Não diga nada© Não diga nada observe meus lábios a atinar desejos que se perdem entre um indestrutível querer Não diga nada apenas veja meus olhos que estancam a dor do não ter chorando em silencio Não diga nada sinta a dor que minha alma em furor transcende desejando com veemência teu ser Não diga nada pense detidamente que não é insensível o teu saber nem relegado o meu viver. Não diga nada ouça meus murmúrios palavras mudas transformadas em vertentes clamando por ti Não diga nada sinta o calor que em delírio se faz passional preexistente em meu corpo Não diga nada perceba que estou presente como nanquim na supremacia de uma folha branca Não diga nada vem denominar um sentimento desterrando o viso que insistente vocifera um coração. Não diga nada Elizabeth Misciasci |