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Textos de Romilton Sobrinho - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2003 - Tôdos os direitos pertencem ao Autor.
MEU VERSO
Meu verso é árido.
Não há nele luz.
São sinais cálidos
Que a dor reluz.

É um sentir fático,
Um peso, uma cruz.
São cravos fincados
Num coração com pus.

A palavra é fria e morta,
Não comove e nem desperta.
É um caminho, uma porta

Para uma reflexão incerta.
Meu verso jamais exorta...
Quem não o detesta?
Caetité - BA, 27.02.2002