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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Drica - dricamontenegro@yahoo.com.br

 

Cada vez mais sei menos de mim. Sei que gosto demais de Oswaldo Montenegro, Beatles e do Chico - maravilhoso Chico! - Buarque, de poesia e de dormir. Sei que falo pouco, que não gosto de me olhar no espelho e que, às vezes, é ruim ter memória. Sei também que a grande paixão da minha vida é o matéria Livre, e a melhor coisa do mundo é comungar com eles, nesse nosso templo de música, amor e amizade, e ter tudo o mais por acréscimo.

Acho que consegui amadurecer, apesar dos parcos 27 anos. nenhuma ruga ou cabelo branco ainda, e eu considero isso incrível. Personalidade duramente (vivamente!) assumida. As muitas cicatrizes que possuo são processos naturais da grande quantidade de histórias.

Não sou literata, nem poetisa, isso eu digo sinceramente, embora viva com essa pobre-e-nada-modesta pretensão de ver o meu livro publicado. É que escrevo por necessidade, mesmo. Necessidade de falar dos espantos, dos sonhos, dos medos, dos ganhos, das perdas, de tudo, enfim. Mas, afirmo que a longa (talvez dolorosa) viagem ao fundo do poço iniciei há tempos e consegui retornar.

Hoje eu consigo ver que a vida não é inflexível, e é por isso que vivo assim, entre alucinação e a lucidez, a dor e a euforia, o ciúme e a liberdade, o tesão e o pudicismo, nessas eternas oscilações de humor. Mas eu continuo, incansável, a corrida incessante ao encontro do grande vôo: a conquista do meu espaço.

Acredito piamente que tudo começa com o sonho de alguém. E quem diz outra coisa é besta.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

o >>>>>> A Epifania do "Cháos"

Uma coisa fantástica, me desculpe, mas é isso mesmo. As suas baixas estão mais do que atualizadas, nem sei o que é que eu vou comer, pra mim nada mudou, é só uma desculpa fodida contra a sua solidão, "tá aquela coisa assim, meio cor-de-rosa, mas eu acho que não é nada. É uma mulher, fala alguma coisa, por favor, esse silêncio me incomoda, força sempre, cara, nem sei como se diz esse nome, eu não quero machucar ninguém, mas não estou nem aí pra eles dois, ok?

Desse jeito dói, você é de todo mundo e não é de ninguém, e eu queria era estar na minha cama, esse tipo de gente é muito insistente, porque é claro que é sempre tempo bom pra você, que está aqui, e eu acho que eu perdi o meu juízo por aí, deve ter sido no mesmo lugar onde deixei a minha razão, mas qualquer dia eu vou, antes mesmo do final do ano, pra não perder de vez a minha Fortaleza.

Espera um pouco, eu "tô muito confuso, é difícil fingir que está tudo bem, pode me odiar com toda força, eu mereço, esse livro é muito chato, vocês não sabiam que estava faltando?, eu sempre quis fazer isso, e se você disser que é porque eu sou, eu juro que vou vomitar. Agora eu vou de verdade, "outra vezz me desculpando: é a vida, é a vida... simplesmente, e nada mais."

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Tristeza sem Cor

Eu não era assim tão pálida
Quieta,vazia e triste
Foi esse teu jeito de pássaro
E teus pedaços de morte
E silêncio
Que me deram esse ar perplexo de assombro eterno.
Pisaram em mim,eu senti.
Foi isso.
Meus olhos escuros e inquietos
Viram a tua beleza triste
E foi aí que o sol se pôs
E a noite abriu a boca enorme e escura
E um desespero pousou sobre tudo...
 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Carnal

Como um vampiro sedento
Te caço incansavelmente
Pelos cantos da cidade.
Como uma Fênix doentia e pálida
Morro mil vezes
E renasço outras mil
Para mais um turbilhão de sensações.

Pela minha salvação
Eu devo te devorar
E tal qual um animal carnívoro
E carnal
É minha vez de te violentar.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Santa e Profana

Busco um amor sem culpas nem censura,
Puro, alheio ao pecado, sem castigo,
Onde a fúria sensual seja ternura
E a febre não apresente dor, perigo.

Busco a verdade, a grande ventura
De um amor irmão gêmeo, estreito, amigo,
Onde o afago ao profundo se mistura,
Derradeiro lampejo, último abrigo.

Com o corpo nas nuvens e na cama,
Sinto a força da paz na carne humana,
Sinto o fogo que cresce, explode e inflama.

Vivo o toque mais leve, a mente insana
Para ter, com pudor e o corpo em chamas,
A paixão mais santa e mais profana.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Retalhos

A tua história
É uma pedra onde estão gravadas as minhas dores
E eu conheço de cor
O nosso livro de prantos.
Mas, foi contigo que aprendi
A conduzir minhas ternuras
E, na cor daquele sonho que um dia me embriagou,
Escrevi com a tua mão
A música que hoje cantamos.

Hoje eu bebo da tua imagem
As cores da minha canção
A é através da tua voz
Que revivo outra vez.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Compatibilidade

Eu te infernizo com minha insistência
E te persigo com minhas perguntas,
Eu te sufoco com meus arroubos
E te esmago nos meus abraços.

Tu me inquietas com teu silêncio
E me enlouquesse com tua distância,
Tu me mistura com tuas sandices
E me confundes com teus vendavais.

Eu vou trancafiar os teus segredos
E dar risada das tuas loucuras.

Tu vais me ensinar a ter poderes
E a dar vôos rasantes sobre os abismos.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Tristeza Sem Cor

Eu não era assim, tão pálida,
quieta e vazia,
tão triste.
Foi esse teu jeito de pássaro
e teus pedaços de morte
e silêncio
que me deram esse ar perplexo
de assombro eterno.
Pisaram em mim, eu senti.
Foi isso.

Meus olhos escuros e inquietos
viram a tua beleza triste
e foi aí que o sol se pôs
e a noite abriu a boca enorme
e escura
e um desespero pousou sobre tudo.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-