Sala de Física |
Como Funciona |
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SUBMARINO |
O princípio de funcionamento do sino de mergulho era conhecido há mais de dois mil anos e, no século XV, Leonardo da Vinci desenhou o projeto de uma nave submarina. No entanto, apenas em 1580, como o trabalho de William Bourne sobre o assunto, é que foram examinados os aspectos práticos da utilização de lastro para a submersão. Imerso em um fluido, um corpo sofre a ação de um empuxo, isto é, de uma força igual ao peso do volume de líquido que ele desloca. Esse é o princípio de Arquimedes, a partir do qual se considerou a possibilidade de construir uma nave capaz de ser mantida submersa, bastando para isso que o seu peso fosse aumentado com a admissão de água. Inversamente, com a expulsão da água seria possível fazer a nave voltar à superfície. Muitos projetos foram desenvolvidos entre 1578 e 1801, dos quais apenas o USS Turtle, de David Bushnell (usado durante a Guerra da Independência Americana, 1776-7) e o Nautilus, de Fulton, são dignos de menção. Experiências adicionais, particularmente as realizadas por engenheiros franceses e norte-americanos, produziram alguns progressos no século 19. A introdução do motor de combustão interna por volta de 1890, juntamente com a de motores elétricos suficientemente poderosos e baterias eficientes, tornaram o submarino uma real possibilidade. Os primeiros projetos factíveis eram franceses e norte-americanos. Todos possuíam as mesmas características básicas: tanques de lastro, que eram inundados durante a submersão e esvaziados para emergir; motores elétricos para a propulsão submarina; motores a vapor ou a gasolina (e mais tarde a óleo diesel) para recarregar as baterias e para a propulsão na superfície. A profundidade máxima que um submarino pode atingir depende da resistência do casco principal à pressão da água. Originalmente as placas de aço utilizadas em sua construção eram rebitadas, mas esse processo foi depois substituído pela solda. O casco dos submarinos atuais tem a forma aproximada de um charuto; para maior resistência. A seção transversal deve ser circular, como o menor número possível de orifícios - escotilhas de acesso, aberturas dos tubos de torpedos, camisas de periscópio e de mastros, escotilhas de fuga, sistema de admissão de ar e escapamento do motor. Cada um deles é equipado com um sistema de vedação capaz de suportar, com margem de segurança, a pressão da profundidade máxima de mergulho.
Em 1955, com o advento do submarino americano Nautilus, movido a energia nuclear, as operações submarinas sofreram uma alteração fundamental. Ao contrário de seus predecessores, que dependiam da atmosfera para suas atividades, o Nautilus e outros submarinos semelhantes podem operar durante anos sem reabastecimento, produzindo seu próprio ar e água potável, viajando em velocidades constantes até então impossíveis para esse tipo de embarcação e permanecendo submersos por períodos inacessíveis aos submarinos de motor diesel. http://www.oocities.org/br/saladefisica |