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São Jorge é o santo católico, outrora soldado do Império Romano, que foi martirizado por fazer parte do grupo seguidor do cristianismo na época áurea dos Césares de Roma.
São Jorge é muito reverenciado dentro das Tendas de Umbanda, e as festas em sua homenagem são sempre alegres e anunciadas ao som de fogos de artifício.
A lança e a espada são instrumentos de batalha de Ogum e por isto, esse Orixá foi sincretizado com São Jorge, cujas armas fazem referência à Divindade da Lei.
Olhar para a figura do cavaleiro assentado em seu corcel branco, empunhando uma lança pontiaguda e espetando-a num temível dragão, trás à lembrança, a força guerreira de Ogum.
O nome Ogum, originário do Yorubá, é traduzido para o português como luta, batalha, guerra, e por isto é considerado pelos irmãos africanos como o "deus da guerra", o Orixá das contendas. Considerado deus do ferro, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal, Ogum é muito invocado para a abertura de caminhos e vitórias sobre o mal.
Ogum - O Orixá Guerreiro
Um dos Orixás mais amados pelos umbandistas, Ogum é o representante eólico da qualidade ordenadora do Divino Criador. É o Orixá que protege e defende os enfraquecidos aplicando a Lei Divina. É, em si mesmo, a Lei pura e imparcial, verdadeira e objetiva. Por ser um Orixá associado às vitórias sobre as demandas e opressões, passou a ser invocado em todos os Centros de Umbanda, bem como nos barracões de Candomblé, para defender as Casas e seus filhos contra as investidas humanas e espirituais das forças contrárias.
"Ogum é sinônimo de Lei Maior, Ordenação Divina e retidão, porque é unigênito e gerado na qualidade ordenadora do Divino Criador. Seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão, a emoção e a ordenação dos processos e dos procedimentos. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.
Ogum não pode ser dissociado da Lei Maior, pois ele é a divindade que a aplica em tudo e a todos. Ele é a Ordenação Divina em si mesmo: ele ordena a fé, o amor, o conhecimento, a justiça, a evolução e a geração. Por isso, está em todas as outras qualidades Divinas." (1)
Por ser um Orixá ligado às coisas das guerras e da aplicação da lei, está associado a São Jorge.
"O Trono da Lei é eólico e, ao irradiar-se cria a linha pura do ar elemental, já com dois polos magnéticos ocupados por orixás diferenciados em todos os aspectos. O polo magnético positivo é coupado por Ogum e o polo nagativo é ocupado por Iansã." (2)
"... Estes dois orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles projetam-se e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda." (2)
"... Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre  vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado." (2)
Divindade masculina iorubana, o filho mais enérgico de Odùduà, tornou-se regente da cidade de Ifé quando seu pai ficou temporariamente cego.
É o deus do ferro, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal. Os lugares consagrados a Ogum ficam ao ar livre, na entrada das casas e terreiros. Geralmente são pedras em forma de bigorna junto às árvores.
O culto a Ogum é bastante difundido tanto no Brasil quanto na Nigéria. Sem sua permissão e proteção, nenhuma atividade útil, tanto no espaço urbano como no campo, poderia ser aproveitada.
Deve ser invocado logo após Exu ser despachado, abrindo caminho para os outros orixás. Como na África, ele é representado por sete objetos de ferro pendurados em uma haste de metal. A importância de Ogum vem do fato de ser ele um dos mais antigos dos deuses Iorubás e, também, em virtude de sua ligação com os metais e aqueles que os utilizam.
"Conta uma lenda que ao chegar a uma aldeia Ogum ficou furioso. Ele falava com as pessoas, mas ninguém o respondia. Isto aconteceu sucessivas vezes, e sempre que se dirigia a um morador da aldeia só tinha silêncio. Ele achou que as pessoas da aldeia estavam zombando dele e num ato de fúria usou seu poder e matou a todos que ele pensava estarem humilhando-o.
Um dia, ao passar por outra aldeia ele contou a um ancião o ocorrido e este lhe disse que na aldeia por onde Ogum passara as pessoas, naquela época do ano, faziam um voto de silêncio por alguns dias.
Ao saber disso ele ficou enfurecido consigo e envergonhado, jurou proteger os mais fracos e todos aqueles que estivessem sofrendo injustiças, discriminações e qualquer tipo de perseguição injusta." (3)
Ogum, segundo a Crença Africana
Lendas Africanas
Oferendas
As oferendas para Ogum devem ser entregues em campos, caminhos e encruzilhadas, enfeitadas com fitas vermelhas, azuis ou brancas. Na Umbanda, as oferendas para Ogum consistem basicamente de velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso, acompanhadas de flores diversas e cravos.
Nas cidades litorâneas, costuma-se fazer oferendas para Ogum à beira-mar.
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As Sete Linhas de Umbanda Sagrada
(1) - Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada, Rubens Saraceni - Editora Madras, 2005;
(2) - O Código de Umbanda, Rubens Saraceni - Editora Cristális, 2000;
(3) - Site "Mundo dos Orixás".
"Outra lenda conta sobre um dos conbates contra sua ex-esposa Oyá no qual entre dois golpes desferidos por ambos ao mesmo tempo, Ogum se transformou em sete (Mejê) e Oyá em nove (Mesan)." (3)
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