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Calma obscura de minh'alma Dor atroz que me tortura! O meu olhar perdido em turvas águas se ensombrece nesta calma, calma idiota, uma tortura feita de fel e mágoa.
E tu que és a Esperança o doce enlevo do poeta a me ferir de modo atroz! E tu a me atirar lanças, _Palavra, seta cruel em linha reta que magoa, faz-me sufocar a voz.
E eu, pobre alma sonhadora, amealhado sonhos juvenis para ofertar-te em ara! Mas uma palavra acusadora descobre em mim sentimentos vis e eu me perco num "Saara". |
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