-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Set

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Alguém

Não sei o seu nome,
Não sei sei os seus sonhos,
Mas sei que te amo, desde o primeiro olhar;
Quando penso em você,
Tenho o mundo em minhas mãos,
Vejo a lua sorrir,
As estrelas pescarem...
Quero habitar o meu universo
Conhecer o seu corpo,
Saborear o gosto da tua boca,
Sentir os seus carinhos...
A possibilidade do seu desaparecimento,
Sufoca meu peito,
Mas esse amor a mim pertence,
E quando esse momento chegar,
Continuarei caminhando,
Ao longo da solidão,
À procura de outro alguém,
Que aceite meu coração.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Laís e Téo

Ao néctar de uma flor selvagem nasce um amor silvestre.

Laís era uma bela e forte beija-flor e Téo um grande e amável colibri.

Viviam a vida à toa, entregues a uma rotina voadora; de flor em flor, de vôo em vôo; sem amor sem amor;

Até que em um ensolarado dia, pelos laços do destino, pelas garras da paixão, conheceram-se.

Foi assim:

Estavam ambos no bosque, a fazer o seu trabalho diário e encantador (Ruschi que o diga), quando repentinamente, chegaram juntos a uma mesma flor; foi amor à primeira vista e disputada flor.

Seus corações pulsaram a mil, fitaram-se desconfiadamente (paixão juvenil), quando enfim resolveram ciciar.

Depois desse encontro, viveram de sol em sol, de briga em briga, de lua a lua, de flor em flor; a inspirar poetas, apaixonar cientistas e fazer loucos bobos descobrirem seus amores.

Era um lindo sonho regado a néctar, embalado pelo som das flores, pela cor da selva.

Mãe natureza sorria a agradecer a polinização.

Exemplo de paixão. Grandes emoções vividas sempre ao som de uma única canção: amor.

Amor vivido ao vento, semeando ao tempo transado na flor.

Puramente amor, que inveja a nós mortais e fim.

(Laís e Téo é parte integrante do livro Janeiros Sentimentais Poéticos de autoria do poeta e professor Luciano Gutembergue Bonfim Chaves e foi escrita em 17/01/93)

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Estrada

Tu não existias...
Porque ninguém te conhecias;
Eras um caminho apenas,
Um atalho como tantos outros,
Por isso ninguém te preferia
Apenas o fugileno
Te buscava,
Para andar sem ser visto.

Outros vieram,
Te alargaram
E hoje todos te buscam
Porque deixaste de ser caminho
És estrada...

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Confissão

Quando te vejo é quando estou mais cego
Pela paixão, que nos meus lábios calo:
Quero dizer-te que te adoro e nego
O meu amor, talvez porque não falo.

E, dia a dia, mais e mais me apego
Ao doce que no meu peito embala...
Não calo mais o amor pois não sossega
Meu coração de tanto amordaçá-lo.

Eu nada tenho e sei que tenho tudo
Pois, sem te ver, te vejo a todo instante.
Sem te falar, te falo sempre mudo.

E, se te espero, apenas eu te digo
Que tu estás de mim muito distante
E, ao mesmo tempo, estás aqui comigo!

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Confrontos

Vives sonhando sonhos não vividos,
Vives vivendo a vida não sonhada:
Vida de sonhos mortos, já perdidos,
Sonhos de vida ausente, terminada.

Sofres, na vida, sonhos já sofridos,
Sofres, no sonho, a vida torturada:
Como vives teus sonhos doloridos
Se o sonho de uma vida não é nada?

A vida de teus sonhos não é vida:
É sonho que sonhaste, sonho apenas,
Que vives e, vivendo, te condenas.

Procura a tua vida não vivida,
As horas e os minutos procurados,
Nos braços de outros sonhos não sonhados!

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ O Poeta e a Noite

Na escura solidão
De uma noite de lua
O poeta caminha sem rota traçada.
Reza uma oração sem palavras,
Pensa na mulher que não existe,
Busca uma flor em seu caminho,
Mas busca em vão,
Só existe asfalto.
E como nada encontra
Escreve um poema em branco
Para simbolizar sua noite.

E o poeta caminha.
E quando caminha
Tortura sob seus pés
Fantasmas gerados e paridos
Pelo ventre da noite.

A noite chora.
E o poeta canta,
E quando canta
Seu canto é de dor.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-