Só eu sei o quanto é
satisfatório não
precisar sentir
saudades de algo que
despertaria
inevitável nostalgia
em alguém que como
eu, tivesse tido
contado durante toda
a infância com o
esplendor da
natureza. Só o fato
de poder sentir o
cheiro agradável de
mato impregnar-se
nas narinas, sentir
o rosto ser
bombardeado pelas
gotículas de chuva,
esquecido pelo vento
nas volumosas folhas
que, se usarmos a
imaginação, podemos
até vê-las sorrir em
agradecimento às
nuvens, pelo anho
refrescante, após a
tortura escaldante
do impiedoso sol.
Como é bom ter como
refúgio um lugar em
que só a paz impera.
Paz, proporcionada
pelo som dos
pássaros,
primogênitos da mãe
natureza, seres que
sem tomar
conhecimento de sua
própria magnitude,
cantam e encantam a
qualquer um que
tenha o privilégio
da plena sabedoria,
que é evidenciada
pelo poder de
escutá-los.
Mesmo em meio ao
devastador progresso
que, com a ajuda do
implacável “cimento
armado” degrada as
belezas naturais em
prol do crescimento,
a natureza encontra
caminhos e mantém-se
forte e encontra
caminhos e mantém-se
forte e resistente
contra tamanhos
desafios. Sua luta
pela sobrevivência
precisa se tornar a
nossa luta, a fim de
que também não
padeçamos por falta
dos benefícios por
ela proporcionados.
Me considero um ser
humano feliz, pois
me satisfaço ao
valorizar os
esplendores da
natureza, por muitos
considerados comuns
demais para serem
valorizados.
Abel
Josinei de Arruda
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