Neste Natal, antes de abrir os presentes, da
primeira champanhe, ou de outra bebida
qualquer; antes de se fartar com os pratos
cuidadosamente preparados, medite um pouco
sobre sua vida e sobre a vida de seus
semelhantes.
Procure entender que se sua
mesa é farta, se sua árvore está cheia de
presentes, tem muita gente, que nesse mesmo
instante, está padecendo de alguma dor.
Alguém, em algum lugar qualquer, enquanto
você degusta uma champanhe, pode estar
sentindo a sede que só os mais sofridos
possuem.
No exato momento em que você
estiver se preparando para fazer o primeiro
corte em seu assado, uma barriga distante
pode estar roncando.
Na hora dos
presentes, quando você estiver abrindo o
seu, lembre-se de que muitas pessoas não
estarão vivendo a mesma emoção.
Claro que
você não tem culpa alguma disso. Mas você
pode fazer alguma coisa.
É comum, em dias
como esse, que a campainha da casa onde você
mora toque muitas vezes. Se você
desejar fazer algo, atenda à porta. E não
diga, em hipótese nenhuma, “hoje não tem”.
Lembre-se que logo mais à noite e também no
almoço de Natal, sua mesa estará farta.
Lembre-se que embaixo de sua árvore tem
presentes suficientes e que apenas um,
poderá dar uma alegria muito grande para
quem o receber.
Se sua mesa, entretanto,
não tiver aquela fartura e sobre ela tiver
apenas um frango assado, um arroz branco e
uma cerveja, no lugar do champanhe, alguém,
em algum lugar daria tudo para saborear uma
asinha de seu frango.
Você pode fazer
alguma coisa, pelo menos nesse dia, você
pode.
Na hora da ceia agradeça por aquilo
de que você dispõe. Faça o mesmo no almoço
de Natal. Peça a Deus para que aqueles que
não têm nada possam estar recebendo algo de
alguém.
Lembre-se daquele que é o dono da
festa, que chamará muitos mas escolherá
poucos.
Assim, não comemore, apenas
celebre.
Isto é o mínimo que você pode
fazer. Faça o mínimo e você verá que o seu
Natal será realmente feliz.
Um Feliz
Natal para todos, inclusive você!