A chuva
É tarde de domingo
Há chuva no sertão
Há paz no coração
Há tristeza fugindo.

A esperança renovando
Os pássaros sorrindo
Na volúpia do canto
Pelas árvores amando.

A magia se instala
Uma mudança sem igual
Uma renovação essencial
Uma liturgia, uma quase fala.

O ajuntamento de água
Nos açudes da cidade
Sublime tranqüilidade
Da matéria e da alma.

A redenção do homem,
A salvação da lavoura
A chuva salvadora
O zero da fome.
Caetité, 08 de novembro de 2003.
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