-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Kallicháos Diria se
pudesse.
Escreveria se conseguisse.
Gritaria se fosse ouvida.
Mas...
Às vezes, nunca se sabe como agir.
Existem ocasiões às quais jamais entenderemos, mesmo se aceitarmos.
Consideraria como "metasilêncio".
Tem-se que ouvir o que vem "depois do silêncio".
Não é simplesmente o calar.
Há muito mais além disso.
Creio amargamente em uma teoria:
Houve um tempo em que inexistindo o pudor e o medo, todos se comunicavam francamente e,
assim, aos poucos davam nomes a tudo que começava a existir em seu entendimento. Muito
embora, algumas coisas complicadas não conseguissem ser adotadas por nenhum nome, ainda
assim eram representadas de alguma forma através de química corporal; mas todos sempre
tiveram necessidade de demonstram o que sentiam. Entretanto, chegam um momento; quase tudo
tinha nome. E o significado das coisas geram medo. Um pânico inominável foi crescendo
nas pessoas. Ninguém sabia ou procurava evitar. De tanto entenderam tantas coisas,
aprisionaram-se dentro de seus próprias conhecimentos. Seus métodos de racionalizar a
existência do ser juntamente com o mundo infinito das sensações fecundaram um caos -
cháos. O tempo foi passando e a vergonha de si mesmos e do que sentiam foi tomando conta
do mundo.
A beleza_Kalli_ dos sentidos estava cada vez mais muda. Ela estava morrendo neste mundo e
ninguém sabia que ela nascia em outro. Sua existência só é possível, obviamente, por
aqueles que a deixarem se manifestar. É muito improvável que o Kalli morra - por si
mesma. Ela no máximo muda de dimensão. Por isso, hoje, o ponto de vista e a linguagem
dependem do silêncio. Em um mundo paralelo a esta, o belo brinca com nossas intuições,
com as circunstâncias e seus enlaces, com os destinos e seus desvios, com o velho e tão
conhecido quotidiano e todos os seus aspectos.
Em suma, há os que só falam (a confusão do externo descrente): retina caótica; há os
que só ouvem (e temem pelos possíveis efeitos que a revelação dos sentimentos possam
lhes causar): estranha beleza; e existam aqueles que através da linguagem da alma se
comunicam com quem compreende o metasilêncio.
*Kallicháos não é utopia, mas um ponto de vista. |