Quanto vale o carvão?
Caminhões que saem, rumo ao sul
Eles levam a gente,
Mas diferente.
Levam a vida
Que já era sofrida
E agora... piora.
Caminhões que eram paus-de-arara
Não tem mais gente
Mas, levam a gente
Tiram a mata
Não deixam nada
Só o sol quente.
Seguem a estrada...
Deixando pra trás
Uma poeira escura
E uma vida, insegura.
Se já nos faltava a chuva
Agora sem sombra
Nem eira, nem beira
Sem coração.
Quanto vale o carvão?
Versos de Jó Oliveira - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2004 - Direitos do Autor.
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