-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Wilton - wilton_matos@yahoo.com.br
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Afinado com os loucos. Editor
e colaborador do WebZine KalliCháos e webmaster desta home. Toca violão, canta e arranha
um pouco na flauta. Sujar quadros e blusas com tintas é uma diversão. Ateu com fé em
viver 400 anos. Já morou na rua da Harmonia em Mossoró, depois foi para o Vale das
Borboletas e agora está na Bela Vista em Fortaleza. Estuda música e criou o Zine
KalliCháos.
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>>>>>> Poesia Jazz o >>>>>> Kelly e Wilton Eu vi |
-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ KalliCháos ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-
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o >>>>>> Sexo Masculino Feminino MasFeminino É o mínimo É o máximo Entre os sexos Está o conexo Convexo Complexo Entender Ver Sorrir Abraçar Fractal de nós Cacos dos nossos preconceitos Despeito |
-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ KalliCháos ¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡(-(-(-
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Brasil com Z - Brazil Já não há tantos que morram de amores pelos norte-americanos e nesses últimos seis meses esse amor vem transformando-se em ódio. É inquestionável o poder econômico dos EUA o que transforma-se numa grande interrogação é também a dependência lingüística, musical entre outras. Depois do atentado àquele país no 11 de setembro do ano que se foi, alguns fatos intrigam. É complicado entender como um país que se diz contra o terrorismo bombardeia durante todo esse tempo um país arruinado. Apoiando o presidente norte-americano está uma estatística devastadora de mais de 80% da população do EUA, que na verdade apoia senão o terrorismo ao indefeso Afeganistão. E mais ainda, as universidades mais importantes, cativeiro de mentes "brilhantes" daquele país, que no combate do Vietnã proclamavam a paz e amor em manifestos, converteram-se e assinaram a ordem ao terrorismo oficial. Esse apoio diz mais sobre o futuro, negro e bélico que já é presente que minha vã filosofia desconfia. O Afeganistão nem mesmo prédios tinha para por abaixo. Só restos de esfomeados miseráveis, que vão sendo massacrados às vistas do mundo, suprindo a audiência das emissoras e dos jornais reais ou virtuais, alimentando essa fome sanguinária das sociedades. Isso é só um início para justificar o fato que quero relatar. É insuportável já assistir ao desfile de bandeiras norte-americanas na moda do Brazil. Como isso aconteceu eu não tenho idéia, mas ploriferou uma praga de roupas decoradas com o símbolo dos EUA ou quando por engano a do Reino Unido. Até me aventurei perguntar umas dessas moça que bandeira era aquela. E ela, sem entrave nas idéias respondeu ser dos EUA. Pena que a bandeira era do Reino Unido. Isso é o modismo?? Sei não. Também me assustei quando vi outra garota com a blusa escrito: "I Love is War". Fiquei deveras assustado e revoltado com essa publicidade burra. Na música é outro caso sério. Tivemos uma grande militante pela música brasileira que foi Elis Regina que participou do movimento que fundou o Sindicato dos músicos no Brasil. Um dos pontos cruciais era a proteção ao produto nacional nas rádios, que naquela época, já sofriam processo de americanização. E hoje podemos dizer que já está concluído. É só passear na sintonia das rádios para ver o que Elis previa. De cinco rádios pelo menos 4 tocam música "internacional". Pode tentar a qualquer hora do dia. Click em power para ligar o seu microsystem, turing sua tuner e sinta o drama. Nos filmes, em grande parte refugo cinematográfico, seja qualquer um, até mesmo pôrnos, tem de ter a bandeira americana. Não sei se é norma do cinema daquele país mas é o que acontece. Talvez essa mensagem subliminar tenha gerado essa moda descabida. Sempre faço compras no centro de Fortaleza, a vista chega a arder de tamanha poluição lingüística entre nomes de lojas e marcas de produtos. É um uso tão exagerado que chega a ser ridículo como o nome de "centro comercial" chamado North Shopping que, pasmem, fica região oeste. Tem ainda o lado prepotente desse país. Marisa Monte, importante intérprete da música brasileira, participava de um festival por lá e arriscou uma música no idioma deles, chama-se "Give me Love". A crítica simplesmente atacou em cheio o sotaque do inglês da cantora. E há quem aplauda eles cantando nossas músicas com misto de nasalização e indegustação auditiva. Simplesmente horrível! Outro fato aconteceu durante Festival Jazz e Blues de Guaramiranga no carnaval e na semana subsequente. Participavam na quase totalidade músicos nacionais que executavam composições mundiais e vez ou outra uma própria. Eu quase me acabei de rir quando era anunciado o título da música instrumental, só nomes ingleses. Foi a gota d'água para um pequeno desespero. Quero chegar em algum lugar com esse texto. Quero chegar nas nossas raízes, discutir a nacionalização da cultura. Temos que dar muito valor a gente da gente. Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Tom Jobim, Mutantes, Cazuza, Paulo Leminsk, Lenine... podemos citar sempre grandes nomes em qualquer área do conhecimento e da arte. Queria me sentir menos angustiado com esse monstro nos engolindo tão silenciosamente mas tão descaradamente. Salve a nossa cultura!! Salve o povo brasileiro!! Salve-se quem puder! |
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Ardor Meus olhos ardem como o sol Inocentemente espero Valentemente eu vou alterar Usar a seca pra escravizar Essa corrente nós vamos quebrar Pelas coisas lá de cima E ai de quem duvidar |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Sentimento
Descenção Onde estou? Ainda vou me perguntar isso por muito tempo Há pouco tempo poderia dizer Ao menos onde não estou. Catei na memória mas só me angustiou Estou perdido aqui fora E aqui dentro de mim O agora não é de pouco tempo Sinto estar aqui de remotas horas Assim sinto Só sinto Estou caindo Seu vou parar... nem sei. Caio passando por meus pensamentos Desprendendo-se de mim nessa cena surrequixotesca Sentimentos, desejos, segredo... Os meus segredos... Algumas imagens são de todo o meu desconhecimento Será que é de alguém de mim que pensou sem mim? Algumas cenas são indescritíveis Sensações. Não se vê de fato, apenas se sente Por meios complexos de percepção Algo além de nossos cinco sentidos É possível interagir com essa massa... (não consigo definir) De um forma indireta. Ainda não consigo parar de cair Vejo o que não quero Não vejo o que quero E isso não de todo uma verdade Escuto sons, sem ritmos, sem freqüência. Tornam-se insuportáveis. Assim como não paro de cair O som incomodará cada vez mais De repente escureceu Meus olhos fechados Tudo parado Todos esses quilômetros de carros Parece o fim da queda. E É? |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Limites
Ilimitados Ando pela rua margeando um meio-fio É o limite entre veículos e pedestres É preciso ser respeitado! Nosso corpo estilhaça os limites Com os seres olímpicos O desrespeito é total! Limite é uma linha (Uma linha de um círculo?!) Imaginária as vezes Caminho sobre essa linha As vezes ponho o pé fora As vezes ponho o pé dentro Vou me equilibrando nessa corda bamba Terá final essa linha? E se eu chegasse lá? O limite não existiria!! As possibilidades seriam a minha imaginação A linha que antes estava em meus pés Veio parar em minha cabeça Tenho agora um outro problema Resolver os limites da minha imaginação. |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Liberdade Estou vivo porque tenho esperança De realizar o sonho impossível. Ser uma pequena borboleta Arquear as asas para um instante depois Partir noutra dimensão Fazer as raízes fracas e minhas asas fortes E assim me mostrarem horizontes libertos de ceguidão. Pensar e assim ser e assim fazer. Escapar dos limites inexistentes Medo do nada, vergonha do natural. Escapar dos limites existentes Corpo inconveniente, vida pequena. O meu sonho é só um sonho E só nele posso ser realmente o que quero ser. |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Cegueira Se tu fores um texto braille Furo os meus olhos Perco tudo de vista E me faço assim cego Que é pra ler tuas curvas Rastejar tua pele Perseguindo os tons dos teus sons Tantos tons! Investi demais Em poucos segundos Você é risco É risco que corro Perseguindo eternidades. |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ Mundo Eu faço mundo, construo universos. Obras da minha arte Perfeitos com as imperfeições Universo Visível e o invisível O feio e o bonito O bem e o mal O preto e o branco Universo Meu mundo é meu espelho O reflexo, o visível e o invisível Do meu mundo de idéias Sou muito maior Que os limites dos pensamentos A arte tem vida Recria-se Criou o presente que engole o futuro Defecando sem digestão, o passado Sou pai de um filho desnaturado Sem ordem e toda a beleza do caos. |
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A Sujeira Por Baixo do Tapete De repente me interessou |
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-)-)-)¡¤¨¤¡¡¤¨¤¡ O Ataque
das Muriçocas Selvagens Apareceram de repente, de um dia para outro, num piscar de olhos, no tempo que dura meio pensamento... Quando abri a porta, não pude acreditar! Acabava de chegar do trabalho e vi aquela marmota dentro de casa. Zilhões de pestinhas sanguessuga, as muriçocas selvagens. Quando estava me aprontando para dormir pensava que esta noite não iria ser fácil e não foi. É insuportável esse zinido de violino desafinado ...iiiiêêêêêiiiiiêêêêêê.... Liguei o ventilador ao máximo e me cobri da cabeça aos pés. Eu sorria maquiavelicamente quando alguma desavisada era sugada pelo ventilador, minha melhor estratégia de defesa até então... hehehe... tadinha!! ...huahuahua... Apaguei a luz e tentei dormir. O som de violino se multiplicava, estavam dando um concerto no meu juízo... iiiiêêêêêiiiiiêêêêêê.... As vezes, dormindo, me descuidava e alguma parte do meu corpo se descobria. Como um raio ou urubu na carniça um esquadrão atacava a região desfalcada. Acho que nem no HEMOCE me tiraram tanto sangue! Abri a luz, elas dispersaram. O ataque foi tão voraz que deu pra perceber que elas estavam mais gordinhas. Eram tantas que pareciam decoração macabra enfileiradas na parede do meu quarto. Sorriam a vitória de uma batalha. Era o que me faltava, depois de um cansativo dia de trabalho num dos sistemas mais sofisticados do mundo de controle de energia elétrica, em pleno século XXI, em épocas de globalização, o dólar estourando no câmbio... e eu aqui matando muriçoca!! Elas deviam pelo menos se modernizar, em vez de eu ter que matar uma por uma eu podia selecionar tudo e deletar. Logo no outro dia fui ao supermercado comprar um \"remédio\" para as muriçocas. Nem sei porque o povo fala assim, elas não têm nada de doentes! Entre duas prateleiras de opção escolhi o mais poderoso, devia ser pois o preço era quase um assalto. Quando cheguei em casa com o \"remedinho\" o meu sorriso transfigurava toda uma vontade de vingança. Abria a embalagem do produto já pensando no sono tranqüilo que iria ter e tive. A noite, que beleza! Até sonhei coisa boa. Quando acordei e fui desligar o aparelho que baita susto levei. As zilhões de pestinhas sanguinárias estavam se lombrando com o que devia expulsá-las direto para o inferno. Fiquei p.... da vida com o fabricante. Pensei em processá-la mas ainda não tive tempo por passar o dia todo tentando causar uma extinção na base do tapa, modo mais eficaz. Arcaico mas eficaz. E acabo de descobrir uma desvantagem de morar sozinho. É não ter ninguém para dividir as picadas das muriçocas selvagens.... huahuahua... peguei mais uma ... Crápula!! Ser totalmente desprezível!! Verme rastejante!! 12/11/01 |
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Tortura do Esquecimento 05/11/01 |
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