Efêmera
Não te decepcionarei,
mundo cão, maldito.
          Serei como a lágrima:
          Pura, límpida, salgada
          a rolar sem pressa
          pela face lavada.
Não te saturarei,
Infame, com meu grito.
          Serei como a fumaça:
          diáfana, leve, temporal
          comungando amor
          no espaço sideral.
Não te degradarei,
mundo verme, bandido.
Eu não serei vulgar
nem te farei poluído.
Poema de Tânia Martins - Academia Caetiteense de Letras - Caetité - Bahia - 2003 - Todos os direitos pertencem à Autora