Não sei mais o que digo, nem sei se ligo,
se falo ou se brigo;
Apenas entendo que do jeito que está não dá para
continuar;
O cheiro de enxofre, pegou-me de chofre e
acabaria comigo;
Não fosse o desejo, que sorte, mais forte que a
morte de lutar.
Não quero e nem posso permanecer mais tempo
calado,
A voz embargada, vergonha calada, falando sem
dizer nada;
Um grito de alerta, quem sabe acerta meu coração
apertado,
E eu possa de novo, pensar em meu povo e na
pátria amada.
Uma política nojenta, a justiça que inocenta
estes canalhas ladrões;
A corrupção tamanha é a grande façanha dos que
estão no poder;
O poder que os alimenta é o mesmo que nos
afugenta para os porões.
E ficamos presos em nossos buracos, como ratos,
sem nos defender.
Está na hora de sair de novo às ruas numa grande
mobilização,
De forma organizada, sem facções uniformizadas,
na marcha da limpeza,
E que não falte a emoção, o brilho nos olhos e o
amor no coração,
A luta será ferrenha, jogue mais fogo na lenha,
que se queime a impureza.
Ministros que falam o que não devem e que fedem
ao abrir suas bocas,
A hipocrisia malcheirosa, a mentira
espalhafatosa e o desrespeito humano,
Em todo o país há podridão, dominaram a nação
com suas ambições loucas;
Um congresso que negocia, que a todos alicia
fazendo cair o pano.
Este pano é nossa bandeira, que um dia foi
brasileira e hoje nos envergonha.
Esta classe de políticos, de ladrões e de
assassinos só acabará com muita luta,
E só um povo guerreiro, com coração brasileiro,
terá o país que se sonha,
Isso é possível, embora pareça incrível, basta
expulsar todos os filhos da mãe.
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