Sim, eu ainda carrego comigo muitas paixões;
Sou poeta, não posso (não quero) viver sem elas.
Mas não confundo amores com as ilusões
E admiro seios debruçados no peitoril das
janelas.
Não sei se terei ainda outra oportunidade;
De voltar a sentir o prazer de minhas emoções,
De rever bundas e peitos que já me dão saudade,
Mas que estão sempre presentes em minhas visões.
Mas tudo isso foi paixão, não foi amor
verdadeiro,
Eu nunca enganei alguém e vivi cada momento,
Por mais curta que tenha sido, foi vivida por
inteiro.
E algumas ainda povoam meu pensamento.
Está tudo registrado em meus versos, desde a
primeira.
Acho que foi um grande privilégio desfrutar de
amores,
Beber do néctar, eu que vivi apaixonado a vida
inteira,
Sempre tendo alguém que me aliviasse as dores.
E se hoje carrego a saudade das paixões que
vivi,
Elas que ainda provocam em mim diferentes
sensações,
Todas ficariam felizes em saber que não as
esqueci,
Guardadas que estão no meu álbum de recordações.
12/11/2007
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Isolda Nunes
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