3 milhões de homens na Europa à uma data posterior. Um projeto de lei - o Ato do Serviço Seletivo - passou no dia 18 de Maio de 1917. A Frente Ocidental. Antecipando uma ofensiva Aliada, os Alemães se retiraram (23 Fevereiro-5 Abril) para um zona defensiva altamente organizada - a linha Hindenburg, ou zona Siegfried - cêrca de 32 km atrás da sinuosa e sobre-estendida linha de Arras à Soissons. Esta nova linha poderia ser mantida com menos divisões, assim provendo uma reserva maior e mais flexível. Atrás de uma linha de posto avançado ligeiramente segura, pesadamente semeada com metralhadoras, ficavam duas posições defensivas sucessivas, pesadamente fortificadas. Mais distante atrás ficavam as reservas Alemãs concentradas e preparadas para o contra-ataque. A Ofensiva de Nivelle longo-esperada começou no dia 9 de Abril quando tropas Britanicas, seguindo um pesado bombardeio e ataque de gás, colidiram com as posições do Sexto Exército Alemão perto de Arras. A supremacia aérea Britanica foi ganha rapidamente. As tropas Canadenses devastaram e tomaram o Cume Vimy no primeiro dia. O avanço Britânico foi finalmente detido em 15 de Abril, mas no dia seguinte os exércitos Franceses assaltaram numa frente de 64-km entre Soissons e Reims para tomar o Caminho das Damas, uma série de cumes arborizados e rochosos paralelos à frente. Os Alemães mantiveram o setor, completamente cientes dos planos Franceses como resultado das confiantes ostentações públicas de Nivelle de vitória. Imediatamente antes do ataque, aviões Alemães varreram o céu da observação aérea Francesa e o fogo da artilharia Alemã destruiu os tanques Franceses se aproximando. Embora os Francêses conseguissem alcançar e capturar a primeira linha Alemã, os ataques repetidos ganharam pouco terreno. A operação foi um fracasso colossal, custando aos Franceses quase 120.000 homens em 5 dias. As perdas Alemãs, apesar dos 21.000 capturados, foram muito poucas. Desanimado com o desastre, o exausto exército Francês se rebelou, começando no dia 29 de Abril. O bombástico Nivelle foi substituído por Pétain no dia 15 de Maio. Depois de um período de 2-semanas, Pétain suprimiu o motim e restabeleceu a situação com uma combinação de tato, firmeza, e justiça. Através do controle da censura incrivelmente eficiente, as agências de contra-informação Francesas destruíram completamente todas as notícias do motim. Até que Ludendorff finalmente tivesse conhecimento dele, ataques Britânicos renovados já tinham atraído as reservas Alemãs para a frente norte, onde Haig tinha lançado uma ofensiva, em parte para aliviar a pressão Alemã nos Francêses e em parte porque ele acreditava que agora pudesse penetrar as linhas Alemãs. A saliencia Ypres era o objetivo de Haig, mas primeiro os Britanicos tinham que tomar o Cume das Messinas dominando. No dia 7 de Junho, depois de um bombardeio geral de 17-dias, as minas Britânicas empacotadas com 500.000 kg de altos explosivos rasgaram uma larga abertura nas linhas Alemãs no Cume das Messinas. Então, sob a cobertura da força aérea Britânica, o Segundo Exército do Gen. Sir Herbert Plumer ocupou as Messinas com sucesso. Espaço angular tinha sido ganho para a principal ofensiva, e a clara vitória elevou a moral Britânica. A sangrenta Terceira Batalha de Ypres começou no dia 31 de Julho quando os Britânicos atacaram os Alemães do nordeste. O baixo chão, encharcado com chuva, tinha sido agitado a um pântano por um bombardeio preliminar de 3-dias. Em cima os Aliados tinham ganho superioridade aérea temporária, mas toda a surpresa tinha sido perdida pela longa preparação, e a defesa Alemã estava bem organizada. Depois de alguns ganhos iniciais, o avanço literalmente atolou abaixo. Numa série de assaltos limitados em frentes estreitas, começados no dia 20 de Setembro, os Britanicos avançaram lentamente adiante contra determinados contra-ataques. Pela primeira vez, os Alemães usaram o gás mostarda, que chamuscou e queimou as tropas Britânicas. A tomada do Cume de Passchendaele e da aldeia de Passchendaele pelas tropas Canadenses no dia 6 de Novembro concluiu a ofensiva. A saliencia Ypres tinha sido afundada por cêrca de 8 km, à grande custo - aproximadamente 240.000 Britânicos e 8.528 vítimas Francesas. As perdas Alemãs foram calculadas em 260.000. Determinado a manter pressão nos Alemães para permitir a recuperação Francesa do motim, Haig trouxe os tanques de volta à ação. No dia 20 de Novembro, o Terceiro Exército Britanico do Gen. J. H. G. Byng surpreendeu as posições do Segundo Exército Alemão do Gen. Georg von der Marwitz em frente a Cambrai. Ao amanhecer aproximadamente 400 tanques, seguidos por onda após onda de infantaria, araram sobre os Alemães. A defesa Alemã temporariamente desmoronou e o ataque mordeu pela linha Hindenburg por 8 km numa frente de 10-km. Embora duas divisões de cavalaria fossem postadas para explorar a inovação, as reservas de infantaria eram fracas, muitos dos tanques quebraram, e o avanço reduziu a velocidade. No dia 30 de Novembro, contra-ataques Alemães caíram na saliencia e Haig ordenou uma retirada parcial no dia 3 de Dezembro. No entanto, Cambrai marcou um momento decisivo nas táticas da frente ocidental em duas contas: o assalto bem-sucedido sem bombardeio preliminar e o primeiro uso maciço de tanques. A Frente Italiana. Cadorna, apesar das promessas de ajudar a ofensiva Aliada, não começou de fato até depois que as batalhas de Arras e de Aisne terminassem. No dia 12 de Maio os Italianos novamente tentaram bater seu caminho sobre o montanhoso terreno na Décima Batalha de Isonzo. Depois de 17 dias os ganhos eram pequenos mas as perdas enormes: cêrca de 157.000 vítimas Italianas contra cêrca de 75.000 Austríacos. Cadorna agora decidiu fazer um supremo esforço. Com 52 divisões e 5.000 armas ele lançou a Décima Primeira Batalha de Isonzo no dia 18 de Agosto. Um assalto entre Gorizia e Trieste foi repelido, mas ao norte de Gorizia o pesadamente reforçado Segundo Exército Italiano fez um claro avanço, capturando o estrategicamente importante Planalto de Bainsizza. Os Austríacos, perto do colapso, pediram a ajuda Alemã. Um novo Décimo Quarto Exército Austríaco (7 de suas divisões e a maioria de sua artilharia eram Alemães), sob o general Alemão Otto von Below, de repente bateu contra o Segundo Exército Italiano, incendiando a Batalha de Caporetto (Décima Segunda de Isonzo) no dia 24 de Outubro. Bombardeios de surpresa, com nuvens de gás e cápsulas de fumaça, romperam os sinais de comunicação Italianos. Então tropas de assalto Alemães fluíram pela zona. O sovado Segundo Exército foi dirigido para atrás de suas linhas defensivas através dos rios Tagliamento e Livenza. O Terceiro Exército Italiano retirou-se suavemente ao longo da costa, mas parte da denominada Força Carnic na franja Alpina do norte foi apanhada. Em 12 de Novembro, Cadorna tinha conseguido estabilizar sua defesa do Monte Pasubia, ao sul de Trent, ao longo do Rio Piave para o Golfo de Veneza. Lá, a ofensiva Austro-Alemã lentamente estacionou para uma parada, tendo se distanciado de seus suprimentos. A catástrofe custou aos Italianos 40.000 matados e feridos mais 275.000 prisioneiros; as perdas Austro-Alemãs eram cêrca de 20.000. Cadorna foi substituído pelo Gen. Armando Diaz, e reforços Franceses e Britânicos foram movidos à Itália para sustentar os abalados Italianos. Um resultado direto do desastre em Caporetto foi a Conferência de Rapallo (5 de Novembro), que estabeleceu o Conselho de Guerra Supremo, a primeira tentativa para atingir unidade Aliada global de comando. A Frente Oriental: Revolução na Rússia. No dia 12 de Março (27 de Fevereiro, O.S.) a guarnição e trabalhadores de Petrogrado (São Petersburgo), capital da Rússia, se rebelou, começando as Revoluções Russas de 1917. Dentro de 3 dias o Czar Nicholas II tinha abdicado, sendo substituído por um governo provisório de uma nova República Russa. O novo regime, brigando com o Bolchevique-dominado Soviete de Petrogrado (Conselho dos Trabalhadores e Deputados dos Soldados), se empenhou para continuar a guerra contra as Potencias Centrais até a vitória Aliada. No dia 14 de Março os Soviets desafiaram o governo provisório e emitiram a notória "Ordem No. 1", privando os oficiais de autoridade disciplinar. Radiodifundida ao longo das forças armadas, ela produziu os resultados desejados pelos Bolsheviks - a ruptura de toda a disciplina militar. O exército e a marinha Russos desmoronaram como soldados puídos e batalha-cansados e marinheiros assassinados ou oficiais depostos. Os encantados Alemães, parando todos os movimentos ofensivos na frente oriental com receio que os Russos se reunissem em defesa da pátria, desviaram suas tropas para as frentes ocidental e Italiana. Para arruinar o governo provisório, os Alemães contrabandearam Vladimir Ilich Lenin e outros ativistas Bolcheviques para a Rússia, onde Léon Trotsky os uniu. Apesar de todo o tumulto, Aleksandr Kerensky, ministro designado da guerra no dia 8 de Maio, respondeu ao pressionar dos alarmados Aliados ordenando que Brusilov, agora comandante em chefe, montasse uma ofensiva na frente Galega. Em 1 de Julho, Brusilov atacou em direção de Lemberg com as poucas tropas ainda capazes de operações de combate. Depois de alguns ganhos iniciais, o sistema de suprimentos Russo faliu, e o entusiasmo e a disciplina Russos desvaneceram-se rapidamente quando a resistência Alemã endureceu. O Gen. Max Hoffmann, comandando na frente oriental, começou o assalto Alemão no dia 19 de Julho, esmagando os desmoralizados exércitos Russos. Os Alemães pararam seu avanço na fronteira Galega, mas no dia 1 de Setembro, o Oitavo Exército do Gen. Oscar von Hutier atacou Riga, a âncora norte da frente Russa. Como um ataque de propriedade na margem ocidental do Rio Dvina ameaçava a cidade, três divisões cruzaram o rio ao norte em ponteões, cercando a fortaleza, enquanto explorando elementos vertidos para o leste. O Décimo Segundo Exército Russo fugiu em completo pânico, e uma pequena força anfíbia Alemã ocupou Ösel e as ilhas Dagö no Golfo de Riga. A vitória Alemã em Riga deixou a capital Russa desprotegida. O governo de Kerensky (Kerensky tinha-se tornado o chefe do governo provisório no dia 20 de Julho), que tinha feito o engano fatal de continuar o impopular esforço de guerra, fugiu de Petrogrado para Moscou. No dia 7 de Novembro (25 de Outubro, O.S.) os líderes Bolcheviques Lenin e Trotsky tomaram o poder. Atraídos por promessas de "terra, paz, pão", os soldados Russos desertaram em massa e o governo revolucionário abandonou o esforço de guerra no dia 26 de Novembro. Uma trégua foi assinada no dia 15 de Dezembro, terminando as hostilidades na frente oriental e permanentemente apagando a Russia das fileiras Aliadas. Lenin, ansioso por focalizar sua atenção na revolução germinando na Rússia, concordou com o severo Tratado de Brest-Litovsk (3 de Março de 1918), por meio do qual a Rússia reconhecia a independência da Ucrânia, da Finlândia, e da Geórgia; deixava o controle da Polônia, dos Estados Bálticos, e de uma porção da Bielorussia; e cedia Kars, Ardahan, e Batumi à Turquia. A Ucrânia, que permaneceu ocupada ao longo de 1918, fornecia grãos para salvar o povo Alemão da fome. A Frente Balcânica. Na Grécia, o governo do Rei Constantino continuava a conciliar as Potencias Centrais. Finalmente, curvando-se à pressão Aliada, Constantino abdicou no dia 12 de Junho. Ele foi substituído por seu filho Alexander, que designou (26 de Junho) Venizélos como premier, e no dia seguinte a Grécia entrou na guerra. O ineficaz General Sarrail foi substituído pelo Gen. M. L. A. Guillaumat, que fixou-se à reorganizar as forças Gregas e planejar uma ofensiva. As Frentes Turcas: A Palestina e a Mesopotâmia. A Revolução Russa eliminou o Cáucaso como um teatro de guerra conseqüente cêdo no ano, livrando tropas Turcas para apoiar outras frentes. Em 8-9 de Janeiro, na Batalha de Magruntein, os Britanicos limparam a Península do Sinai de todas as forças Turcas organizadas. Sir Archibald Murray foi então autorizado a começar uma ofensiva limitada na Palestina, onde os Turcos estavam estabelecidos em posições defensivas ao longo dos cumes entre Gaza e Beersheba, os dois portais naturais para a região. Um ataque em Gaza (26 de Março) conduzido pelo Gen. Sir Charles M. Dobell falhou por causa do defeituoso trabalho de staff e de um desarranjo de comunicações entre a força montada de Dobell e a infantaria. Porém, o relatório de Murray apresentou esta Primeira Batalha de Gaza como uma vitória Britânica, e Murray foi ordenado avançar sem demora e tomar Jerusalém. No dia 17 de Abril, Dobell tentou um assalto frontal e foi novamente repelido pelos agora bem-preparados Turcos. Ambos Dobell e Murray foram então substituídos, o último sendo substituído pelo General Allenby, um cavalariano lutador com a presença de liderança e de habilidade tática. Suas instruções eram tomar "Jerusalém antes do Natal". No dia 31 de Outubro, Allenby atacou na Terceira Batalha de Gaza (Batalha de Beersheba). Invertendo os planos de seu antecessor, Allenby deixou 3 divisões demonstrando em frente de Gaza e secretamente moveu-se contra Beersheba. A surpresa foi completa, e uma batalha dia-todo culminou ao entardecer numa carga montada por uma brigada de cavalaria Australiana por e em cima do arame e das trincheiras Turcas na própria Beersheba, capturando a provisão de água vital. Evacuando apressadamente, o Sétimo Exército Turco agora residia com seu flanco esquerdo aberto. Allenby atacou norte no dia 6 de Novembro, lançando o Corpo de Exército Montado do Deserto pelo país em direção ao mar. Os Turcos evacuaram Gaza a tempo de evitar a armadilha, mas Allenby, perseguindo de perto, atacou novamente no dia 13 de Novembro, dirigindo os Turcos atrás para o norte. Voltando-se agora em direção a Jerusalém, Allenby foi detido pelo aparecimento de reservas Turcas e pela chegada do General von Falkenhayn, que restabeleceu uma frente do mar à Jerusalém. Forjando à frente, Allenby assaltou as posições inimigas no dia 8 de Dezembro, expelindo os Turcos da Cidade Sagrada, a qual foi ocupada pelos Britanicos no dia seguinte. Na Mesopotâmia, Sir Frederick Maude habilmente assaltou Kut no dia 22 de Fevereiro, forçando os Turcos atrás para Bagdá. Depois de vários dias de lutar ao longo do Rio Diyala, Maude entrou na cidade no dia 11 de Março, as forças Turcas retirando-se em alguma desordem. Maude agora lançou três colunas explorando acima dos rios Tigris, Eufrates, e Diyala, assegurando sua base em Bagdá. Quando o calor do verão baixou, Maude atacou nitidamente noroeste acima do Rio Eufrates, perseguindo os sobreviventes Turcos na Mesopotâmia central. Ele se preparava para continuar seu avanço aos campos de petróleo de Mosul, mas morreu de cólera no dia 18 de Novembro. O Gen. Sir William R. Marshall o sucedeu. A Guerra no Mar. Depois de cálculos cuidadosos o comando naval Alemão tinha concluído que a guerra submarina irrestrita forçaria a Inglaterra a pedir pela paz dentro de 5 meses. Quase funcionou. As perdas de embarcações Britânicas subiram à 875.000 toneladas por mês em Abril. Marinheiros mercantis Britânicos e neutros começaram a recusar velejar. As recomendações para instituir escoltas foram rejeitadas pelo Almirantado como um erroneo desperdício de cruzadores e destroiers disponíveis. Os esforços dos navios de guerra leves para afundar submarinos eram desapontadores, porém. O Almirante Jellicoe (agora primeiro oficial naval) calculava que a Inglaterra seria esvaziada de comida e outras matérias-primas necessárias por Julho. A insistência do Primeiro Ministro Lloyd George, combinada com as fortes recomendações do almirante Americano William S. Sims e de Beatty (agora comandante da Grande Frota), finalmente forçaram a adoção do sistema de escolta no dia 10 de Maio. Os resultados foram espetaculares. Os vasos de escolta Britânicos, unidos por destroiers Americanos em Maio, forneceram adequada proteção aos navios mercantes e ao mesmo tempo puderam afundar mais submarinos. Inquestionavelmente, as escoltas salvaram a Inglaterra. Embora as perdas de embarcações ao final do ano excedessem 8 milhões de toneladas, os programas de construção de navios Aliados mais que compensaram as perdas. Em outras ações navais destroiers Alemães invadiram o Canal Inglês em Fevereiro, Março, e Abril. Em resposta os Ingleses efetuaram várias incursões em Ostend e em Zeebrugge. Mais tarde no ano os Ingleses expeliram as embarcações costeiras Alemãs da Holanda e, em Novembro, fizeram uma malsucedida incursão de cruzadores contra operações de refugo de minas Alemãs em Heligoland Bight. Em Dezembro os Alemães atacaram várias escoltas Britânico-Escandinavas. Estes ataques infligiram sérias perdas na remessa mercante Britânica, forçando Beatty a usar um esquadrão de couraçados de batalha como uma força de cobertura para as escoltas futuras. (Parte 3) - AS OPERAÇÕES EM 1918; OS TRATADOS DE PAZ; OS AVANÇOS DA TECNOLOGIA COM A GUERRA. Operações em 1918 Estratégia Global. A situação Aliada no começo de 1918 era sombria. As principais ofensivas Aliadas de 1917 tinham falhado. A Rússia tinha se desmoronado, e a Itália estava à beira do colapso. A campanha submarina Alemã ainda ameaçava a rota de provisão marítima dos Estados Unidos. Muitos meses passariam antes que os soldados Americanos pudessem sustentar a esvaziada força de trabalho Aliada. Ambos Inglaterra e França estavam na defensiva. Tampouco as Potencias Centrais tinham tido êxito. Elas estavam sendo estranguladas pelo bloqueio naval Aliado. A Áustria estava ao término de seus recursos; a Turquia e a Bulgária estavam cambaleando; o fardo da guerra caía cada vez mais pesadamente na Alemanha. Hindenburg e Ludendorff tinham estabelecido uma virtual ditadura militar na Alemanha e exercitavam quase tanta autoridade em cima dos subservientes governos da Áustria, Bulgária, e Turquia. A Formação Americana. Os Estados Unidos, despreparados para a guerra, foram defrontados com organizar, equipar, treinar, transportar, e prover uma força militar ultramarina. De uma força de 200.000 homens e 9.000 oficiais, o exército inchou à mais de 4 milhões de homens, incluindo 200.000 oficiais; cêrca da metade alcançou a Europa antes da guerra terminar. Destes, mais que metade estavam em unidades de combate - 42 divisões de cerca de 28.000 homens cada; o restante, em papéis de apôio. A ênfase do treinamento estava na guerra móvel em combate ofensivo, com destaque na boa pontaria individual. Pershing esperava romper os constrangimentos da guerra de trincheiras. Pershing e os líderes Aliados concordaram com a área de Lorraine leste de Verdun como a zona de combate Americana. Suprimentos dos Estados Unidos entraram por portos no sudoeste da França, e o movimento por terra conflitou pouco com os esforços Aliados mais distante ao norte. O transporte ultramarino, competencia da Marinha Americana, foi em parte provido pelos vasos mercantes Alemães capturados nos portos Americanos, mais uma frota improvisada da marinha mercantil Americana. A frota combinada levou mais de um milhão de soldados Americanos para a França sem perda de uma única viagem. (Os remanescentes milhões enviados ultramar foram transportados em navios Aliados). Os 800.000-homens da Marinha Americana foram principalmente envolvidos na escolta e noutras atividades antisubmarinas, colocando 56.000 de 70.000 minas constituindo o cinturão de minas da Escócia à Noruega. Também, uma divisão de 5 couraçados uniu-se à Grande Frota Britânica e 3 outros couraçados de batalha operaram em águas Irlandesas contra ataques de superfície. Considerando que os Estados Unidos não eram tecnicamente um dos Aliados, Pershing foi direto em que sua força expedicionária devia ser "um componente separado e distinto das forças combinadas, cuja identidade devia ser preservada". Os Aliados, com falta de força de trabalho e inseguros da inexperiente habilidade dos militares Americanos, queriam que a AEF se tornasse em toto como um reservatório de substituição para os exércitos Franceses e Britânicos, mas o Secretário da Guerra Newton D. Baker e o Presidente Wilson apoiaram Pershing apesar dos argumentos do premier Francês Georges Clemenceau e de Lloyd George. Num discurso ao Congresso em 8 de Janeiro de 1918, o Presidente Wilson colocou seus famosos Quatorze Pontos para a paz, chamando por - entre outras coisas - diplomacia aberta, redução de armamentos, autodeterminação nacional, e a formação de uma liga de nações. Estes objetivos de guerra idealistas pareciam dar peso moral à causa Aliada. Operações na Frente Ocidental. Ludendorff percebeu que a única esperança de a Alemanha ganhar a guerra residia numa vitória decisiva no oeste em 1918, antes que a força de trabalho Americana pudesse exercitar um efeito significante. Com a Rússia fora da guerra, ele pôde trocar a maioria das forças Alemãs do leste à preparar para uma ofensiva principal. A intenção dele era esmagar os exércitos Aliados numa série de poderosas arremetidas. Reconhecendo os divergentes interesses dos Franceses (preocupados com a proteção de Paris) e dos Ingleses (interessados em suas linhas de comunicações com os portos do Canal), ele pretendia dirigir uma cunha entre os exércitos deles e então destruir a Inglaterra em assaltos subseqüentes. Os Alemães começaram sua ação, a Segunda Batalha do Somme, ao amanhecer do dia 21 de Março com pesada névoa, golpeando o flanco direito do setor Britânico numa frente de 100-km entre Arras e La Fere. Seguindo um bombardeio de 5-horas de surpresa, tropas de choque Alemães especialmente treinadas rolaram pela névoa, cada divisão pressionando tão longe e tão rápido quanto possível. Os atordoados Ingleses caíram atrás, permitindo ao Décimo Oitavo Exército Alemão alcançar e passar o Somme. Enquanto as reservas Britânicas corriam para parar o avanço Alemão, Haig apelou pelos reforços Franceses, mas Pétain estava mais preocupado em proteger Paris. Os Ingleses pressionaram por um comandante supremo, e no dia 3 de Abril o Conselho de Guerra Supremo Aliado, encontrando-se em Beauvais, designou Ferdinand Foch como comandante em chefe Aliado. Imediatamente ele começou a enviar reservas para ajudar os Ingleses. A ação Alemã, depois de ganhar 64 km, tinha perdido impulso. A troca de reservas de Foch conteve a agressão Alemã depois que ela alcançou Montdidier, e Ludendorff a trouxe à uma parada. As perdas Aliadas chegaram a cêrca de 240.000 vítimas (163.000 Inglêses, 77.000 Francêses); as vítimas Alemãs foram quase tanto elevadas. A conseqüência mais séria da ofensiva, do ponto de vista Alemão, tinha sido a instituição de um comando unificado Aliado. Enquanto isso, no dia 23 de Março, um notável canhão Alemão de longo alcance começou um bombardeio esporádico de Paris de uma posição 105 km fora. Esta arma surpreendente seriamente danificava a moral Parisiense e eventualmente infligiu 876 vítimas mas não afetou a guerra significativamente. Em 9 de Abril, na Batalha de Lys, os Alemães golpearam o setor Britânico novamente, desta vez em Flandres numa frente mais estreita, ameaçando a importante junção ferroviária de Hazebrouck e os portos do Canal. As tropas Alemãs rapidamente cortaram pelas desprevenidas divisões Britânicas e por uma divisão Portuguesa. Em 12 de Abril, depois de anunciar "Nossas costas estão contra a parede", Haig proibiu retirada adicional e galvanizou a resistência Britânica. A ação Alemã foi detida no dia 17 de Abril depois de ganhar 16 km, que incluíam a recaptura do Cume das Messinas. Novamente, e pelas mesmas razões anteriores, Ludendorff tinha alcançado sucesso tático mas fracasso estratégico. Não havia nenhuma inovação, e os portos do Canal estavam seguros. Ludendorff atacou novamente - a Terceira Batalha de Aisne - em 27 de Maio, desta vez numa frente de 40-km ao longo do Caminho das Damas. Esta era uma ação diversiva contra os Franceses, preparatória a um ataque decisivo planejado contra os Ingleses em Flandres. Tropas Alemãs, precedidas por tanques, derrotaram 12 divisões Francesas (3 delas Inglesas), e pelo meio-dia os Alemães estavam cruzando o Aisne; ao anoitecer eles tinham cruzado o Vesle, à oeste de Fismes, e no dia 30 de Maio alcançaram o Marne. No dia 28 de Maio, como Pershing estava apressando reforços para os Franceses no Marne, a primeira ofensiva Americana da guerra aconteceu em Cantigny, 80 km noroeste. Embora só uma operação local, seu successo - contra as tropas veteranas do Décimo Oitavo Exército de Hutier - elevou o moral Aliado. Ao mesmo tempo, a Segunda e a Terceira Divisões Americanas estavam arremetendo contra o nariz da ofensiva Alemã ao longo do Marne, passando a posição no dia 30 de Maio. A Terceira Divisão manteve as pontes em Château-Thierry, então contra-atacou e, com a ajuda das tropas Francesas, repeliu os Alemães atrás pelo Marne. A Segunda Divisão conteve os ataques Alemães oeste de Château-Thierry. Ludendorff cancelou sua ofensiva no dia 4 de Junho. A Segunda Divisão então contra-atacou, encabeçada por sua brigada marinha. Entre 6 de Junho e 1 de Julho os Alemães foram desarraigados das posições em Bouresches, Belleau Wood, e Vaux. Um avanço Alemão em Compiègne, iniciado no dia 9 de Junho, foi detido pelas tropas Francesas e Americanas no dia 12 de Junho. Ludendorff, ainda planejando uma ação climática contra os Ingleses em Flandres, tentou uma ofensiva mais preliminar em Champagne para atrair as tropas Francesas longe da frente Inglesa. A Segunda Batalha do Marne começou no dia 15 de Julho quando os Aliados, advertidos do ataque por desertores, pelo reconhecimento aéreo, e por prisioneiros, atingiram os Alemães avançando com artilharia. A leste de Reims o ataque foi detido dentro de algumas horas pelos Franceses. A oeste de Reims aproximadamente 14 divisões do Sétimo Exército Alemão cruzaram o Marne, mas as forças Americanas desprezaram o ataque ali. Então aeronaves e a artilharia Aliada destruíram as pontes Alemãs, rompendo o suprimento e forçando o ataque a parar no dia 17 de Julho. No espaço de 5 meses os Alemães tinham sofrido meio milhão de vítimas. As perdas Aliadas tinham sido um pouco maiores, mas as tropas Americanas estavam agora chegando a uma taxa de 300.000 por mês. Com Ludendorff preparando-se para retirar, a contra-ofensiva Aliada começou no dia 18 de Julho. Os exércitos Franceses, usando tanques leves e ajudados pelas divisões Britânicas e Americanas, assaltaram a saliencia do Marne da esquerda à direita, alcançando o Rio Vesle e recapturando Soissons. Ludendorff agora cancelava sua proposta ação de Flanders, concentrando-se em estabilizar a situação ao longo do Vesle. A saliencia de Marne já não existia. Estrategicamente, a Segunda Batalha do Marne mudou a sorte; a iniciativa tinha sido arrancada dos Alemães. O jôgo de Ludendorff tinha falhado. No dia 8 de Agosto, perto de Amiens, Haig lançou seu Quarto Exército e o incorporado Primeiro Exército Francês contra o Décimo Oitavo e Segundo Exércitos Alemães. Os Alemães, pegos fora da guarda por um ataque bem-montado, começaram uma retirada apavorada. Ludendorff declarou amargamente que 8 de Agosto fôra o "Dia Negro do Exército Alemão". Ele acrescentou depois: "A guerra deve ser terminada!" Os Alemães conseguiram restabelecer uma posição 15 km atrás do nariz anterior da saliencia, mas no dia 10 de Agosto, tropas Francesas forçaram a evacuação de Montdidier. No dia 21 de Agosto os exércitos Britânicos e Franceses renovaram o ataque na segunda fase da Batalha de Amiens. Ludendorff ordenou uma retirada geral das áreas de Lys e de Amiens, mas os planos dele foram desfeitos quando as tropas do ANZAC (Corpo do Exército Australiano e Neo Zelandês) penetraram pelo Somme em 30-31 de Agosto. A situação Alemã inteira se deteriorou, necessitando retirada para a posição final - a linha Hindenburg. Por esse tempo Haig tinha gastado suas reservas e não pôde explorar sua vitória mais adiante. As vítimas Alemãs eram mais que 100.000, incluindo cêrca de 30.000 prisioneiros. As perdas Aliadas foram 22.000 Ingleses e 20.000 Franceses. Taticamente e estrategicamente, os Aliados tinham ganho outra vitória importante; o moral Alemão mergulhou. No dia 30 de Agosto, Pershing, tendo ganho sua briga por um exército Americano separado e distinto operando em sua própria frente nomeada, moveu-se para a saliencia de Saint-Mihiel, a qual os Alemães tinham ocupado desde 1914. Apoiado por uma força aérea Aliada de cerca de 1.400 aviões - Americanos, Francêses, Italianos, e Portugueses - sob o coronel Americano Billy Mitchell, o Primeiro Exército dos Estados Unidos atacou ambas as faces da saliencia no dia 12 de Setembro. O ataque foi completamente bem-sucedido; a saliencia estava completamente limpa em 16 de Setembro, e Pershing imediatamente voltou-se ao tremendo trabalho de trocar seu exército inteiro para outra frente. Mais de 1 milhão de homens, com tanques e armas, teve que ser movido 100 km inteiramente à noite - para a área da Floresta de Argonne, oeste do Rio Meuse, e se preparar para começar outra ofensiva principal. Foch planejou dois assaltos principais. Um seria uma ação Franco-Americana da área de Verdun para Mézières, um vital centro de suprimentos e junção ferroviária Alemães. O outro era uma ofensiva Britânica entre Peronne e Lens, com a junção ferroviária de Aulnoye como seu objetivo. Se bem-sucedida, esta dupla penetração comprometeria a situação inteira da logística Alemã na frente ocidental. Depois que os Americanos passaram por Vauquois e Montfaucon em 26-27 de Setembro, sua ação reduziu a velocidade quando os Alemães se apressaram com reforços. Substituindo várias de suas divisões de assalto com tropas descansadas da operação de Saint-Mihiel, Pershing renovou a ofensiva no dia 4 de Outubro. Nenhum espaço para manobra existia; o Primeiro Exército bateu seu caminho lentamente adiante numa série de custosos ataques frontais, mas a Floresta de Argonne foi limpada, facilitando o avanço do Quarto Exército Francês, na esquerda, para o Rio Aisne. O Primeiro Ministro Clemenceau da França, exasperado pelo lento progresso dos Americanos, tentou sem-sucesso substituir Pershing. Foch, atento que a ofensiva Americana estava tirando todas as reservas Alemãs disponíveis do resto da frente ocidental, recusou apoiar Clemenceau. Como terminou Outubro, o Primeiro Exército tinha perfurado pela maioria do terço final da linha Alemã. Com divisões descansadas substituindo as cansadas, o Primeiro Exército avançou novamente no dia 1 de Novembro, esmagando as últimas posições Alemãs nordeste e oeste de Buzancy, permitindo assim ao Quarto Exército Francês cruzar o Aisne. Ao ar livre agora, as ponta-de-lança Americanas correram acima o Vale do Meuse, alcançando o Meuse antes de Sedan no dia 6 de Novembro e atingindo pelo fogo da artilharia a linha ferroviária Mézières-Montmédy, uma vital artéria de suprimento para a frente Alemã inteira. No dia 27 de Setembro, um dia depois do começo da ofensiva Americana, o grupo de exército de Haig arremessou-se contra a linha Hindenburg; sua ação logo reduziu a velocidade, porém, em face da hábil defesa Alemã. Por causa da pressão Americana no Meuse-Argonne, uma retirada Alemã ao longo da linha tornou-se necessária. Num ataque renovado, os Ingleses romperam pelas defesas Alemãs no Rio Selle no dia 17 de Outubro. Ao mesmo tempo, os Belgas e Ingleses sob o rei Belga Albert começaram a se mover para Flandres novamente. O exército Alemão começou a rachar. No dia 6 de Outubro, como as linhas dianteiras começassem a esmigalhar, o novo chanceler Alemão, Príncipe Max de Baden, enviou uma mensagem ao Presidente Wilson, pedindo um armistício com base nos Quatorze Pontos de Wilson. Uma troca de mensagens foi concluída no dia 23 de Outubro com a insistência de Wilson que os Estados Unidos e os Aliados não negociassem um armistício com a ditadura militar existente da Alemanha. Imediatamente antes da demissão formal, Ludendorff renunciou no dia 26 de Outubro para permitir ao desesperado governo Alemão obedecer a exigencia de Wilson. Hindenburg, porém, reteve seu posto como comandante de campo Alemão, com o Gen. Wilhelm Groener substituindo Ludendorff como general quarteleiro, ou chefe do estado-maior. Revolução e Armistício. Inspiradas pelos Comunistas e inflamadas por um motim da Frota dos Altos Mares, que estourou no dia 29 de Outubro, revoltas cintilaram dentro da Alemanha. Um novo governo socialista tomou o poder e proclamou uma república no dia 9 de Novembro. O imperador fugiu para os Países Baixos no dia seguinte. Enquanto isso, uma delegação Alemã, encabeçada pelo civil Matthias Erzberger, negociou um armistício com Foch em seu quartel-general ferroviário num desvio em Compiègne. Acordo foi finalmente alcançado às 5:00 em 11 de Novembro de 1918. As condições especificavam que o exército Alemão tinha que evacuar imediatamente todo o território ocupado e a Alsácia-Lorraine; imediatamente render grandes quantidades do material de guerra; render todos os submarinos; e internar todos os outros navios de guerra de superfície como dirigido pelos Aliados. Além disso os Alemães deviam evacuar o território Alemão a oeste do Rheno, e três cabeças-de-ponte sobre o Rheno seriam ocupadas pelos Aliados. O armistício tornou-se efetivo imediatamente; as hostilidades cessaram às 11:00 do dia 11 de Novembro. Embora a AEF fosse um fator vital na vitória Aliada final, o papel Americano foi principalmente de somar um incremento final de números e de iniciativa fresca, permitindo aos muito maiores e mais experientes exércitos Aliados alcançarem sucessos igualmente espetaculares nas semanas finais da guerra. A Frente Italiana. Durante a primavera a Alemanha transferiu suas tropas na Itália para a frente ocidental, insistindo que os Austríacos esmagassem a Itália porque a Rússia estava fora da guerra. Seguindo-se um ataque diversionista no oeste à Passagem de Tonale, que foi repelido em 13 de Junho, os ataques Austríacos dirigidos à Verona e Pádua foram similarmente contidos. Diaz, marcando tempo até certo do sucesso Aliado em outras frentes, finalmente preparou uma dupla ofensiva. (Por esse tempo o governo Austro-Húngaro estava pedindo um armistício). Os Italianos atacaram no dia 24 de Outubro na Batalha de Vittorio Veneto mas foram rapidamente detidos na linha do Rio Piave. As tropas Francesas, porém, rasgaram igualmente na esquerda, e as tropas Britânicas ganharam uma grande cabeça-de-ponte à direita, dividindo a frente em 28 de Outubro. A penetração alcançou Sacile no dia 30 de Outubro. No dia seguinte, como os reforços Italianos exploravam a abertura já alargando, a resistência Austríaca desmoronou. Belluno foi alcançado em 1 de Novembro e o Tagliamento no dia seguinte, enquanto na zona ocidental as tropas Inglesas e Francesas dirigiam-se para Trent em 3 de Novembro. Nesse mesmo dia Trieste foi tomada por uma expedição naval Aliada no Golfo de Veneza, e algumas horas depois um armistício foi assinado. As hostilidades terminaram no dia 4 de Novembro. A Frente Balcânica. Em Salonika o brilhante general Francês Franchet d'Esperey sucedeu Guillaumat em Julho. Com relutancia o Conselho de Guerra Supremo concordou em lhe permitir montar uma grande ofensiva. Ele nominalmente comandava quase 600.000 homens - Servios, Tchecos, Italianos, Francêses, e Ingleses - mas somente cêrca de 350.000 estavam disponíveis para o dever. Opondo-se a ele estavam cêrca de 400.000 Bulgaros. Praticamente todas as tropas Alemãs tinham sido retiradas com exceção do comando e do staff. Cobertas por pesado apoio de artilharia, tropas Sérvias atacaram o centro da frente no dia 15 de Setembro, flanqueadas pelas forças Francesas e Gregas. A penetração teve êxito, como o teve um ataque diversionista Britanico à direita no dia 18 de Setembro. Ganhando impulso, o ataque alcançou o Vardar no dia 25 de Setembro, dividindo a frente Búlgara. A ação Britânica alcançou Strumitsa no dia seguinte, e a cavalaria Francesa, atravessando a força principal, ocupou Skopje no dia 29 de Setembro. Forças aéreas Aliadas criaram pânico entre os Bulgaros fugindo. No dia 29 de Setembro os Búlgaros pediram por e receberam um armistício, mas Franchet d'Esperey manteve suas tropas movendo-se norte. No dia 1 de Novembro elas cruzaram o Danúbio em Belgrado e estavam preparadas para marchar sobre Budapeste e Dresden quando o armistício da Alemanha parou as hostilidades. As Frentes Turcas: Palestina, Síria, e Mesopotâmia. Durante a parte inicial do ano Allenby em Jerusalém foi restringido a operações secundárias por causa dos destacamentos em suas forças para a frente ocidental. Ao sul e leste, porém, a Arábia estava em chamas. T. E. Lawrence, com um pequeno grupo de oficiais Britânicos, colheu uma colheita da rebelião Árabe contra o domínio Turco. As forças guerrilheiras de Lawrence regularmente invadiam a Ferrovia Hejaz, correndo aproximadamente 970 km de Aman, Palestina, para Medina na Arábia, a guarnição Turca mais ao sul. Ao todo, as atividades de Lawrence mantiveram mais que 25.000 tropas Turcas fixadas em bloqueios e postos ao longo desta linha. Em Setembro, Lawrence, com o Emir Faisal, filho de Husayn ibn Ali, pretenso "Rei do Hejaz", tinha isolado Medina destruindo a linha da ferrovia e estava movendo-se norte para operar no flanco direito de Allenby. Enquanto isso, Allenby tinha sido reforçado durante o fim do verão. Ele se preparou meticulosamente para o que iria ser o ataque decisivo. A linha defensiva Turca, habilmente fortalecida, deitava-se do Mediterrâneo norte de Jaffa para o Vale do Jordão. O plano de Allenby era amontoar seu principal esforço na beira-mar, romper aberta uma abertura, e então deixar passar seu corpo de cavalaria enquanto a linha Britânica inteira balançava norte e leste como um portão, girando no Vale do Jordão. Segredo extremo foi mantido. Às 4:30 no dia 19 de Setembro a ofensiva começou. Um ataque de infantaria rasgou uma ampla abertura ao longo da beira-mar, pela qual verteu o Corpo Montado do Deserto. Ao mesmo tempo, a Real Força Aérea bombardeou junções de ferrovia e todos os quartéis-generais do exército Turco, paralisando completamente as comunicações. Pelo amanhecer do dia 20 de Setembro o Oitavo Exército Turco tinha deixado de existir, e o Sétimo Exército estava se retirando para o leste em desordem na direção do Jordão. A cavalaria Britânica passou então por Nazaré e voltou-se leste para alcançar o Jordão logo ao sul do Mar da Galiléia no dia 21 de Setembro. No flanco do deserto ao leste Lawrence e Faisal cortaram a linha da ferrovia em Déraa no dia 27 de Setembro, enquanto Allenby pressionava para tomar Damasco em 1 de Outubro e Beirute no dia seguinte. O Corpo Montado do Deserto continuou encabeçando o avanço, alcançando Homs em 16 de Outubro e Aleppo no dia 25 de Outubro. Dentro de 5 dias a Turquia tinha assinado um armistício em Mudros, terminando a guerra no Oriente Médio. A vitória de Allenby em Megiddo foi uma das operações mais brilhantes na história do exército Britânico. Em 38 dias as tropas de Allenby avançaram 580 km, levando 76.000 prisioneiros (4.000 deles Alemães e Austríacos). Na Mesopotâmia uma força Britânica sob o Lt. Gen. A. S. Cobbe foi apressadamente impelida norte de Bagdá no dia 23 de Outubro para assegurar os campos de petróleo de Mosul antes do esperado colapso Turco. Depois de uma afiada briga em Sharqat no dia 29 de Outubro, Cobbe acelerou sua cavalaria aos arredores de Mosul no dia 1 de Novembro. Apesar das providências do armistício de 30 de Outubro, Cobbe foi ordenado à tomar o lugar. Depois de alguma disputa, a guarnição Turca de Halil Pasha concordou em marchar fora e os Ingleses prevaleceram. A campanha inteira da contida Mesopotamia tinha dependido da posse e proteção dos campos de petróleo. O fim da guerra os achou nas mãos da Inglaterra, a um custo total de 80.007 vítimas. No dia 12 de Novembro a frota Aliada navegava pelos Dardanellos, chegando fora de Constantinopla (Istambul) no dia seguinte, dramatizando o colapso do Império Otomano. A Guerra no Mar. Pelo começo de 1918, a guerra submarina Alemã tinha sido contida pelo sistema de escolta Aliado. Ela era, não obstante, ainda uma ameaça. Submarinos operavam de bases em Zeebrugge, Ostend, e Bruges. O Contra-Almirante Britânico R. J. B. Keyes, comandando a Patrulha de Dover, organizou uma incursão contra as bases. Nos dias 22-23 de Abril o cruzador leve Vingativo colidiu em Zeebrugge, com destroier e escolta de submarino. Ao mesmo tempo, um submarino Britânico carregado com altos explosivos foi detonado contra as comportas e dois navios de bloqueio também foram afundados. O Vingativo escapou depois de infligir algum dano, mas a base não foi selada completamente. Uma incursão simultânea contra Ostend falhou, mas uma surtida posterior (9-10 de Maio) para bloquear Ostend foi parcialmente exitosa. O cruzador de batalha Alemão Goeben e o cruzador leve Breslau navegavam no Mar Egeu no dia 20 de Janeiro, mas a viagem terminou em desastre; o Goeben foi danificado pelas minas Britânicas, e o Breslau foi afundado. Porém, o Goeben foi salvo apesar do bombardeio aéreo Britânico. Como a Alemanha se aproximava do colapso, os chefes Alemães planejaram uma desesperada surtida para provocar uma batalha final com a Grande Frota Britânica, mas no dia 29 de Outubro as tripulações se rebelaram e tomaram o controle dos navios de guerra, terminando a guerra no mar. Operações na África Oriental. Apesar dos intensivos esforços os Ingleses não puderam superar o evasivo Paul von Lettow-Vorbeck durante 4 anos de contínua procura e perseguição. Eles o dirigiram para a África Oriental Portuguesa em 1917, onde ele continuou uma campanha de guerrilha ativa e agressiva, capturando postos militares Portugueses e mantendo seu pequeno comando através dos suprimentos capturados. Ele então reentrou na África Oriental Alemã e, embora só tivesse 4.000 homens e era oposto por forças totalizando 130.000, ele teve sucesso em capturar vários pequenos postos antes de marchar para a Rodésia do Norte Britânica. Finalmente, depois que os Ingleses o puderam informar do armistício, ele terminou as hostilidades no dia 14 de Novembro e rendeu seu comando no dia 23 de Novembro. Pós-armistício. Em 17 de Novembro, sob os termos do armistício, as tropas Aliadas começaram a reocupar aquelas porções da França e da Bélgica que tinham sido mantidas pelos Alemães desde 1914. As tropas Aliadas e Americanas seguiram os Alemães se retirando para a Alemanha. No dia 9 de Dezembro, as tropas Aliadas cruzaram o Rheno nas cabeças-de-ponte acordadas no armistício. Os Ingleses estavam em Colônia, os Americanos em Coblenz, e os Francêses em Mainz. Enquanto isso, no dia 21 de Novembro a Frota dos Altos Mares Alemã navegava para o Estuário de Firth, entre as linhas da Grande Frota Britânica. Ele foi depois trocado por Scapa Flow. Os Tratados de Paz O Primeiro Debate em Versalhes. A conferência de paz em Versalhes abriu oficialmente em 18 de Janeiro de 1919. Atendendo estavam 70 delegados, representando 27 vitoriosas potencias Aliadas. Nem a Alemanha nem a nova república Soviética Russa estavam representadas. Os principais participantes na conferência eram os líderes das 4 grandes potencias: Woodrow Wilson dos Estados Unidos, Georges Clemenceau da França, David Lloyd George da Inglaterra, e Vittorio Orlando da Itália. Ficou logo aparente que eles tiveram motivos e interesses extensamente divergentes. Wilson estava, pelo menos ao início, determinado em implementar seus Quatorze Pontos, que tinham sido a base para as negociações do armistício. Principalmente, Wilson estava com mais intenção no estabelecimento de uma liga de nações, que proveria uma base para as relações internacionais na ordem e a preservação da paz. Clemenceau era um político duro, determinado, e hábil. Ele também era um homem velho vingativo, tendo visto muito da França arruinada e a flor da virilidade Francesa consumida na horrenda guerra, e que poderia se lembrar pessoalmente das severas condições de paz que a Alemanha tinha imposto em seu país depois da Guerra Franco-Prussiana. Ele não só estava determinado que a Alemanha deveria sofrer mas que as condições de paz deveriam fazer impossível para a Alemanha empreender a guerra novamente. Lloyd George também era um político qualificado. Embora geralmente inclinado a fazer uma paz prática, moderada, ele tinha sido eleito com base nas promessas que a Alemanha e seus líderes de guerra seriam castigados. Em geral ele desconfiava do idealismo de Wilson e estava determinado que nenhum dos Quatorze Pontos deveria ser permitido interferir com a Inglaterra, suas políticas tradicionais, ou seus compromissos com outros. Orlando, o menos importante dos assim-denominados Quatro Grandes, estava determinado que a Itália recebesse as enormes recompensas territoriais que tinham sido prometidas em 1915 para atrair a Itália na guerra no lado Aliado. No dia 25 de Janeiro a conferência unanimimente adotou uma resolução para estabelecer a Liga das Nações. Então, depois que um comitê foi designado para traçar a Convenção da Liga, as condições de paz foram marteladas pelo Conselho Supremo, que consistia nos chefes de governo e ministros do exterior das 5 principais potencias Aliadas: os Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, e Japão. Lentamente e dolorosamente, depois de 3,5 meses de argumentos, os líderes Aliados alcançaram soluções de compromisso em todos os assuntos e afiançaram o acordo das potencias menores em questões nas quais eles estavam preocupados. Em 6 de Maio o Tratado de Versalhes estava finalmente pronto para apresentar à Alemanha. O Tratado de Versalhes. A Convenção da Liga das Nações foi feita uma parte integrante do tratado, e cada nação assinando o tratado teve que aceitar a organização mundial. A Liga era pretendida prover um mecanismo para a determinação pacífica de disputas, para a promoção do desarmamento mundial, e para a melhoria geral da humanidade. Com exceção do retorno da Alsácia-Lorraine para a França, a qual foi aceita por unanimidade, todas as providências importantes do tratado relativas ao território Alemão eram compromissos. A ocupação aliada da Rhenania devia continuar por pelo menos 15 anos, e possivelmente por mais tempo, e a região devia permanecer perpetuamente desmilitarizada, como um cinturão de território de 50 km fundo ao longo da margem direita do Rheno. Três regiões de fronteira menores perto de Eupen e Malmédy seriam cedidas à Bélgica. Partes das províncias Alemãs de Posen e da Prússia Ocidental seriam dadas para a Polônia para prover aquela reavivada nação com acesso ao Mar Báltico; o porto de mar Báltico de Gdansk (Danzig) devia se tornar um estado livre mas unido economicamente à Polônia. Este Corredor Polonês ao Báltico deixava a Prússia completamente separada do resto da Alemanha. Todas as possessões ultramarinas da Alemanha seriam ocupadas pelos Aliados mas seriam organizadas como "mandatos", sujeitas à supervisão e ao controle da Liga das Nações. A Inglaterra e a França dividiram a maioria das colônias Africanas da Alemanha, e o Japão assumiu as extensas possessões de ilhas no Pacífico Sul. O tratado exigiu que a Alemanha aceitasse a responsabilidade e a culpa exclusivas por causar a guerra. O antigo imperador e outros líderes da guerra Alemães não especificados seriam processados como criminosos de guerra. (Esta provisão nunca foi cumprida). Um número de outras provisões militares e economicas foram projetadas não só para punir a Alemanha por sua culpa de guerra mas também para assegurar a França e o resto do mundo contra a possibilidade de agressão Alemã futura. O exército Alemão foi limitado a 100.000 soldados e não devia possuir nenhuma artilharia pesada, o estado-maior foi abolido, e a marinha seria reduzida. Nenhuma força aérea seria permitida, e a produção de aviões militares foi proibida. A Alemanha devia pagar por todos os danos civis causados durante a guerra. Este fardo, combinado com o pagamento de reparações aos Aliados de grandes quantidades de bens industriais, remessa mercantil, e matérias-primas, era esperado impedir que a Alemanha pudesse financiar qualquer esforço militar importante até mesmo se ela estivesse inclinada à evadir as limitações militares. O Segundo Debate em Versalhes. No dia 29 de Abril uma delegação Alemã encabeçada por Graf Ulrich von Brockdorff-Rantzau, o ministro do exterior Alemão, chegou a Versalhes. Em 7 de Maio os membros da delegação foram chamados ao Palácio do Trianon em Versalhes para conhecer as condições do tratado. Depois de ler o tratado cuidadosamente, Brockdorff-Rantzau o denunciou. Ele lembrou os líderes Aliados que os Quatorze Pontos tinham provido a base para as negociações do armistício e assim tinham ligado os Aliados assim como a Alemanha. Ele insistiu que as providências econômicas do tratado eram impossíveis de cumprir. Embora recusando assinar o tratado, a delegação Alemã levou-o de volta à Berlim para a consideração do governo. O Chanceler Philipp Scheidemann também denunciou o tratado. Os Aliados tinham mantido seu bloqueio naval da Alemanha, porém, e depois de longos e amargos debates em Berlim, ficou óbvio que a Alemanha não tinha nenhuma escolha mas assinar o tratado. Scheidemann e Brockdorff-Rantzau renunciaram no dia 21 de Junho. No mesmo dia, em Scapa Flow, a Frota dos Altos Mares Alemã organizou um protesto dramático. Apesar de toda precaução Britânica concebível, os marinheiros Alemães fugiram cada dos seus 50 navios de guerra no porto. No dia 28 de Junho o novo chanceler Alemão, Gustav Bauer, enviou outra delegação para Versalhes. Depois de informar os Aliados que a Alemanha só estava aceitando o tratado por causa da necessidade de aliviar os sofrimentos em sua população causados pelo "desumano" bloqueio, os Alemães assinaram. Os Outros Tratados. No dia 10 de Setembro, representantes da agora minúscula república da Áustria assinaram o Tratado de Saint-Germain, logo afora de Paris. O uma vez grande império Habsburgo tinha desintegrado completamente em Outubro e Novembro de 1918. O tratado, porisso, meramente legalizou o desaparecimento do império Austro-Húngaro. A Áustria reconheceu a independência da Tchecoslováquia, Polônia, Yugoslávia, e Hungria; também reconheceu a cessão da Galícia à Polônia, e do Trentino, Tirol Sul, Trieste, e Istria para a Itália. O exército Austríaco foi limitado a 30.000 homens, e a Áustria concordou em pagar reparações econômicas às nações Aliadas que tinham sido vítimas da agressão Austro-Húngara. A Áustria foi proibida se unir com a Alemanha, uma união que muitas pessoas de ambos os países tinham pressentido. No dia 27 de Novembro, a Bulgária assinou um tratado com os Aliados em Neuilly, outro subúrbio de Paris. A Bulgária reconheceu a independência da Yugoslávia e concordou em ceder território para a Yugoslávia, Romênia, e Grécia. O exército da Bulgária foi restringido, e o país foi forçado a pagar reparações a seus vizinhos Aliados. A Hungria assinou o Tratado de Trainon em Versalhes no dia 4 de Junho de 1920, que reduziu o país em área de 283.000 km² para menos de 93.000 km². O exército Húngaro foi limitado a 35.000 tropas, e foram exigidas reparações, embora a quantia não fosse especificada. Por causa de várias complicações, a determinação de paz com a Turquia foi muito tempo atrasada. Quando finalmente assinada - em Sèvres, outro subúrbio de Paris, no dia 10 de Agosto de 1920 - era um pouco sem sentido, porque o homem-forte Turco Mustafa Kemal Pasha estava liderando um movimento nacionalista e estava estabelecendo um governo poderoso e orgulhoso. Depois de reconquistar a Armênia Turca que tinha se tornado independente, e depois de expelir um exército Grego da Turquia numa campanha brilhante, Mustafa Kemal reocupou a Thracia, ou Turquia Européia, que tinha sido dada à Grécia pelo Tratado de Sèvres. Ele então informou os Aliados que estava disposto a aceitar a maioria das outras providências da determinação de paz original, consistente com os Quatorze Pontos. Os Aliados, não tendo nenhum desejo por uma nova guerra, e aceitando a racionalidade da posição Turca, concordaram. Pelo Tratado de Lausanne, assinado no dia 24 de Julho de 1923, a Turquia reconheceu a independência do Reino Árabe de Hejaz, o mandato Francês em cima da Síria, e os mandatos Britanicos em cima da Palestina e da Mesopotâmia. A Turquia também reconheceu a ocupação Grega e Italiana da maioria de suas antigas ilhas do Egeu e concordou em desmilitarizar os estreitos, retendo o direito de os fechar em tempo de guerra. A Turquia não devia pagar nenhuma reparação. Era um tratado justo e responsável que deixava a Turquia melhor do que tinha sido antes da guerra, porque todos os territórios perdidos eram realmente não-Turcos e tinham sido perpétuos problemas econômicos e militares para o velho império. Nos Estados Unidos, apesar dos esforços do Presidente Wilson, o Senado não ratificou o tratado de paz de Versalhes. Como resultado os Estados Unidos organizaram tratados separados com a Alemanha, a Áustria, e a Hungria. A Tecnologia Vai à Guerra Mais importantes inovações tecnológicas militares aconteceram durante a Primeira Guerra Mundial que em qualquer outra guerra na história. Com a única exceção importante da bomba atômica, todos os meios importantes de guerra da Segunda Guerra Mundial foram meramente melhorias ou modificações das armas em 1918. As Aeronaves e a Guerra Aérea. Embora os balões tivessem sido usados em guerras mais cedo - como na Guerra Civil Americana e na Guerra Franco-Prussiana - o vôo dirigido e controlado sério sobre o chão tinha menos que uma década e meia quando a Primeira Guerra Mundial começou. No princípio duas variedades de aeronave foram usadas: o rígido balão dirigível mais-leve-que-o-ar, ou aeróstato, e o avião mais-pesado-que-o-ar. O tipo melhor-conhecido e mais bem-sucedido de aeróstato dirigível era o zepelim Alemão. Os aviões eram versões grandemente melhoradas do protótipo cru primeiro voado (1903) nos Estados Unidos pelos irmãos Wright e na França pelo Brasileiro Santos Dumont em 1906. Os Alemães usaram seus zepelins em várias incursões de alta-altitude em Paris e em Londres, mas muito antes do fim da guerra os Alemães abandonaram as incursões em massa dos zepelins porque os rapidamente aperfeiçoados aviões Aliados eram capazes de escalar à mesma altitude e, atirando balas de metralhadoras nas bolsas de gás hidrogênio-cheias dos dirigíveis, os transformavam em holocaustos aéreos. Os zepelins eram usados para o transporte a longa-distancia - um memorável vôo ininterrupto da Bulgária levava os suprimentos muito-necessitados ao minúsculo exército isolado Alemão do General von Lettow-Vorbeck na Africa Oriental - mas ao final da guerra o zepelim tinha sido eclipsado pelo avião de combate. A guerra aérea, por toda sua cor, romance, e glória, teve pouca influência no resultado da Primeira Guerra Mundial. Pela maior parte, a guerra aérea consistiu em vários combates individuais, mantendo pequena relação com o curso das grandes batalhas terrestres. O bombardeamento não danificou seriamente qualquer indústria de guerra, e as comunicações e linhas de suprimento no chão nunca foram rompidas a qualquer extensão importante. Basicamente, a guerra aérea de 1914-18 foi uma precursora das coisas a porvir e um terreno de testes para a teoria tática e técnica. O Submarino. Os primeiros esforços para a guerra submarina foram abertos pelos Americanos nas guerras Revolucionária e Civil. Porém, os verdadeiramente efetivos submersíveis militares fizeram seu aparecimento na Primeira Guerra Mundial. Antes de 1914 alguns pensadores navais Alemães tinham visto o potencial do submarino como um meio de compensar o domínio mundial da Inglaterra no mar molestando e tentando bloquear as vulneráveis linhas ultramarinas de comunicações da Grã-Bretanha. Quase funcionou. A campanha submarina de 1917 quase forçou a Inglaterra para fora da guerra, mas o sistema de escolta salvou a Inglaterra, e no final das contas os submarinos não foram mais uma séria ameaça. O Tanque. Tão dramático e importante como uma nova arma quanto o avião e o submarino, o tanque também demonstrou um potencial que chegaria a ser percebido completamente só na guerra subseqüente. Ao final da Primeira Guerra Mundial o tanque estava se tornando uma força principal nas batalhas terrestres. Ele era lento, incômodo, e vulnerável à artilharia hostil, mas ele poderia prover mobilidade e potência de fogo ao atacante. O Gás Tóxico. O gás tóxico foi, em grande parte por causa de sua cautela e seus fumos asfixiantes, o maior terror-inspirador de todas as armas da guerra. Contramedidas logo reduziram o gás tóxico a pouco mais que um meio de molestamento, mas seu potencial mortal levou a um acordo internacional, o Protocolo de Genebra de 1925, proibindo o gás tóxico como um meio de guerra. A Metralhadora. Como o avião e o submarino, a metralhadora foi uma invenção Americana que foi melhorada na Europa. Cedo na Primeira Guerra Mundial seu valor foi demonstrado como uma arma defensiva. Em combinação com as trincheiras, o arame farpado, e as cápsulas de artilharia alto-explosiva, a metralhadora dominou o longo beco sem saída das trincheiras entre fins de 1914 e o começo de 1918. Os Alemães finalmente reconheceram o potencial ofensivo da metralhadora e abriram caminho para o desenvolvimento das metralhadoras leves para prover potência de fogo móvel dentro de cada esquadrão. A Artilharia e Altos Explosivos. O persuasivo canhão tinha dominado os campos de batalha da Europa nos tempos Napoleônicos. Aquele domínio tinha súbita e dramaticamente desaparecido na Guerra Civil Americana, quando o rifle se tornou a arma mais letal no campo de batalha. Porém, três novos desenvolvimentos imediatamente antes da Primeira Guerra Mundial restabeleceram a artilharia ao seu lugar como o árbitro das batalhas. Estes eram a precisa, e rápida arma de campo com sofisticado mecanismo de recuo e trava de fechamento-rápido; as cápsulas alto-explosivas que poderiam varrer grandes áreas com explosões destrutivas e estilhaços com garras de aço; e, talvez mais importantes, os novos meios de comunicação rápida por telefone, que permitiram colocar armas atrás das linhas de cumes e florestas e atirar sobre essas máscaras em alvos que as artilharias não podiam ver, seguindo direções telefonadas de observadores facilmente escondidos nas linhas de frente. Os projéteis em tubos de artilharia também atingiram seu pleno potencial de letalidade durante a Primeira Guerra Mundial. A arma de campo Francesa de 75 mm, desenvolvida em 1897 - a mais efetiva peça de artilharia da guerra - remanesceu uma arma útil quando a Segunda Guerra Mundial começou em 1939; a arma de longo alcance Alemã que descascou Paris no começo de 1918 tinha um dos alcances de fogo mais longos de qualquer canhão balístico. As Comunicações Eletrônicas. Os telefones de campo não só revitalizaram a artilharia, mas eles também proveram comunicação instantânea entre os comandantes e as unidades subordinadas. Embora os fios fossem vulneráveis ao fogo da artilharia hostil e pudessem ser cortados por ousadas patrulhas noturnas, eficientes equipes de reparos poderiam manter os telefones operando debaixo de quase qualquer condição. Um novo meio de comunicação eletrônica também apareceu durante a Primeira Guerra Mundial, apenas 10 anos depois de sua invenção - o rádio. Seus sinais invisíveis não podiam ser cortados pelo fogo da artilharia ou cortadores de arame, embora meios de esmagar a transmissão logo foram descobertos - da mesma maneira que a evasão. O rádio permitiu a instalação muito mais rápida das comunicações, à alcances mais longos distantes, do que era possível com telefones de campo. Poucas melhorias foram feitas nos telefones de campo desde a Primeira Guerra Mundial; melhorias na transmissão de rádio, porém, têm sido contínuas, com o potencial futuro da eletrônica na guerra ainda ilimitado. As Consequencias. A tecnologia aumentada da Primeira Guerra Mundial tinha grandemente ampliado o potencial da humanidade para matar, mas também se esperava que esta "guerra para terminar todas as guerras" tinha servido como uma lição para as nações e que a matança futura poderia ser evitada. A Liga das Nações foi estabelecida para resolver as disputas internacionais pacificamente, e o Pacto Kellogg-Briand (1928) buscou proscrever a guerra completamente. Muitos aspectos da determinação de paz de Versalhes, porém, semearam as sementes do conflito futuro. As severas penalidades arrecadadas contra a Alemanha criaram a instabilidade econômica e política e assim ajudaram a ascenção de Adolf Hitler. Como a erupção da Segunda Guerra Mundial provaria 20 anos depois, a humanidade ainda não tinha encontrado o caminho da paz. As Vítimas e as Despesas Provavelmente cêrca de 8 milhões de pessoal militar foi matado em ação. Entre as potencias Centrais, a Alemanha sofreu aproximadamente 1,8 milhões de mortos na batalha, a Austria-Hungria cêrca de 922.500, a Turquia 325.000, a Bulgaria 75.800. Entre os Aliados a Russia teve as vítimas de batalha mais pesadas, tantos quanto 1,7 milhões de mortos. A França perdeu cêrca de 1,4 milhões, o Reino Unido 908.000, a Italia 462.000, os Estados Unidos 50.600, a Belgica 13.700, a Servia-Montenegro 48.000, a Romania 336.000, a Grecia 5.000, Portugal 7.200, e o Japão 300. Os mortos civis numeraram aproximadamente 6,6 milhões. A Russia perdeu cêrca de 2 milhões, a Servia 650.000, a Romania 275.000, a Grecia 132.000, a França 40.000, o Reino Unido 30.000, e a Belgica 30.000. Entre as potencias Centrais, a Alemanha perdeu 760.000, a Austria-Hungria 300.000, a Turquia 2,15 milhões, e a Bulgaria 275.000. As despesas para materiais de guerra e armamentos somaram $282 bilhões de dólares pelo menos. Os Aliados gastaram cêrca de $194 bilhões de dólares, e as potencias Centrais gastaram cêrca de $86 bilhões de dólares. A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL | A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL | A QUARTA GUERRA MUNDIAL | AVISO: Este programa é protegido por leis de copyright e tratados internacionais. 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