Resistência Mulata

Dizendo NÃO! à alienação

 


Título 3
Título 4

SEÇÃO 3
Título 1
Título 2
Título 3
Título 4
Título 5

SEÇÃO 4
Título 1
Título 2
Título 3
Título 4
Título 5
Título 6

Alexandre Pétion (Anne Alexandre Sabès, Porto Príncipe, 1770 - † id., 1818) foi militar e estadista haitiano. Nasceu em Porto Príncipe, mulato de mãe preta, a dama Ursula, e de pai branco, um colono francês, Pascal Sabés. Foi enviado à França em 1788 para estudar na Academia militar de Paris. Adota o pseudônimo de Pétion em homenagem a Pétion de Villeneuve, que foi membro da Convenção e da Sociedade dos Amigos dos Pretos. Em 1791, participou da revolta preta contra os colonizadores, mas, por desacordos com François Dominique Toussaint-Louverture, emigrou para a França. De volta à sua ilha natal, participa da campanha de expulsão dos britânicos e dos espanhóis (1798-1799). Toma partido de André Rigaud, líder dos mulatos livres, estando junto a François Dominique Toussaint-Louverture durante a Guerra de los Cuchillos que se deu em junho de 1799. Desde novembro, a facção mulata se encontra encurralada no porto estrategicamente importante de Jacmel, na costa meridional. Pétion encabeça a defesa mulata e Jean Jacques Dessalines dirige o ataque preto. A queda de Jacmel en março de 1800 põe fim à revolta e Pétion junto com outros dirigentes mulatos se exilam na França. Em fevereiro de 1802, Pétion volta a Santo Domingo com Jean-Pierre Boyer, Rigaud e uma armada de 12.000 franceses sob as ordens de Charles-Victor-Emmanuel Leclerc, cunhado de Napoleão Bonaparte. Lutou contra Toussaint Louverture e Jean Jacques Dessalines, mas em outubro de 1802 passou para o lado dos insurretos e se incorpora às forças nacionalistas, tendo como motivo a conferência secreta de Arcahaie, dando seu apoio a Dessalines. O general Clairveaux é o adjunto principal de Pétion nestes momentos. A força expedicionária é derrotada em 17 de outubro de 1803 e o Haiti se converte numa República independente em 1 de janeiro de 1804. Dessalines nomeia-se presidente vitalício e depois coroa-se imperador em 6 de outubro de 1804. Pétion encontra-se entre os que propõem a morte do imperador em outubro de 1806 e, em seguida, reivindica a democracia liberal contra Henri Christophe. Christophe, eleito presidente, rompe com o Senado controlado por Pétion e o Haiti se divide em dois Estados. O Senado, que não reconhece Christophe como presidente, elege e nomeia como tal, a Pétion, em 1807. Uma guerra se desenvolverá até 1810. Christophe controlará o norte (feudo tradicional das facções pretas), enquanto Pétion ficará no sul (onde os mulatos têm sua base). Conhecendo a aspiração dos camponeses (antigos escravos) por converter-se em proprietários, Pétion decide repartir as plantações entre os antigos colonos e o povo. Esta ação provoca o reconhecimento do povo que o batiza como Papá Bon-Kè (Papai de Bom Coração). A economia haitiana, baseada na exportação do açúcar e do café, está a ponto de converter-se numa autarquia e numa agricultura de mera subsistência. Funda o Liceo Pétion em Porto Príncipe. Em 1815 dá asilo a Simón Bolívar (expulso, à época, da Venezuela) e lhe proporciona os materiais necessários para empreender de novo a campanha de libertação, pedindo somente que Bolívar imponha a emancipação de todos os escravos liberados. Em 1816 é feito presidente vitalício e elabora, para a República haitiana, uma constituição modelo, estabelecendo as bases para o reconhecimento da independência do Haiti. As constantes conspirações contra ele e contra o governo o obrigam, em 1818, a dissolver o Senado. Pétion morre de febre amarela em 1818, e o sucede Boyer.