Faz muito tempo, mas eu não
esqueço,
Das tantas vezes em que passei naquela rua,
Na esperança de ver uma janela aberta
E no peitoril ver-te debruçada ver-me passar.
Sonhos de uma juventude longínqua,
Mas que faz meu peito até hoje vibrar,
Não sei o que aconteceria se te visse hoje
Mas lembro ainda do dia em que te vi me acenar.
Estavas com os braços abertos afastando a cortina
E ao me ver acenou-me com um sorriso encantador.
E aquele sorriso perdura até hoje em minha mente.
Ah que coisa maluca lembrar-me disto tão de repente.
E por mais que eu insistisse em passar sob tua janela,
Sonhando que me visses, nunca mais sorriste pra mim.
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