Título: Murphy

Murphy

coração

Nesta página há alguns textos em homenagem ao melhor e mais fiel amigo que alguém pode ter. Textos de pessoas sensíveis, na maioria das vezes, anônimas.

Texto 1: "Eu sou teu cão" Texto 6: "Diário de um cão"
Texto 2: "Não era um anjo" Texto 7: "A velhice de um cão"
Texto 3: "O cão nunca abandona o dono" Texto 8: "Oração de um cão (I)"
Texto 4: "10 coisas que um cão quer" Texto 9: "Os melhores amigos"
Texto 5: "Encontrei seu cão" Texto 10: "Prece de um cão"

Texto 1: "EU SOU TEU CÃO"

(de autor desonhecido)

"Eu sou aquele que te espera. O teu carro tem um som especial e eu posso reconhecê-lo entre mil. Os teus passos tem um timbre de magia, eles são música para meus ouvidos. A tua voz é o sinal maior do meu momento feliz. E às vezes tu nem precisas falar... Eu ouço a tua tristeza, eu sinto a tua alegria. Como isso me faz feliz! Eu não sei o que é cheiro bom ou mal. Só sei que teu cheiro é o melhor. De algumas presenças eu gosto. De outras, não! Mas a tua presença é a que movimenta os meus sentidos. Tu acordado me despertas. Dormindo és meu Deus em repouso. E eu velo teu sono. Teu olhar é um raio de luz quando percebo teu despertar. As tuas mãos sobre mim tem a leveza da paz. E quando tu sais, tudo é vazio outra vez... Eu volto a esperar sempre e sempre. Pelo som do teu carro. Pelos teus passos, pela tua voz. Pelo teu estado às vezes inconstante de humor. Pelo teu cheiro. Pelo teu sono sob minha vigília. Pelo teu olhar, pelas tuas mãos. Eu sou feliz assim... EU SOU TEU CÃO."

Texto 2: "NÃO ERA UM ANJO"

(de autor desonhecido - enviado por Dagmar)

O pequeno filhote e o cão mais velho estavam deitados à sombra, sobre a grama verde, observando os reencontros. Às vezes um homem, às vezes uma mulher, às vezes uma família inteira se aproximava da Ponte do Arco-Íris, era recebida por seus animais de estimação com muita festa e eles cruzavam juntos a ponte. O filhotinho cutucou o cão mais velho: "Olha lá! Tem alguma coisa maravilhosa acontecendo!" O cão mais velho se levantou e latiu: "Rápido! Vamos até a entrada da ponte!". "Mas aquele não é o meu dono", choramingou o filhotinho; mas ele obedeceu. Milhares de animais de estimação correram em direção àquela pessoa vestida de branco que caminhava em direção à ponte. Conforme aquela pessoa iluminada passava por cada animal, o animal fazia uma reverência com a cabeça em sinal de amor e respeito. A pessoa finalmente aproximou-se da ponte, onde foi recebida por uma multidão de animais que lhe faziam muita festa. Juntos, eles atravessaram a ponte e desapareceram. O filhotinho ainda estava atônito: "Aquilo era um anjo?", perguntou baixinho. "Não, filho", respondeu o cão mais velho. "Aquilo era mais do que um anjo. Era uma pessoa que trabalhava em um abrigo de animais."

Texto 3: "O CÃO NUNCA ABANDONA O DONO. BEIJA A MÃO QUE NÃO TEM COMIDA PARA LHE OFERECER"

( George Graham Vest )

"O único amigo absolutamente altruísta que o homem pode ter neste mundo egoísta, o único que nunca lhe abandona, o único que nunca se prova ingrato ou falso é seu cão. O cão de um homem permanece a seu lado na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos gelados do inverno sopram e a neve cai intensamente, só para poder estar perto, ao lado do dono. Ele beijará a mão que não tem comida alguma para oferecer. Lamberá as feridas e machucados que surgem em um encontro com a rispidez do mundo. Guardará o sono de seu pobre dono como se ele fosse um príncipe. Quando todos os outros amigos o abandonam, ele permanece. Quando a riqueza vai embora e a reputação se estraçalha, ele é tão constante em seu amor quanto o Sol em sua jornada pelos céus. Se o destino conduz o dono à marginalidade no mundo, sem amigos e sem lar, o fiel cão não pede mais privilégios do que o de acompanhá-lo, guardá-lo contra o perigo, lutar contra seus inimigos. E, quando chega a última de todas as cenas, e o fim leva o dono em seu abraço, e todo o seu corpo está deitado no chão frio, não interessa se os outros amigos seguem o seu caminho. Ali, ao lado do túmulo, o nobre cão será encontrado com a cabeça entre as patas, os olhos tristes mas abertos, em completo alerta, fiel e verdadeiro até mesmo na morte"

Texto 4: "10 COISAS QUE UM CÃO QUER"

(de autor desonhecido)

1- Minha vida deve durar entre 10 e 15 anos. Qualquer separação de você será muito dolorosa para mim. 2- Mê de um tempo para entender o que você quer de mim. 3- Tenha confiança em mim, é fundamental para o meu bem estar. 4- Não fique zangado comigo por muito tempo. E não me prenda em nenhum lugar como punição. Você tem seu trabalho, seus amigos e suas diversões. Eu só tenho você. 5- Fale comigo de vez em quando. Mesmo que eu não entenda suas palavras, compreendo muito a sua voz e entendo o que você está me dizendo. 6- Esteja certo de que, seja como for que você me trate, isso ficará gravado em mim para sempre. 7- Antes de me bater, lembre-se sempre que eu tenho dentes que poderiam feri-lo seriamente, mas que eu nunca vou usar contra você. 8- Antes de me censurar por estar sendo vadio, preguiçoso ou teimoso, pergunte antes se não há alguma coisa me incomodando. Talvez não esteja me alimentando bem. Pode ser que esteja resfriado. Ou é apenas meu coração que está ficando velho e cansado. 9- Cuide bem de mim quando eu ficar velho, você também vai ficar. 10- Não se afaste de mim nos momentos difíceis ou dolorosos. Nunca diga : "prefiro não ver" ou " faça quando eu não estiver presente". Tudo é mais fácil para mim com você do meu lado.

 

Texto 5: "ENCONTREI SEU CÃO"

( de autor desconhecido )

"Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata.

Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura... Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava.

Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas.

Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo. Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo.

Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destino do qual você achou que o estava salvando - depois de dias de sofrimento sem água ou comida.

Voltei ao local antes do anoitecer. Não o encontrei. Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas.

Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu.

Ajoelhei-me ao lado dele e amaldiçoei você por não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá... E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado".

 

Texto 6: "DIÁRIO DE UM CÃO"

( de autor desconhecido )

1.ª semana
Hoje faz uma semana que nasci! Que alegria ter chegado a esse mundo!!!

1.º mês
Minha mamãe cuida muito bem de mim. É uma mãe exemplar.

2 meses
Hoje me separaram de mamãe. Ela estava muito inquieta e com seus olhos me disse adeus como esperando que minha nova "família humana" cuidasse bem de mim, como ela havia feito.

4 meses
Cresci muito rápido, tudo chama a minha atenção. Há várias crianças na casa que são como meus "irmãozinhos". Somos muito levados, eles me jogam uma bola e eu os mordo jogando.

5 meses
Hoje me castigaram, minha dona se zangou porque fiz "pipi" dentro da casa... mas nunca me disseram onde eu deveria fazer. Eu não me agüentei!!!

6 meses
Sou um cão feliz. Tenho o calor de um lar, sinto-me seguro e protegido... Creio que minha família humana me ama muito... Quando estão comendo me convidam, o pátio é somente para mim e eu estou sempre cavucando, como os meus antepassados lobos, quando escondiam a comida. Nunca me educam, seguramente porque nada faço de errado.

12 meses
Hoje completei um ano. Sou um cão adulto e meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulhosos devem estar de mim!!! 

13 meses
Como me senti mal hoje... Meu "irmãozinho" tirou a minha bola. Como nunca pego seus brinquedos fui atrás dele e o mordi. Mas como meus dentes estão muito fortes, machuquei-o sem querer. Depois do susto me prenderam e quase não posso me mover para tomar um pouco de sol. Dizem que sou ingrato e que vão me deixar em observação... não entendo nada do que está acontecendo.

15 meses
Tudo mudou... vivo preso no pátio... na corrente... me sinto muito só... minha família já não me quer. Às vezes esquecem que tenho fome e sede e quando chove não tenho teto que me cubra...

16 meses
Hoje me tiraram da corrente. Pensei que tinham me perdoado Fiquei tão contente que dava saltos de alegria e meu rabo parecia um molinete... Parece que vou passear com eles. Subimos no carro, e andamos um grande trecho quando pararam. Abriram a porta e eu desci correndo, feliz, crendo que era dia de passeio no campo. Não entendo porque fecharam a porta e se foram... "Esperem"!!! - lati..."esqueceram de mim...!!!". Corri atrás do carro com todas as minhas forças... minha angústia aumentou ao perceber que o carro se afastava e eles não paravam. Tinham me abandonado... 

17 meses
Procurei, em vão, achar o caminho de volta à casa. Sento-me no caminho, estou perdido e algumas pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algo de comer... Eu agradeço com um olhar do fundo de minha alma... quisera que me adotassem, eu seria leal como ninguém. Porém eles apenas dizem "pobre cãozinho, deve estar perdido".

18 meses
Outro dia passei por uma escola e vi muitas crianças e jovens como meus "irmãozinhos". Cheguei perto e um grupo deles, dando risadas, atirou-me uma chuva de pedras "para ver quem tinha melhor pontaria"... uma dessas pedras atingiu um dos meus olhos e desde então não enxergo com ele.

19 meses
Parece mentira mas quando eu estava mais bonito as pessoas se compadeciam mais de mim... Agora que estou muito fraco, com um aspecto bem mudado... perdi meu olho, as pessoas me tratam a pontapés quando pretendo deitar-me na sombra...

20 meses
Quase não posso me mover. Hoje, ao atravessar a rua por onde passam os carros, um deles me atropelou. Pelo que sei, estava num lugar seguro chamado "sarjeta", mas nunca vou me esquecer do olhar de satisfação do motorista. Oxalá tivesse me matado... porém só me deslocou o quadril. A dor é terrível, minhas patas traseiras não respondem e com dificuldade me arrastei até uma moita fora da estrada... Já faz 10 dias que estou em baixo de sol, chuva e frio, sem comer. Não posso me mover, a dor é insuportável. Sinto-me muito mal, estou num lugar úmido e parece que meu pelo está caindo. Algumas pessoas passam e não me vêem; outras dizem: "não te aproximes". Já estou quase inconsciente, porém uma força estranha me fez abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. "Pobre cãozinho, veja como te deixaram", dizia... junto a ela estava um senhor de roupa branca que começou a tocar-me e disse: "Sinto muito senhora, mas esse cão já não tem remédio, o melhor é que deixe de sofrer." A gentil dama consentiu, com os olhos cheios de lágrimas. Como pude, mexi o rabo e olhei para ela agradecendo por me ajudar a descansar... Senti somente a picada da injeção e dormi para sempre, pensando em porque nasci, se ninguém me queria... 

 

Texto 7: "A VELHICE DE UM CÃO"

( de autor desconhecido - enviado por Elaine Petrelli - Clube das Pulgas)


"Seu cachorrinho já lhe terá proporcionado muitas alegrias. Cuide para que ele tenha um final de vida feliz. Sempre que for possível, deixe que ele permaneça ao seu lado, pois este será, realmente, um dos poucos prazeres que lhe restarão na velhice. A grande despedida está próxima e ele, por instinto, sabe disto. É natural que deseje a companhia daquele que aprendeu a amar e respeitar durante toda a vida. Não o abandone agora! Ele já não será mais aquele animal bonito de antes. Seus pêlos começam a cair. Seu caminhar perderá a elegância e sua cabeça penderá, cansada, sobre suas patas. Somente seu olhar acompanhará os passos de seu dono. Lembre-se que, dentro do peito, ele ainda possui aquele coração que vibrará com o som da voz de seu mestre. E, chegando o fim, não se envergonhe, chore. Você acabou de perder o mais delicado e fiel dos amigos... o cão!"

Texto 8: "ORAÇÃO DE UM CÃO" (I)
( Willi Judy )

"Oh! Senhor de todos nós.
Fazei com que meu dono seja fiel a seus semelhantes 
Como eu sou fiel a ele. 

Fazei com que ele seja solidário com seus amigos
E com sua família como eu sou com ele,
Que seja sincero como eu e não hipócrita;
Que ele possa ser depositário da confiança alheia,
Como eu sou depositário da sua.

Dai-lhe uma expressão alegre como o agitar do meu rabo.
Dai-lhe um espírito de guardião, como demonstro quando dou minhas lambidas.
Nutri-o de paciência igual a minha,
Pois durante horas espero sem me queixar, seguindo seus passos.
Dai-lhe o mesmo cuidado, coragem e prontidão
Que me fazem deixar de lado a malícia da vida.

Conservai seu coração sempre jovem,
Pleno deste espírito brincalhão que possuo.
Fazei com que ele seja um bom homem
Da mesma forma que eu sou um bom cachorro.
Fazei com que ele seja digno de mim, 
Seu cachorro"

 

Texto 9: "OS MELHORES AMIGOS"

( de autor desconhecido )

"Um homem, seu cavalo e seu cão caminhavam por uma estrada. Depois de muito caminhar, o homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente. Ás vezes os mortos levam tempo para se dar conta de sua nova condição ... a caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e ficaram suados e com muita sede. Precisavam desesperadamente de água. Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore e que conduzia a uma praça, calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte, de onde jorrava água cristalina.  O caminhante dirigiu-se a um homem que, numa guarita, guardava a entrada. - bom dia, ele disse. - bom dia, respondeu o homem. - que lugar é este, tão lindo ? , perguntou. - isto aqui é o céu, foi a resposta... - que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem. - o senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte. - meu cavalo e meu cachorro também estão com sede. - lamento muito, disse o guarda. aqui não se permite a entrada de animais. O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande, mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho. Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, chegaram a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha, semi aberta. A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados, que lhe faziam sombra. À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, a cabeça coberta por um chapéu, e parecia dormir.   - bom dia, disse o caminhante. - bom dia, disse o homem. - estamos com muita sede eu, meu cavalo e meu cachorro. - há uma fonte naquelas pedras, disse o homem indicando o lugar. Podem   beber à vontade. O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede. - muito obrigado, ele disse ao sair. - voltem quando quiserem, respondeu o homem. - a propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar ? - céu, respondeu o homem. - céu ? mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu! - aquilo não é o céu, aquilo é o inferno. O caminhante ficou perplexo. - mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões. - de forma alguma, respondeu o homem.  Na verdade, eles nos fazem um grande favor.  Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos..."

 

Texto 10: "PRECE DE UM CÃO"

( de autor desconhecido )

"Trate-me com carinho, meu querido amigo, pois não há nada no mundo mais agradecido que meu coração. Não machuque meu espírito com uma vara, porque embora eu esteja lambendo as suas mãos entre uma pancada e outra, a sua paciência e compreensão vão me ensinar mais rápido aquilo que você quer que eu aprenda. Nem sempre estou certo, mas estou sempre querendo perdoar e ser perdoado. Fale sempre comigo, pois sua voz é a coisa mais doce, como você já deve ter percebido pelo abanar do meu rabinho quando ouço seus passos. Por favor, leve-me para dentro quando estiver frio e chovendo, pois sou um animal doméstico e não estou acostumado com as intempéries. Não peço-lhe nada mais do que o privilégio de sentar-me aos seus pés, ao lado do seu coração. Mantenha meu potinho cheio de água fresca, pois não posso falar quando tenho sede. Dê-me comida fresca para que eu fique bem e possa brincar e atender aos seus comandos, para caminhar ao seu lado e saudável para lhe proteger com minha vida, caso você esteja correndo perigo. Não posso avisar quando estou doente e preciso de cuidados médicos e vacinas. Olhe para mim e observe se eu estou diferente, recusando comida e leve-me ao amigo veterinário para uma consulta periódica. E, meu amigo, quando eu estiver velhinho e não mais gozar de boa saúde, ouvindo e enxergando mal, meu corpo cansado, não faça nenhum esforço heróico para me manter vivo. Tudo o que lhe peço é que fique comigo até o fim. Abrace-me com carinho e fale comigo até que meus ouvidos não mais ouçam e meus olhos não vejam. E saiba que fui feliz em seuas mãos."

Barra Murphy


É proibido o uso de qualquer figura ou foto deste site sem a devida autorização. Todos os direitos reservados.

direitos : Lenita Ouro Preto - Janeiro / 2002

Hospedagem: Yahoo-Geocities-Brasil

Visitas desde Janeiro 2002

Counter