A chuva

 

 

É tarde de domingo

Há chuva no sertão

Há paz no coração

Há tristeza fugindo.

 

 

A esperança renovando

Os pássaros sorrindo

Na volúpia do canto

Pelas árvores amando.

 

 

A magia se instala

Uma mudança sem igual

Uma renovação essencial

Uma liturgia, uma quase fala.

 

 

O ajuntamento de água

Nos açudes da cidade

Sublime tranqüilidade

Da matéria e da alma.

 

 

A redenção do homem,

A salvação da lavoura

A chuva salvadora

O zero da fome.

 

 

 

Romilton Ferreira de Souza.

Caetité, 08 de novembro de 2003.

Academia Caetiteense de Letras

 

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