Oxalá é o Trono de Deus irradiador da Fé e da Religiosidade nos seres. Na Umbanda, desde que foi revelada no Plano Terreno, Oxalá é considerado o maior de todos os Orixás. Essa relevância deve-se ao sincretismo que apontou Jesus Cristo como sendo a figura representativa de Oxalá. Ora, essa associação com o Messias Judeu, foi deveras importante para a propagação do ritual umbandista, já que o Brasil é um país extremamente cristianizado, mesmo que seus habitantes professem o catolicismo ou o protestantismo.
Sendo Jesus Cristo uma manifestação maravilhosa do Divino Trono da Fé, foi sincretizado como o Pai Oxalá. Suas mensagens, com base na propagação da fé, estimulavam as pessoas à sua volta a ter uma vida mais íntima com o Criador.
Oxalá é o responsável por infundir a fé no mental dos seres e estimular a religiosidade, tão necessária à evolução do Espírito humano. Através das suas irradiações de fé, o Pai Oxalá faz nascer nos corações humanos o desejo de buscar a Deus, a ter uma vida religiosa e a descobrir o sentido espiritual de sua existência. As vibrações de Oxalá impulsionam os homens a esperar o amanhã com mais paciência e a ter certeza de que sempre será melhor.
A História está repleta de Espíritos que trouxeram para a Terra suas mensagens de extrema religiosidade e fé. Espíritos que inspiraram a muitos e foram exemplos a admirar e seguir. Foram Espíritos que recebendo as vibrações diretas de Oxalá, despertaram esta Linha de Evolução do homem, e levaram as pessoas a erguer religiões, crenças, tecer filosofias, desenvolver doutrinas.
Oxalá - A Fé Pura e Verdadeira
Na Umbanda, Oxalá teve sua representação máxima em Jesus Cristo, e por causa disto, é considerado pelos umbandistas de forma geral como sendo o maior de todos os Orixás das Sete Linhas de Umbanda.
Os Pretos Velhos são também responsáveis por isto. Foram os queridos Vovôs e Vovós da Umbanda que, através de suas palavras inspiradoras de fé, paciência e resignação, levaram os adeptos e consulentes a lembrar-se de Jesus e a ter nEle modelo vivo para suas vidas.
Homens e mulheres descrentes e aflitos buscavam nos Pretos Velhos o consolo e sempre recebiam uma orientação tendo como exemplo a ser seguido o Mestre Jesus. Ainda hoje, esses Pretos e Pretas Velhas continuam realizando o mesmo trabalho de inspiração e devoção.Como sempre dizem: "que o Pai Oxalá te abençoe".
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As Sete Linhas de Umbanda Sagrada
"Oxalá é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religioso dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade."
"Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o trono da fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres."
"(...) Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade.
Seu alcance ultrapassa o culto dos orixás pois é o da religiosidade, que é comum a todos os seres pensantes.
Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e melhor estimularem a fé em Deus.
Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo.
Jesus Cristo, Trono da Fé
Oxalá, Segundo a Crença Africana
"O Grande Orixá", ocupa uma posição única e inconteste do mais importante orixá e o mais elevado dos deuses Yorubás. É o dono da argila e da criação, onde molda os seres humanos em barro.
Senhor do silêncio, do vácuo frio e calmo, onde as palavras não podem ser ouvidas. Por apreciar muito o vinho de palma, embriagando-se frequentemente, perdeu a chance de criar a terra e tornou-se responsável pela mildagem das pessoas e ficou proibido de beber o vinho.Teimoso, às vezes passa por cima dessas regras.
Pessoas com defeitos de nascença, provocados por ele, lhe pertencem. Ele as protege para se redimir. Muda de nome conforme a situação.
Lento como um caramujo, todo de branco como seu ritual exige, é conhecido como Oxalufã.
Enérgico e guerreiro, de colar branco com azul real, é conhecido como Oxaguiã.
Em outras versões, é chamado de Orinxalá e Obatalá, o rei do pano branco.
Lendas Africanas
Oxalufã (Oxalá velho) era um rei muito idoso que andava com dificuldade, apoiado em seu cajado (o opaxorô). Um dia, sentindo saudades do filho Xangô, resolveu visitá-lo. Como era costume na terra dos Orixás, consultou um babalaô para saber como seria a viagem. Este recomendou que não viajasse. Mas, como o orixá teimasse em ver o filho, foi instruído a levar três roupas brancas e limo da costa (pasta extraída do caroço de dendê) e fazer tudo o que lhe pedissem. Com estas precauções, o Orixá partiu e, no meio do caminho, encontrou Exu Elepô, dono do azeite de dendê, sentado à beira da estrada, com um pote ao lado. Com boas maneiras, ele pediu a Oxalufã que o ajudasse a colocar o pote nos ombros. O velho orixá, lembrando as palavras do babalaô, resolveu auxiliá-lo; mas Exu Elepô, que adora brincar, derramou todo o dendê sobre Oxalufã.
O Orixá manteve a calma, limpou-se no rio com um pouco do limo, vestiu outra roupa e seguiu viagem. Mais adiante encontrou Exu Onidu, dono do carvão; e Exu Aladi, dono do óleo do caroço de dendê. Por duas vezes mais foi vítima dos brincalhões e procedeu como da primeira vez, limpando-se e vestindo roupas limpas, continuando sua caminhada rumo ao reino de Xangô.
Ao se aproximar das terras do filho, avistou um cavalo que conhecia muito bem, pois presenteara Xangô com o animal tempos atrás. Resolveu amarrá-lo para levá-lo de volta, mas foi mal interpretado pelos soldados, que julgaram-no um ladrão. Sem permitir explicações, eles espancaram o velho até quebrar seus ossos e o arrastaram para a prisão. Usando seus poderes, Oxalá fez com que não chovesse mais desse dia em diante. As colheitas foram prejudicadas e as mulheres ficaram estéreis.
Preocupado com isso, Xangô consultou seu babalaô e este afirmou que os problemas se relacionavam a uma injustiça cometida sete anos antes, pois um dos presos fora acusado de roubo injustamente. O Orixá dirigiu-se à prisão e reconheceu o pai. Envergonhado, ordenou que trouxessem água para limpá-lo e, a partir desse dia, exigiu que todos no reino se vestissem de branco em sinal de respeito ao pai, como forma de reparar a ofensa cometida. (1)
Oxalufã tinha um filho chamado Oxaguiã (forma jovem de Oxalá), muito valente e guerreiro, que almejava ter um reino a todo custo. Era um período de guerras entre dois reinos vizinhos e seus habitantes perguntavam sempre aos babalaôs o que fazer para que a paz voltasse a reinar. Um dos sacerdotes respondeu que eles deveriam oferecer ao Orixá da paz, que se vestia de branco, como uma pomba, muito inhame pilado, comida de sua preferência.
Oxaguiã, cujo nome significa "comedor de inhame pilado", apreciava tanto essa comida que ele próprio inventou o pilão para fazê-la.
Depois que as oferendas foram entregues, tudo voltou às boas. Oxaguiã tornou-se conhecido por todos e conseguiu seu próprio reino. Até hoje são oferecidas grandes festas a esse Orixá para que haja fartura o ano todo. (1)
(1) Fonte: Site "O Mundo dos Orixás"
Oferendas
As oferendas para Oxalá são acompanhadas de velas brancas e consiste em frutas, coco verde, mel e flores brancas. Um grande ímã de trabalho é o que é feito com canjica branca e mel em louça branca. Seus pontos de força são os mais puros da natureza, tais como bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc.
Conta outra lenda que Oxalá era marido de Nanã, senhora do portal da vida e da morte. E, por determinação dela, somente os seres femininos tinham acesso ao portal, não permitindo  a aproximação de seres masculinos em hipótese alguma. Essa determinação também servia para Oxalá, que com o passar do tempo não se conformava com esta decisão. Oxalá então encontrou uma forma de burlar as determinações de sua esposa. Não fugindo de sua cor branca, vestiu-se de mulher, colocou o adê (coroa) com os chorões no rosto, próprio das iabás e aproximou-se do portal satisfazendo enfim sua curiosidade. Foi pego, porém, por Nanã no exato momento em que via o outro lado da dimensão. Nanã aproximou-se e determinou:
          " - Já que tu, meu marido, vestiste-te de mulher para desvendar um segredo tão importante, vou compartilhá-lo contigo. Terá, então, a incumbência de ser o princípio do fim, aquele que tocará o cajado três vezes ao solo para determinar o fim de um ser. Porém, jamais conseguirás te desfazer das vetes femininas e, daqui para frente terás todas as oferendas fêmeas!"
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