Breve história das FMs paulistanas - parte 2
Antena 1, 94,7 MHz
(1978) - Esta rádio, emissora líder de uma rede de
mais de 20 emissoras espalhadas pelo Brasil, teve início de suas
transmissões no auge do movimento das discotecas e chegou a ser
por muitos anos líder de audiência, junto com a Jovem Pan 2 e
Rádio Cidade. Na década de 90, foi uma das primeiras rádios a
se segmentar e optou pelo chamado público adulto contemporâneo
(classe A/B, acima de 25 anos), que por coincidência é a mesma
audiência que a acompanhava em seus primeiros anos. A Antena 1
transmite sua programação 24 horas, via satélite, a partir de
seu estúdio na Avenida Paulista. A locução - exclusivamente
masculina - é sóbria e interfere muito pouco na programação,
que é composta 100% de flash backs internacionais dos anos 70,
80 e 90, o que a tornou líder de audiência neste segmento. A
Antena 1 pode ser sintonizada pelos sistemas Tecsat e Directv,
além da Internet (www.antena1.fm)
Nativa FM - 95,3MHz (1995) - Apesar de sua
concessão pertencer à Diadema (SP), esta emissora nunca
transmitiu de lá, tendo seus estúdios localizados na Avenida
Paulista. Pertencente a rede CBS (Comunicações Brasil Sat), a
Nativa possui uma emissora homônima no Rio de Janeiro (90,3
MHz), que toca o mesmo tipo de programação, ou seja, música
popular romântica, pagodeiros mexe-perninha, duplas românticas
ex-sertanejas e afins. Em termos de audiência, a fórmula tem
dado certo já que a emissora está no segundo lugar do Ibope,
atrás apenas da Rádio Cidade. Nem sempre foi assim. Inaugurada
em 95, ela abriu com o nome de Pool FM (nada a ver com a 89 FM)
baseando sua programação em flashbacks dançantes. Chegou até
a um 10º lugar, mas seus donos desistiram do modelo e adotaram
outros modelos que a fizeram chegar ao 30º lugar. Há dois anos,
apostou numa programação visando o primeiro lugar e finalmente
não saíram desta trilha.
Band FM - 96,1 MHz (1975) - Emissora de
Freqüência Modulada da Rede Bandeirantes de Rádio, transmite
sua programação musical popular para todo o País via
satélite. Na década de 70, foi a mais respeitada nesta
freqüência em São Paulo, o que a tornou durante muito anos,
referência nacional quando se falava de FM. Em 83, sob a
alegação de que seu desempenho comercial era fraco, foi
transformada em uma emissora segmentada em música negra -
principalmente americana - tornando- se novamente referência
neste gênero. Foi a primeira emissora paulista a levar para o FM
o som das grandes equipes de shows da periferia: Chic Show,
Kaskatas, Black Power, etc. Na década de 90, abandonou este
modelo e abriu espaço para pagodeiros, sertanejos, até
musiqueiros e afins, de olho em mercados fora de São Paulo. Com
isso, tornou-se a quarta rádio mais ouvida na área
metropolitana.
Sucesso FM - 96,9 MHz (1980) - Líder de audiência,
segundo o Ibope, a emissora sempre disputou os primeiros lugares
desde que foi fundada. Sempre apostou nos sucessos do momento e
no esquema de promoções para ganhar o topo do ranking - a
exemplo de suas concorrentes. No final doas anos 80, tentou
formar uma rede de rádio via satélite, com uma programação
única para todo o País, mas não deu certo dado a diversidade
de programações de cada praça (no Rio, a Rádio Cidade é
voltada para o pop/rock, na Bahia, para a música baiana e assim
por diante). Sua liderança no quadro geral já dura 4 anos e só
é ameaçada de longe pela Nativa FM. Outra característica é
que sua programação - a exemplo dos seus adversários mais
próximos - é composta de mais de 90% de música produzida no
Brasil (axé, pagode, sertanejo, pop nacional, etc.....)
Energia 97 - 97,7 MHz (1983) - Quem diria que um dia
uma das emissoras que disputa o público fissurado em dance music
moderna e afins, já tocou muito heavy metal, punk, progressivo,
etc.. e outrora tornara-se um dos ícones do rock tupiniquim. Foi
praticamente uma versão paulista da Fluminense FM: pertencia a
um grupo de comunicação regional (Rádio ABC, de Santo André),
seus estúdios e transmissores ficavam fora da capital (no alto
da Avenida Gilda, também em Santo André, na divisa com São
Bernardo) e não pegavam bem em vários bairros de São Paulo (em
especial, aqueles que ficam longe do Grande ABC). O que não a
impediu de disputar a audiência com a recém chegada 89 FM. Em
91, ela se transferiu para um prédio na avenida Doutor Arnaldo -
entre a Paulista e o alto do Sumaré. Reforçou seu time de
apresentadores, mas, a exemplo da Maldita carioca, foi detonada
em setembro de 1994 para dar lugar a Hot nine seven, com outra
filosofia, outra programação.
Metropolitana - 98,5 MHz (1982) - A concorrente
mais próxima da Energia 97, com o mesmo tipo de programação.
Nunca chegou aos primeiros lugares de audiência. Seu grande
marco foi Ter posto no ar o único programa feito literalmente na
rua, ao vivo: Anarquia. O programa, que acontecia de Segunda a
Sexta feira na hora do almoço, levava para a rua o estúdio da
rádio e no meio do calçadão da Paulista, entrevistava
convidados, brincava com os pedestres e tinha a participação
literal do público. Foi o primeiro e único programa do gênero
em FM até hoje.
Aleluia FM - 99,3 MHz (1983) - Outra rádio que
nasceu em Santo André (SP) e depois foi para a Paulista. Nasceu
com o nome de Grande ABC FM estéreo porque pertencia ao Diário
do Grande ABC. Em 93, foi vendida para a Igreja Universal do
Reino de Deus - dona da rede Record e da rede Mulher de Tv - e
virou uma rádio com programação religiosa.
Transamérica FM - 100,1 MHz (1975) - Uma das veteranas do
dial paulistano. A Transamérica era uma emissora voltada para o
público adulto, até 1985. Apostou no pop /rock e, em 1989,
chegou a ser líder de audiência por mais de 2 anos. Depois da
queda, começou a investir em uma rede via satélite com mais de
30 emissoras.
Jovem Pan 2 FM - 100,9 MHz (1976) - A Jovem Pan sempre foi
uma rádio que sempre perseguiu o primeiro lugar, apostando numa
programação jovem. Nos seus primeiros 5 anos de vida, ela não
possuía locutor. Disputou a liderança no Ibope durante muitos
anos com sua arquirrival de outrora, a Rádio Cidade, quando esta
veiculava uma programação no estilo pop jovem. Desde o começo
a Jovem Pan se destacou na área do humor no rádio, abandonada
pelas emissoras AM desde os anos 60. Na década de 90, a emissora
se especializou em dance music, mas voltou atrás quando sua rede
via satélite foi montada em 94. Hoje disputa a audiência e
atenção dos ouvintes da faixa dos 15 a 29 anos que são o
público alvo da 89, da Mix, da Transamérica e da Brasil 2000
FM.
Clique
aqui para ler a parte 3
Clique
aqui para ler a parte 1