-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Walhalla

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Cresça e Desapareça

Eu sou um bicho de sete cabeças...

Neto, Neto.... Logo tu... um adolescente como tantos: uma família normal – uma mãe neurótica, um pai ausente e dominador... tu: um filho sem limites.

Tudo tão normal que ninguém fala com ninguém na tua família “ele parou de falar, o pai de escutar.. aí deu nisso” ... esse mutismo mútuo te tornou um bicho-de-sete-cabeças...

Tu te lembras, Neto? Uma viagem para a praia... noites nas festas, nas pixações... drogas, sexo e rock ´n roll... e nem estamos nos anos sessenta! Ou será que estaremos na Idade Média??

Teria sido o cigarro de maconha o estopim da guerra? Ou a revolta por tu não ter te tornado aquele filho idealizado? “EU não quero que o MEU filho seja chamado de maconheiro”.... E tu, Neto? Onde tu ficas nisto tudo? Tu nem te importa com que os outros dizem... tu queres é viver a tua vida... realmente, tu és um louco, e merece o Hospício. Como tu podes querer não dar satisfações à sociedade? Como tu podes não querer te tornar aquilo que a sociedade quer que tu te tornes?

Aí... a lei te puniu... na figura do teu pai... e foi lá, naquele Hospital, que tu ouviste o Canto dos Malditos. A todo momento, tu ouviste o canto dos malditos que ludibriavam a todos. Do maldito psiquiatra se propõe a “curar” drogaditos... sendo ele próprio um ávido consumidor de alucinógenos que o faz enxergar um paraíso naquele inferno dantesco que ele criou... e as drogas que te davam lá, Neto? Mais pesadas que teu cigarro de maconha... nem cocaína te levaria àquela “lombra”, não é mesmo? E os choques reais e os por perceber a realidade... nem crise de abstinência te faria ficar daquele jeito...

Neto... tu desejavas morrer... foste traído por teu pai, desprezado pela mulher amada, ofendido em tua masculinidade, abandonado pelos amigos... até para a cadeia tu foste sozinho... mas os “loucos” não te abandonaram... e não te permitiram morrer... Não te permitiram porque tu eras amado por eles. Amado sim, porque lá não precisavas fingir. Eles te ouviam e te compreendiam como ninguém mais.

Tu precisou passar por isso tudo.. para provar ao mundo “normal” o quanto ele é hipócrita, ridículo, mentiroso, sujo... louco.

Obrigada Austregésilo Carrano Bueno
por estar aqui
e compartilhar tua vida conosco.
Obrigada por ser tão normalmente louco
e tão loucamente
normal.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Sem Título 1
-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Walhalla

Universo do verso único
Unicidade do verso
Que versa no universo
Unicidade única
Que o caos deslumbra
No canto cantado
do único verso
Universo

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Sem Título 2
-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Walhalla

Atores do Grande Teatro,
Ouvi-me!
É chegada a hora
das cortinas se abrirem.
Cubram seus rostos!
As máscaras devem ser fixadas,
pois o ato está para começar.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Sem Título 3
-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Walhalla

A vida é um caos
que não tem lógica
e
nem precisa ter.
Nós é que criamos sentidos
para cada segundo
e estes
revoltosos
se voltam contra nós
esmagando-nos.

 

-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡    KalliCháos   ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-