IDC - Índice da Doutrina Católica
Indicando o caminho da Verdade.
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COMO NÃO DIALOGAR COM OS ABORTISTAS Várias
vezes Jesus foi interpelado pelos escribas e fariseus, que queriam deixá-lo em
situação embaraçosa. Como não agiam de boa-fé, mas com má intenção,
Jesus costumava devolver-lhes a pergunta. Assim, eles passavam de interpeladores
a interpelados. Vejamos alguns exemplos. Após
a expulsão dos vendedores no Templo, os chefes dos sacerdotes e os anciãos do
povo vieram perguntar a Jesus: “Com que
autoridade fazes estas coisas? E quem te concedeu essa autoridade?” (Mt
21,23). Em vez de responder imediatamente, Jesus formulou uma pergunta: “Também eu vou propor-vos uma só questão. Se me responderes, também
eu vos direi com que autoridade faço estas coisas” (Mt 21,24). A pergunta
foi: “O batismo de João, de onde era?
Do Céu ou dos homens?” (Mt 21,25). O Evangelho prossegue: Eles arrazoavam entre si, dizendo: “Se respondermos ‘Do Céu’, ele
nos dirá: ‘Por que então não crestes nele?’. Se respondermos ‘Dos
homens’, temos medo da multidão, pois todos consideram João como profeta”.
Diante disso, responderam a Jesus; “Não sabemos”. Ao que ele também
respondeu: “Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas” (Mt 21,25-27). *
* * Quando
lhe perguntaram se era lícito ou não pagar o tributo a César, Jesus, “percebendo a sua malícia” (Mt 22,15), não respondeu
imediatamente. Mandou que lhe mostrassem a moeda do imposto e perguntou: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”. Os interrogadores,
agora na condição de interrogados, responderam: “De
César”. De posse dessa resposta, aí sim Jesus respondeu: “Devolvei,
pois, o que é de César a César, e o que é de Deus, a Deus” (Mt 22,21). *
* * Quando
lhe apresentaram o caso de uma mulher surpreendida em flagrante delito de adultério
e perguntaram-lhe “para pô-lo à prova,
a fim de terem matéria para acusá-lo” (Jo 8,6), se deveriam ou não
apedrejá-la, conforme estava escrito na Lei de Moisés, Jesus simplesmente
inclinou-se e escreveu com o dedo na terra. Como insistissem em interrogá-lo,
Jesus se levantou e disse: “Quem dentre
vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra!” (Jo
8,7). Essa resposta de Jesus fez com que os acusadores passassem à condição
de acusados. O incômodo deles foi tamanho que “saíram
um após o outro, a começar pelos mais velhos” (Jo 8,9). *
* * Só
vale a pena responder diretamente a uma pergunta sobre o aborto, se o
interlocutor estiver de boa-fé. Infelizmente não é esse o caso dos abortistas
militantes, que fazem conferências, escrevem em jornais e dão entrevistas na
televisão. Dialogar com eles a fim de fazê-los mudar de idéia é como malhar
em ferro frio. Se, porém, o debate é público, convém que se responda. Não
por causa deles, mas por causa dos outros, que estão assistindo ao debate. Em
uma situação dessas, o defensor da vida deve agir como Jesus diante dos
escribas e fariseus. Nos exemplos abaixo, há algumas perguntas abortistas e há
dois tipos de resposta pró-vida: a “errada” e a “certa”. “Errada”,
neste caso não significa necessariamente falsa. É uma resposta que, mesmo
verdadeira, não atinge o cerne da questão e deixa o opositor em posição cômoda
para novos ataques. Por isso ela é estrategicamente errada. A resposta “certa” é aquela que, além
de verdadeira, deixa patente a insensatez da posição abortista e transforma o
acusador em acusado. É uma resposta estrategicamente
certa. PERGUNTA
ABORTISTA RESPOSTA
PRÓ-VIDA Uma
menina foi violentada e está grávida. Você acha que uma criança pode
ser mãe de outra criança? ERRADA:
Sim, a menina pode cuidar de seu bebê desde que receba ajuda da
comunidade. CERTA:
Mãe ela já é! Ao que parece, você não está perguntando se ela pode
ser mãe de outra criança. Você pergunta se podemos matar a criança
pequena em benefício da criança grande. Respondo que não. Ambas as
vidas são igualmente invioláveis. É
justo compelir uma mulher a levar adiante a gestação de um feto que não
tem cérebro? ERRADA:
Sim, é justo. CERTA:
Pelo que entendi, você pergunta se é justo dar à mãe de uma criança
gravemente deficiente o direito de matá-la a fim de se ver livre dela.
É claro que a mãe não tem esse direito. Você
acredita que a vida de um indivíduo humano começa com a concepção? ERRADA:
Sim, eu acredito. CERTA:
Não, eu não acredito nisso
porque isso não é objeto de crença.
É uma verdade que eu colho das Ciências Naturais. Da mesma forma, eu não
acredito que a Terra é
redonda, nem que o morcego é um mamífero. Não é necessária uma
revelação sobrenatural para saber que um indivíduo humano começa
quando é concebido. Os que defendem o aborto, é que negam esse dado
biológico. Nos
países que legalizaram o aborto, houve uma queda do número de abortos.
Não seria conveniente que os defensores da vida lutassem para legalizar
o aborto? ERRADA:
Não é verdade. Em todos os países em que o aborto foi legalizado, o número
de abortos aumentou. CERTA:
O que importa para nós, pró-vida, não é o “total geral” de
abortos, mas a vida de cada criança Você
não acha que cada mulher deve ter direito ao próprio corpo? ERRADA:
Sim, mas o direito ao próprio corpo não é ilimitado. CERTA:
Pelo que entendi, para você o corpo humano se compõe de quatro partes: cabeça, tronco, membros e criança. Como a mulher corta as unhas e os cabelos, ela deveria,
segundo seu pensamento, poder cortar a criança que carrega em seu útero. Atualmente
só as mulheres ricas têm acesso a um aborto seguro. As mulheres pobres
acabam morrendo em mãos de curiosas. Não seria melhor legalizar o
aborto para por fim a essa hipocrisia? ERRADA:
As mulheres ricas também morrem por causa da prática de aborto. CERTA:
Para o bebê o aborto nunca é seguro, mas é 100% letal. Ninguém, seja
rico seja pobre, tem o direito de exigir segurança para si ao matar um
inocente. Os ladrões não têm direito a um “roubo seguro”; os seqüestradores
não têm direito a um “seqüestro seguro”; os homicidas não têm
direito a um “homicídio seguro”. Centenas
de milhares de mulheres morrem, a cada ano, por causa de abortos mal
feitos. Legalizar o aborto não seria uma exigência da saúde pública? ERRADA:
O número anual de mortes maternas por aborto no Brasil não chega a
duas centenas. CERTA:
Ainda que fosse verdade que houvesse uma multidão de mulheres mortas a
cada ano por causa de “abortos mal feitos”, a solução óbvia para
evitar essa mortandade seria não
abortar. Ao invés de legalizar a morte dos inocentes, é preciso
valorizar a maternidade e a vida intra-uterina, e dar assistência às
gestantes. Isso sim é uma exigência da saúde pública!
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Desde: 20/08/06 - Índice da Doutrina Católica - http://www.oocities.org/br/indicedc/index.html
(deve-se levar em conta a má-fé do interlocutor)
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
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