O JUÍZO FINAL
Ivan Jubert Guimarães
22.03.2007
Vendo tantas agressões à Natureza, de toda ordem, e aqui não vai de novo
nenhum preconceito, mas embora a Terra seja redonda, não parece que o mundo
está de cabeça para baixo?
Vemos pelo mundo inteiro um panorama nada parecido com o que tínhamos em
nossa juventude, tipo assim ó: anos 50 ou 60. Não que fôssemos melhores do
que os jovens de hoje, nada disso. É que não sabíamos o que estávamos
fazendo.
A Terra já passou por outros cataclismos e não foram poucos. A Bíblia relata
alguns deles embora quase ninguém acredite nas histórias bíblicas. Alguns
dizem que o Dilúvio, Sodoma e Gomorra, Torre de Babel, são coisas inventadas
para por medo nas pessoas que provocam a ira de Deus.
Cientistas e antropólogos afirmam que a Terra foi muito diferente do que é
hoje, dizem que onde está o deserto do Saara, já foi um mar num passado
remoto. Houve congelamentos de áreas tropicais e os seres vivos foram
desaparecendo. Um lugar chamado Atlântida afundou no oceano e a maioria
ainda acredita que nunca tenha existido.
Profecias falam de um recomeço, mas, para que haja de fato um, é preciso
haver um “grand finale”.
A violência social foge ao controle dos mais pacíficos e não vê pelo mundo
inteiro os chamados homens de boa vontade. Todos querem o poder a todo custo
e ainda pensam como os antigos reis do passado, quanto mais tiverem melhor
será sua vida em outro mundo. Ledo engano.
A vaidade impera nos corações das pessoas e reina absoluta, primeiro eu,
depois eu, depois você.
Nazistas, fascistas andam pelas ruas queimando pessoas adormecidas,
estuprando, matando sem o menor resquício de respeito à criatura humana.
As televisões do mundo nos mostram diariamente cenas horripilantes das
violências urbanas e daquelas provocadas por atos terroristas ou mesmo de
guerra. Nada mudou, desde o início da civilização. Fechados em nosso
egoísmo, assistimos de camarote a estas cenas e raras vezes emitimos algum
comentário a não ser talvez um “ainda bem que não é aqui”. Mas é aqui sim
seu porra! É em nosso planeta que tudo isso está acontecendo.
Dizíamos que Deus era brasileiro, mania nacional de grandeza, que aqui não
havia furacões, terremotos, maremotos ou quaisquer outras coisas do gênero.
E agora temos terremotos em Pernambuco, enchentes avassaladoras no Norte e
no Nordeste, furacões no Sul, e continuamos dizendo: “ainda bem que não é
aqui”.
Talvez não estejamos interpretando os sinais como deveríamos. Fala-se muito
no aquecimento global e continuamos a matar pelo petróleo. Preocupa-nos mais
a energia do que a produção de alimentos, mas ainda bem que não é aqui.
Aqui, nós temos um solo rico que dá para alimentar o mundo, mas resolvemos
plantar combustível, para os outros.
Antigamente, eu via urubus por quase toda a cidade e com o tempo fui sendo
informado de que eles, vivendo no meio aos lixões, para sobreviverem, voavam
bem alto para respirar ozônio e se livrarem do mal causado pelo seu habitat.
Você ainda vê urubus por aí? Os lixões continuam existindo, o que não existe
mais é o ozônio. Mas tudo bem, urubu é uma ave (ave?), não, urubu é um bicho
feio mesmo. Dane-se ele.
E os fenômenos da Natureza? Eu me lembro que ouvia que os eclipses
aconteciam uma vez a cada século e mesmo os eclipses lunares eram raros.
Hoje, parece que tem eclipses com uma freqüência assim como os vôos
espaciais dos anos setenta. Ninguém mais dá bola para eles.
Fala-se em planeta ou meteoros gigantes que vão passar próximos da órbita
terrestre e vão virar o eixo da Terra. É! O planeta vai poder ficar quase de
cabeça para baixo mesmo. Você já parou para pensar nas populações que vivem
no litoral, tentando chegar ao planalto? Uma invasão de pessoas tentando
fugir das enchentes marítimas? Não se assuste você que mora no planalto. Não
vai dar tempo. Mas talvez você desça ao litoral digamos, na hora errada. Vai
depender de sua freqüência. Não é o lugar que você habita que vai salvar
você, é o seu caráter, o seu amor ao próximo. “Muitos serão chamados e
poucos serão os escolhidos” Lembram-se disso? A pergunta é: dá tempo de
mudar? Sempre dá, você pode mudar até no último momento, mas você vai
conseguir? O medo não vai ajudar. Pense nisso!
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