DEU A LOUCA NO MUNDO!
Ivan Jubert Guimarães
21.06.2006
Este título não tem nada a ver com aquela grande
comédia que passou nos cinemas no início dos
anos 60, 1963 para ser mais preciso.
Infelizmente! Talvez o título original do filme
mostre mais claramente os dias de hoje, embora
nada tenha de comédia: “It’s a mad, mad, mad,
mad world!”.
O fato é que estamos vivendo em um mundo muito
louco mesmo. Não bastasse analisarmos o panorama
mundial, onde a ganância impera em todas as
nações, onde os povos se matam para
sobreviverem, onde as pessoas lutam para subirem
de classes sociais, onde o consumismo tomou
conta das pessoas e estas, de todas as idades,
analisam você não mais pelo que você tem, mas
pela modernidade do que você tem. Ser é um verbo
que quando conjugado só o é na primeira pessoa
do singular do indicativo, seguido de algum
superlativo qualquer.
Não é necessário nem falarmos do consumo de
drogas, acho até, que em quase todas as gerações
das últimas décadas as drogas mudaram o
comportamento das pessoas. Em minha juventude
era o álcool ingerido principalmente nos bailes
em salões ou nas residências. Era para dar
coragem ou aquecer as turbinas antes de tirar
aquela garota bonita para dançar. De vez em
quando um ou outro amigo puxava uma carteira de
cigarros para mostrar que era mais avançado. A
propaganda foi se encarregando do resto e fomos
acompanhando as ondas da revolução dos costumes.
Sexo sempre foi algo muito bom e eu me lembro de
quando tentava entrar em um filme proibido, onde
aparecia a nudez de uma mulher. Era coisa rara
de se ver e, normalmente, era uma cena filmada à
noite, em preto e branco, sem zoom na câmera e a
mulher de costas entrando num lago qualquer. E
quem não tinha ainda seus dezoito anos ficava
circulando em volta da entrada do cinema criando
coragem para comprar o ingresso e tentar burlar
a esperteza do porteiro.
O que vemos hoje é muito diferente. As bancas de
jornais vendem o sexo em revistas e filmes sem o
menor discernimento. É pegar e pagar e sair
tranquilamente. Bem diferente dos tempos em que
se precisava de coragem, de reforço de amigos,
para se comprar um “catecismo”. E nem será
preciso falar da televisão que a qualquer
horário, principalmente nas tevês por
assinatura, vemos diversos filmes de casais
homossexuais de ambos os sexos, (dá para
entender isso?) beijando-se e mantendo relações
sexuais sem nenhum tipo de controle ou
discrição. A imaginação ou a tara humana chegou
a um ponto que não se tem mais controle de nada.
E nossos filhos ficam expostos a isto durante
todo o dia.
E hoje a gente lê nos jornais e nas revistas que
a AIDS está fazendo bodas de prata. São 25 anos
e 25 milhões de pessoas mortas; isto sem falar
nos 40 milhões de infectados e que estão
espalhados pelo mundo.
O que devemos esperar quando se lê em um site de
saúde que o uso de calmantes em jovens aumentou
de 201.000 em 1993 para 1.224.000 em 2002?
(http://boasaude.uol.com.br/news/index.) São
drogas antipsicóticas prescritas pelos médicos
para distúrbios comportamentais destrutivos e do
estado de humor. O estudo foi feito nos Estados
Unidos, mas sabemos que aqui no Brasil a coisa
caminha para o mesmo lado. Há cerca de dois
anos, mais ou menos, a revista Veja também
publicou uma pequena matéria sobre o uso de
calmantes em crianças.Quantos de nós não temos
em casa algum medicamento tarja preta ou
daqueles outros cujas receitas ficam retiras nas
farmácias? O que estamos fazendo com nosso
planeta e seus habitantes? Terá chegado de
verdade o Apocalipse? Até quando iremos suportar
ou as forças que regem o Universo suportarão
nossas atitudes? Não basta estarmos destruindo o
ecossistema, vamos agora destruir as mentes
daqueles que podem consertar os nossos erros?
É ou não é um mundo louco, louco, louco, louco?
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