O SORRISO DA CRIANÇA |
EM BUSCA DO AMOR |
28/10/1999 |
4/8/2000 |
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O sorriso da criança, |
Respira profundamente! |
Anda por demais escondido. |
Deixa que o ar que entra em teu pulmão, |
Por quê será que falta esperança, |
Possa também refrescar tua cabeça. |
Neste mundo que parece tão perdido? |
Solta o ar que inspiraste lentamente, |
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Deixa que antes ele varra teu coração, |
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Limpando tudo, sem nenhuma pressa. |
ANTÍTESE |
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5/11/1999 |
Estás livre dos maus pensamentos, |
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Sem nenhum sentimento de ódio também. |
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Tenta agora praticar total imobilidade. |
Não te enganes com teu desengano, |
Aja com cautela em cada teu momento. |
A consciência é plena de conhecimento; |
Deixa que o mal se esvaia, guarda o bem
porém. |
Marca um encontro com teu desencontro, |
E parte em busca da felicidade. |
E age sempre de acordo com teu pensamento. |
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Segue com a fronte erguida, mas com a mente
pura; |
Aprende a encantar-te com teu desencanto, |
Anda com humildade e confiança. |
E não te desiludas com a tua ilusão, |
Caminha apreciando cada detalhe da
paisagem. |
Pois sempre acertamos com os desacertos; |
Carrega contigo a luz iluminando cada rua
escura. |
Só precisamos ter fé e amor no coração. |
Afasta a violência, deixa tua alma mansa. |
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Estuda a história do homem nesta viagem. |
Alegremo-nos com o nosso sofrimento, |
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Pois que o pedimos (e agora não o
queremos), |
Acredita na força de teu “eu maior!” |
Aprendamos com ele quando ele é tudo o que
temos. |
Faze tua parte, pratica a verdadeira
bondade. |
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Faze usando toda a energia que Deus te deu. |
Tu podes chorar quando tens alegria, |
Crê que vais conseguir um mundo bem melhor, |
Tu tens calafrios quando sentes calor, |
Vivendo tua vida com sabedoria e humildade. |
Mas não sintas ódio quando o que tens é
amor! |
E os que vierem depois de ti dirão: |
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“O Amor venceu!”. |
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SONHOS |
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18/11/1999 |
SENTIDOS |
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17/8/2000 |
Não tem quase nenhuma importância, |
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Quando nos esquecemos de um encontro. |
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O importante é o que faz a |
Quem quiser de fato aprender, não precisa |
nossa consciência, |
perder a vida em meio aos estudos, ou até
mesmo |
O resto nada vale, tenho dito e pronto. |
nos livros. A grande lição da vida está no
uso |
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dos sentidos que Deus concedeu a todos. |
Assim não te preocupes com lembranças; |
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Preocupa-te sim com o futuro; |
“Ao ouvires as experiências vividas, |
O passado não nos traz esperanças, |
Dos irmãos que vieram primeiro, |
Isso eu posso te garantir, eu juro. |
Evitarás caminhada perdida, |
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Ouve, pois a voz de teu conselheiro! |
Não forces pois ao acordar, |
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A lembrança de teu último sonho; |
Ao vires o exemplo mostrado, |
Pois ele pode vir a te assustar, |
Terás o espelho a ser seguido. |
De não ser mais belo, mas medonho! |
Não cais por terra prostrado; |
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Caminha com o semblante erguido. |
É melhor praticar o combinado, |
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Fazendo tudo o que foi definido. |
Ao sentires na pele as dores do parto, |
Pois mesmo que o sonho não |
Entenderás que na vida nem tudo são flores. |
seja lembrado, |
Mas de fracos o mundo já está farto; |
Com certeza ele nunca foi esquecido. |
É para os fortes que se destinam os amores. |
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Ao provares o gosto amargo da desilusão, |
A COLHEITA |
Afasta o cálice repleto de fel; |
25/11/1999 |
Procura sentir o sorriso de todo irmão, |
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E sinta nos lábios o gosto adocicado do
mel. |
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Hoje estás aprendendo |
Ao falares de outrem, lealdade ou caridade, |
Uma nova e importante lição. |
Pratica o que dizes com fé e fervor; |
Cultiva a semente do conhecimento |
Sê honesto e tende muita humildade, |
Fazendo do estudo uma grande plantação. |
Só assim levarás tua vida com amor!”. |
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Levanta-te cedo e aproveita; |
O conselho está aí para quem quiser seguir: |
Semeia, planta e rega. |
A fonte de todo conhecimento está no
sentir! |
Todos os dias tu terás boa colheita |
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É assim que se faz, não nega. |
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24/8/2000 |
O estudo alimenta nossa alma; |
PEQUENINO |
Quando partimos a colheita é |
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tudo que levamos, |
Suba numa colina, monte ou montanha. |
Mas para aprender é preciso |
Verás que és, das criaturas, a mais
estranha. |
estudar com calma. |
Lá de cima, verás que tudo é muito pequeno; |
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No entanto te julgas o maioral. |
Medita sobre cada assunto ensinado, |
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Para que possas colhe todos os |
Por acaso consegues, lá de cima, |
frutos que plantaste. |
identificar um conhecido teu? |
E para que nunca te sintas lesado. |
Por que achas, então, que serás visto |
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do alto ou mesmo reconhecido? |
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REGRESSÃO |
Percebes que o que te faz grande é apenas |
25/11/1999 |
o tamanho da tua vaidade? |
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Suba apenas com o teu espírito e |
Em nossas múltiplas existências, |
veja teu corpo, lá de cima. |
Vivemos em constantes despedidas. |
Vê como és pequenino? |
Muitas de nossas ausências, |
Eras bem maior quando foste menino. |
São para novas oportunidades na vida! |
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Deixa, pois tua vaidade de lado; |
Saibamos nos conformar com as distâncias; |
Apruma o corpo, mas evita a soberba; |
Elas existem bem dentro da gente, |
Ajoelha-te diante dos homens vaidosos; |
E nos separam da velhice e da infância, |
E ainda assim os verás de cima. |
Fazendo da vida um lindo presente. |
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Vê quantos irmãos já partiram. |
O VERBO |
Vê também quantos já estão de volta; |
24.08.2000 |
Muitos choraram, outros sorriram. |
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E todos sempre passam pela mesma porta! |
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De todos os verbos conjugados, |
Quando correr por este mundo afora, |
Amar é o mais transitável; |
Aprecia o quanto este mundo é lindo. |
Pois de todos os sentimentos demonstrados, |
Dê adeus para quem está indo embora, |
O amor é o mais inigualável. |
Pra quem chega, sorri e diz: |
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“sê bem vindo!” |
Amar em todos os tempos, |
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Presente, futuro e passado, |
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É como viajar com os ventos, |
TRANSPARÊNCIA |
Sentindo no rosto a carícia do ser amado. |
20/1/2000 |
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Na vida que todos nós temos, |
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A morte é o que mais nos assusta; |
Se os olhos são o espelho da alma, |
Tememos só porque não a vemos; |
Não deixa que neles se reflita tua ira. |
Por isso fugimos da luta. |
Deixa que neles transpareça a paz, a calma; |
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Que a verdade se sobreponha à |
Se amamos com a força plena, |
felicidade, à mentira. |
Podemos derrotar qualquer inimigo, |
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E sempre valerá a pena |
Faze com que a beleza se mostra |
Conjugar o verbo amar comigo. |
mais que a feiúra; |
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E que o orgulho e a vaidade |
Escuta o som que do coração ecoa, |
rendam-se à simplicidade. |
E ama de todo modo possível. |
Admira-te, no entanto, como a |
Conjuga o verbo em qualquer pessoa; |
mais linda criatura, |
Verás que te tornarás invencível. |
Que Deus criou na magnitude |
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de Sua criatividade. |
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SONETO DAS FLORES |
Não reclama das dificuldades |
31/8/2000 |
que encontrar no mundo; |
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Teus olhos enxergam apenas |
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o que queres ver; |
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Por isso é que mudas teu |
Os campos estão todos floridos! |
humor em apenas um segundo. |
Sente o perfume que vem das flores; |
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Vê como o chão está todo colorido, |
Muda de atitude e, se possível, |
E também as árvores estão com lindas cores! |
muda agora; |
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Verás que a vida ficará mais |
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fácil de se viver, |
Desfruta e aproveita desta beleza, |
E viverás feliz nesta vida, |
Antes que uma sombra escura, |
até a hora de ir embora. |
Cubra toda esta Natureza, |
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Tornando esta terra impura. |
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ESPERANÇA |
Para que as coisas não sejam assim, |
4/5/2000 |
Rega diariamente tua mente com amor; |
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Faze de teu coração um lindo jardim. |
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Nos momentos mais difíceis da vida, |
Preserva os bons princípios de forma
severa; |
Quando tudo nos parece perdido, |
De tuas sementes sempre nascerá uma linda
flor. |
Devemos recorrer a Deus por nova guarida; |
Aproveita, faze isso agora que chegou a
Primavera! |
Ou, então, deixa-lo de lado, esquecido. |
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As dificuldades de nosso dia-a-dia, |
SEMEADURA |
Se vencidas, só nos farão crescer. |
21/9/2000 |
Assim, viva sempre tua vida com alegria, |
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Pois com sorriso no rosto e nos olhos, |
As boas sementes não devem ser jogadas
sobre qualquer |
com certeza irás vencer. |
terra, pois não irão germinar. |
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Antes da semeadura, muito trabalho deve ser
feito |
Por maior que seja a dificuldade, |
para que, depois, a natureza possa seguir
seu curso. |
Não te esqueças nunca de agradecer. |
Assim, prepara a terra. Limpa o chão,
arrancando dele |
Agradeça pela dor, pela ausência, pela
saudade. |
as ervas daninhas. Retira as pedras que
forram a |
Mas sorria, por mais doída que tua dor
possa ser. |
superfície. Recolhe as impurezas que foram
jogadas. |
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Agora, deixa a terra descansar um pouco
para que se recupere. |
A fé precisa ser sempre redobrada, |
Enquanto isso, prepara as sementes
retirando delas |
Deus está sempre presente e nos socorre; |
toda umidade. Espalhe-as ao sol para que
adquiram a |
Quando tudo te parecer não valer mais nada, |
secura que lhes dará a força viçosa que
fará tudo brotar e crescer. |
Lembra-te de que a esperança é a última que
morre. |
Repousa agora. Teu corpo precisa do
descanso pois o |
|
plantio se aproxima e exigirá todo teu
vigor. |
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Ei, psiu! Acorda. |
|
Ei companheiro, levanta. O dia está
nascendo e tu ainda |
VAMOS SER |
tens que trabalhar e preparar a terra antes
que o sol a |
15/6/2000 |
esquente demais. |
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Passe o arado ou simplesmente vá revolvendo
a terra |
Onde buscar a felicidade? |
deixando que o orvalho penetre em suas
entranhas. |
Preocupados que somos apenas com o ter? |
Isso! Podes jogar as sementes agora. O
orvalho as |
Qual a razão que desde a mais tenra idade, |
manterão regadas e com a energia necessária
para que brotem. |
Quase nunca pensamos naquilo |
Espera! Deixa que agora a natureza faça a
sua parte. |
que queremos ser? |
Não fiques ansiosos demais, pois tudo
acontece no seu devido tempo. |
|
Ei! Não fica olhando a toda hora. Deixa que
germinem |
À medida que nos aproximamos da morte, |
em paz e na quietude de seu universo. A
fecundação é |
Felizmente vai mudando nosso pensamento, |
divina e só a Deus compete reger sobre a
vida. |
E vamos mudando de atitude |
Ei! Psiu! Acorda. Vê que dia lindo está
nascendo. |
desejando melhor sorte. |
O sol estará muito bonito hoje e o céu vai
estar |
E assim acabamos conquistando um novo
alento. |
muito azul. Olha que lindo! |
|
Agora baixa os olhos e olha um pouco para
tua terra. |
Sabemos que a vida é quase sempre assim, |
Vê como está verdinha! Todas as sementes
germinaram. |
Por que então não acordamos mais cedo? |
Trabalhaste bem. A Natureza fez a sua parte
e tu |
Deixamos de pensar no ter, apenas no fim; |
fizeste a tua. Colhe os frutos de teu
trabalho. |
O fazemos por consciência ou apenas por
medo? |
Agora meu companheiro, planeja tua vida
como planejaste |
|
a tua plantação. Observa o que pretendes
colher e o |
Vamos viver a vida com mais sabedoria, |
quanto desejas ter. A ti será dado o que
desejares, mas |
Ouçam o que este irmão lhes diz: |
é importante que tu saibas o que desejas. O
resultado de |
Não esperem pelo último dia, |
tua colheita está diretamente relacionado
com a semente |
É tão fácil e simples ser feliz! |
que foi semeada. Nunca vais colher maçãs se
plantaste batatas. |
|
Planeja, idealiza teu sonho e planta a
semente que o |
|
tornará realidade. |
REAVALIAÇÃO |
Cultiva, porém, a virtude da paciência, da
mesma forma |
20/7/2000 |
que o fizeste quando jogaste as sementes na
terra. |
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Quando na mais completa solidão, |
CORAGEM |
Naqueles momentos em que nos vemos
sozinhos, |
28/9/2000 |
Chega a hora de ouvir o que diz nosso
coração, |
|
E reavaliar todo nosso caminho. |
|
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Como estás aflito e sensível! |
As idas e vindas de nosso ser, |
O que acontece contigo? |
Pelos caminhos escabrosos da vida, |
Reage, pois que nada é impossível. |
Dão-nos o desejo covarde de morrer, |
Acredita no que diz este amigo: |
Como se a vida toda estivesse perdida. |
Grandes vitórias são obtidas |
|
Em situações da maior adversidade. |
Ah como é triste conhecer esta verdade: |
Mostra tua força, toda tristeza será
vencida! |
Que o medo provoca em nossa alma, |
|
À medida que se vai avançando na idade, |
|
Vamos nos torturando e perdendo a calma. |
A VERDADE |
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28/9/2000 |
Infelizes aqueles que sofrem desta doença, |
|
E que nada de bom aprenderam ainda; |
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São almas sofridas e que não |
Para muitos homens a vida é uma inimiga
inexorável, |
possuem nenhuma crença. |
pois sentem medo de viver. |
E por isso desejam sua existência finda. |
Viver é um trabalho danado, pois não? |
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Pensa numa coisa antes de mergulhares na |
Nada pode ser feito à revelia; |
depressão e no medo. Se fosse para que
todos |
Pois mesmo Deus em sua infinita bondade, |
tivessem uma vida sem problemas, por que
haverias de nascer? |
Não nos autoriza mesmo que por um dia, |
As dificuldades é que sempre foram as
responsáveis |
Antecipar nossa morte à nossa própria
vontade. |
pelo desenvolvimento humano. |
|
O frio trouxe o fogo. A fome trouxe o
alimento. |
É nosso desejo que não temam a morte, |
A dificuldade de locomoção trouxe a roda. E
assim, |
Mas muito mais forte é o desejo |
tudo o que ocorreu no mundo foi fruto das
dificuldades. |
que não temam a vida. |
Por isso, aprende com sua dor e com teu
sofrimento. |
Vivam-na com integridade qualquer |
Logo irás descobrir mais uma verdade. |
que seja sua sorte, |
|
E creiam que nunca lhes faltará guarida. |
|