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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Diana Aline -

 

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Tempo-Saudade

De tudo que acontece o efêmero fica
De todos que me passam nada leva-me
De todas as manhãs nenhuma acorda-me
De todas as noites cada qual escurece um sonho
De todas as cores as paisagens desbotadas
De todas as falas o grito entrevado de um nome
De todas as dores o parto da despedida
De todas as palavras o silêncio extirpado
De todos os momentos a embriaguez da ausência
De todas as decisões a insulina da espera
De todas as quedas a ressaca do arrependimento
De todos os desesperos o suicídio da identidade
De todos os riscos o erro de não salvar-me
De todas as direções afogar-me em teus olhos-mar
De todas as dimensões eu barco, o que sinto-oceano
De todas as vidas sou nesta - em outras metade era
De todos os destinos tudo encarava, deste escondo-me
De todas as dúvidas imortalidade da "outra-parte"
De todas as formas uma escultura-sombra do acaso
De todas os detalhes o descaso de um repentino encontro
De todas as heranças um cético beijo n'alma
De os males náufrago da contradição
De todas as perguntas a nostalgia do desejo
De todas as falhas aborto de mim
De todos os pedidos que minha gaiola-egoísmo

        [prenda o pássaro-aceitação
De todas as preces que a estúpida força do tempo me liberte

        [da dor que me propulsiona...
...pois meu "tempo-saudade" é qualquer coisa

[que se pareça com anemia.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Desembarque

Bate o vento.
Coração sente frio.
Pensamento voa;
Ruído levemente doce.
O despertar da imagem,
Teu sorriso-eterno ópio.
Primavera, pare o trem do tempo, desço nessa estação.
No casulo do olhar, esconde-se uma borboleta-alma.
A necessidade da presença,
Envelope vazio.
Ausência, carta sem destinatário.
Esperança, bandeira forte...
Estandarte da solidão.
Correspondência, meu dossiê narra um único encontro.
Na via da saudade, corre o sangue vivo da paixão.
Corpo, navio sempre a postos.
Único passageiro
Naufraga em próprio mar.
No horizonte uma proa de mágoas.
Um oceano vermelho de enterros superados.
A avenida de meu destino rompe minha decisão.
Não é fácil compreender o não.
O poder do acaso anula qualquer teoria.
Simples vida;
A criatura complica a sua,
Não o criador
Que quer o homem?
Que quer uma lagarta?
Um carrega asas e costura-se no casulo do medo.
O outro perfura o medo no tempo certo e voa...
(...).
Que quer você?

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Kallicháos

Diria se pudesse.
Escreveria se conseguisse.
Gritaria se fosse ouvida.
Mas...
Às vezes, nunca se sabe como agir.
Existem ocasiões às quais jamais entenderemos, mesmo se aceitarmos.
Consideraria como "metasilêncio".
Tem-se que ouvir o que vem "depois do silêncio".
Não é simplesmente o calar.
Há muito mais além disso.
Creio amargamente em uma teoria:
Houve um tempo em que inexistindo o pudor e o medo, todos se comunicavam francamente e, assim, aos poucos davam nomes a tudo que começava a existir em seu entendimento. Muito embora, algumas coisas complicadas não conseguissem ser adotadas por nenhum nome, ainda assim eram representadas de alguma forma através de química corporal; mas todos sempre tiveram necessidade de demonstram o que sentiam. Entretanto, chegam um momento; quase tudo tinha nome. E o significado das coisas geram medo. Um pânico inominável foi crescendo nas pessoas. Ninguém sabia ou procurava evitar. De tanto entenderam tantas coisas, aprisionaram-se dentro de seus próprias conhecimentos. Seus métodos de racionalizar a existência do ser juntamente com o mundo infinito das sensações fecundaram um caos - cháos. O tempo foi passando e a vergonha de si mesmos e do que sentiam foi tomando conta do mundo.
A beleza_Kalli_ dos sentidos estava cada vez mais muda. Ela estava morrendo neste mundo e ninguém sabia que ela nascia em outro. Sua existência só é possível, obviamente, por aqueles que a deixarem se manifestar. É muito improvável que o Kalli morra - por si mesma. Ela no máximo muda de dimensão. Por isso, hoje, o ponto de vista e a linguagem dependem do silêncio. Em um mundo paralelo a esta, o belo brinca com nossas intuições, com as circunstâncias e seus enlaces, com os destinos e seus desvios, com o velho e tão conhecido quotidiano e todos os seus aspectos.
Em suma, há os que só falam (a confusão do externo descrente): retina caótica; há os que só ouvem (e temem pelos possíveis efeitos que a revelação dos sentimentos possam lhes causar): estranha beleza; e existam aqueles que através da linguagem da alma se comunicam com quem compreende o metasilêncio.

*Kallicháos não é utopia, mas um ponto de vista.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-