Fotos da Enchente |
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Rodízio
na ponte da Lapa e trem para transporte de passageiros Diomarcelo Pessanha Sem a ponte General Dutra, autoridades vêm buscando
soluções para amenizar os problemas de trânsito e de pedestres que precisam
cruzar o rio Paraíba. E ontem, o prefeito Alexandre Mocaiber, que sobrevoou
as áreas atingidas do município pela cheia do rio, anunciou que, na próxima
semana, quem precisar atravessar o Paraíba terá a disposição um trem, com
três vagões, que transportará passageiros das 5h30 às 8h30 e entre 16h e 19h.
Com relação às pontes, a Saturnino de Brito, da Lapa, continua sendo a única
alternativa para veículos, porém, a partir de sexta-feira, também com
novidade. O tráfego continua apenas para automóveis leves, mas será em
sistema de rodízio. Nos dias pares, passam os carros de placa final par, já
nos dias ímpares, os de número final ímpar. Exceção nos sábados à tarde e nos
domingos, quando o esquema não será utilizado. Ontem também, técnicos do
Exército vistoriaram a General Dutra, para ver a possibilidade de construir
uma ponte metálica, o que avaliaram como difícil, por causa da extensão da
ponte. Já Mocaiber anunciou a construção de duas pontes, uma ligando as ruas
Estilac Leal e Espírito Santo, e outra, para tirar a BR 101 do centro da
cidade, no distrito de Santa Cruz. Campistas
atravessarão Paraíba do Sul de trem Nem por terra, nem por água. A partir da próxima semana,
a população de Campos que reside ou precise se deslocar até a margem esquerda
do rio Paraíba do Sul irá de trem. Na tarde de hoje chegam ao município três
vagões e uma locomotiva cedidos pela Ferrovia Centro-Atlântica, que farão o
transporte de passageiros pela manhã e à noite pela ponte de ferro. A medida
é uma das ações paliativas anunciadas pelo prefeito Alexandre Mocaiber para
minimizar os efeitos das interdições das pontes que ligam o centro da cidade
a Guarus. A recuperação da ponte General Dutra — trecho urbano da BR 101 na
ligação com o Espírito Santo e que cedeu cerca de três metros sábado — irá
demorar de três a seis meses. Mocaiber anunciou, também, medidas para
preservar a ponte Saturnino de Brito, na Lapa, que está com o trânsito
controlado pela Emut. O fluxo de veículos passará a funcionar em sistema de
rodízio, a partir de sexta-feira. Engenheiros também estudam a possibilidade de liberar a
ponte de ferro para caminhões. Para isso, seria preciso colocar asfalto nas
cabeceiras e um “pranchão” de madeira, por onde passariam as carretas.
Mocaiber ainda anunciou a construção de duas novas pontes sobre o rio Paraíba
do Sul. Uma ligando a rua Estilac Leal, no Fundão, à Espírito Santo, no Caju,
o que aliviaria o trânsito da General Dutra. Segundo o prefeito, o projeto já
está pronto e será colocado em prática assim que o nível do Paraíba descer. A
outra ponte é a que retirará o trânsito da BR 101 do centro da cidade. A
ponte começará no distrito de Santa Cruz, terminando próximo a Furnas, na
margem esquerda do rio. O prefeito esteve reunido ontem com secretários, Polícia
Militar e com o promotor Marcelo Lessa, para explicar as medidas que estão
sendo tomadas pela Prefeitura. Em seguida, Mocaiber conversou com diretores
da Centro-Atlântica, quando ficou resolvido o transporte de passageiros
através de trem, entre 5h30 e 8h30 e das 16h às 19h. Por este meio, será
possível transportar 1.350 pessoas. No rodízio adotado pela Emut, em datas ímpares, fica
permitida somente a passagem de veículos leves com placas de final ímpar. Os
carros com placas de final par ficam autorizados a passar pela ponte em datas
pares. Veículos oficiais e de empresas privadas para serviços essenciais,
como ambulâncias, carros de reportagem e de empresas de eletricidade,
telefonia e de água e esgoto, ficam dispensados do rodízio. Gradual — A ponte Barcelos Martins foi liberada ontem
para pedestres, bicicletas e motos, além de ambulâncias e viaturas dos
bombeiros e polícia. Bairro
da Pecuária já sem água nas ruas A diminuição de quase três metros no nível do Paraíba
possibilitou a volta para casa de centenas de moradores das regiões
ribeirinhas. As ruas do bairro Pecuária, que já não eram mais vistas devido
ao volume de água, voltaram ao normal durante a madrugada de ontem, fazendo
com que o dia fosse de muito trabalho para os que perdeu a maioria dos móveis. Além da destruição dentro das residências, quatro casas
da rua Senador Salgado Filho tiveram seus muros derrubados por uma onda,
formada por dois caminhões que cruzaram a pista alagada no sábado. — Só agora, sem a água, pudemos ver melhor a destruição
da rua. Vamos entrar com uma ação indenizatória contra a transportadora —
disse o atendente comercial, Vicente Reis, 55. Moradora da Ilha do Cunha, a dona-de-casa, Eliane
Rodrigues Sardinha, 50, viu a casa ser invadida pela água no sábado e se
mudou para a casa da mãe, no segundo andar. Horas depois, a água também já
chegava no local. Campos
ainda sofre com as água Diomarcelo Pessanha TRISTE - No bairro Chatuba do Lebret a situação ontem
ainda era crítica, com muita água nas ruas O prefeito de Campos, Alexandre Mocaiber, sobrevoou de
helicóptero, na manhã de ontem, as áreas mais atingidas pelo transbordamento
do rio Paraíba do Sul. Apesar da diminuição do nível do rio, cuja última
medição registrou 9,42 metros, as conseqüências das chuvas no município e na
região Sudeste continuam causando problemas aos moradores. Agora, os
principais danos são sentidos nos bairros Chatuba do Lebret e Parque São
Mateus. Enquanto isso, o dia de ontem foi de retorno para casa e limpeza para
parte dos moradores da Pecuária, Ilha do Cunha, Coroa e Matadouro. Cinco mil
pessoas continuam desalojadas. Segundo Mocaiber, a atual prioridade da cidade é a
utilização dos recursos destinados aos desalojados e desabrigados. “Todos os
colégios e pontos que estão servindo de abrigo recebem cestas básicas,
colchonetes, cobertores, leite e roupas, doadas pela população. A situação
ainda é deplorável, mas o nível do rio começou a baixar, o que vai ajudar nas
próximas medidas e serem tomadas”, disse Mocaiber, após o pouso do
helicóptero na sede da secretaria de Esportes. Ainda de acordo com ele, a distribuição das cestas
básicas está sendo controlada de acordo com o quantitativo de famílias
abrigadas. “Estamos em estado de emergência e a ordem é que não falte nada.
De qualquer maneira, o valor total desses investimentos é contabilizado”,
finalizou. Segundo o subsecretário de Promoção Social, Paulo
Cassiano, o número de desalojados ainda é grande na escola municipal José do
Patrocínio e em Lagoa de Cima. “Além disso, em Santa Cruz, no Ciep do Parque Esplanada
e nos Colégios Félix Miranda e Francisco Salles, o número de desalojados
ainda é grande”, afirmou. O atendimento médico às famílias cujas casas foram
alagadas está sendo intensificado. O secretário de Saúde, Rodrigo Quitete,
fez ronda nos postos de saúde da rede. O objetivo foi verificar a falta de
medicamentos e vacinas que tiveram aumento na demanda e fazer reabastecimento. A nova enchente, que começa a acometer casas dos bairros
Chatuba do Lebret e Cidade Luz, foi provocada pelo transbordo do Brejo do
Matadouro, que cerca toda área final de Guarus. Segundo os moradores, a água
começou a avançar no início da noite de domingo, após o rompimento de uma
barragem na BR 356. O subsecretário de Meio Ambiente e Defesa Civil, Henrique Oliveira, disse que irá sincronizar o nível do rio com os bairros mais atingidos para que as comportas dos canais sejam abertas. Assessoria do CCZ informou que moradores do Cidade Luz devem ligar para o 0800-2828822. Fonte Geral: http:// fmanha.com.br/ |
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