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Quando da sentença do Papa Alexandre Vi em 1493 que dividiu o mundo a descobrir entre Dom João II e os reis de Castela, e nesta divisão coube a Espanha a América Central e setentrional por ter descoberto as mesmas, e a Portugal a Índias onde os seus navios chegaram ao seguirem pelo pacifico e cruzarem os mares do oriente para além de Malaca pelas Molucas.

FERNANDO DE MAGALHÃES

Fernando de Magalhães que nasceu por volta de 1480 tinha o pensamento de chegar a Índia pelo lado oposto rodeando a América da mesma maneira que Vasco da Gama fizera com à África, e em 1505 ele embarcou como soldado na armada de Dom Francisco de Almeida primeiro Vice-rei da Índia e no ano de 1508 novamente se alistou em uma esquadra para fazer saque no oriente e no ano de 1509 sob as ordens de Diogo Lopes de Sequeira na viagem que tentou conquistar Malaca e no ano de 1514 esteve com Albuquerque quando o mesmo conquistou Malaca

E ao retornar a Portugal, Fernando de Magalhães obteve um lugar na corte devido aos seus serviços prestados, e ao se alistar na expedição de Dom Jaime de Bragança a Marrocos onde participou com grande galhardia ao cerco de Azamar. Ao retornar ao reino com a esperança de ser reconhecido pelos seus atos, ele encontrou uma grande indiferença da corte, por este motivo Fernando de Magalhães que tinha em mente o seu projeto com bases em estudos realizados através de informações prestada por Faleiro que era um grande nome na astrologia e cosmografia e em outras ciências humanas que vivia em Covilhã e através do seu amigo Francisco Serrão que se correspondia com Magalhães de Ternate dando-lhe indicações geográfica sobre as Molucas através de mapas, e as circunstancias da forma comum às metades austrais do continente já conhecidos, acabou levando a Fernando de Magalhães a supor que a América se adelgaria num cabo como o de Moluca.

CARLOS I

E devido ao fato de Portugal ter repelido e desprezado aquele que dera seis anos de briosos serviços ao reino, acabou levando a Fernando de Magalhães a um grande descontentamento, e para conquistar a liberdade ele chegou a Sevilha em Outubro de 1517 na época em que chegava as Astúrias o jovem Rei Carlos I, futuro imperador da Alemanha, em cujas coroas se reuniriam a Espanha e grande parte da Europa com o domínio de quase toda a América.

De imediato ele percebeu o alcance do projeto de Fernando de Magalhães que junto com Faleiro se dirigiu para Valhadolid onde obteve a proteção do sevilhano Aranda e do bispo de Burgos que abriram as portas da corte espanhola para a negociação do projeto de Fernando de Magalhães. E após o termino das negociações foi assinado o contrato em 22 de Março de 1518 para a realização da expedição que partiu com seus navios em 10 de Agosto do porto de Sevilha para São Lucas de Barrameda de onde em 20 de Setembro se afastaram com destino as Ilhas Canárias de onde partiram para o sul em 3 de Outubro. E logo no inicio da viagem ocorreu o primeiro conflito entre Fernando de Magalhães e o adjunto castelhano Cartagena que acabou sendo amarrado ao cepo no navio Trindade e no dia 13 de Dezembro a expedição entrou na baia do Rio de Janeiro de onde prosseguiu viagem para o sul ao longo da costa americana até o Rio da Prata onde entraram em 10 de Janeiro de 1520, e após explorarem o vasto estuário das águas continental sul americanas Fernando de Magalhães fez-se de novo ao mar em 14 de Fevereiro explorando as consta reconhecendo todos os cabos e baias em demanda do estreito em meio a um tempo frigido que o fez entrar em 31 de Março no porto de São Julião onde ocorreu uma nova conspiração na noite de 1 de Abril

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Quando Quesada que tinha a responsabilidade de manter Cartagena preso acabou aderindo a revolta e soltou o castelhano que junto à guarnição assaltou e prendeu o Capitão Álvaro de Mesquita e apunhalou o mestre do navio Santo Antonio e partiu para tomar o navio Vitória onde havia sido morto Luis de Mendonça que era o tesoureiro de toda a armada.

Os revoltosos que queriam levar Fernando de Magalhães preso para Castela mantinham o controle sobre os três navios no momento que o Capitão Fernando Magalhães resolveu mandar o meirinho mor Espinosa em um batel com um certo número de homem até a nau Vitória para cobrar a libertação das naus apreendidas, porém em virtude do assassinato a punhalada do meirinho mor, Fernando de Magalhães mandou Duarte Barbosa com destino a nau Vitória para degolar e esquartejar Gaspar de Quexada e se apoderar da nau, enquanto isto as naus Conceição e Santo Antonio tentavam fugir, porém Fernando de Magalhães em rápida manobra fechou a entrada do porto e varou as mesmas com seu fogo de artilharia e os abordou com grande crueldade para abafar a revolta.
Após reparar os navios, Fernando de Magalhães ordenou que Serrão a bordo da nau São Tiago saísse para o sul em reconhecimento da costa através do rio Santa Cruz onde acabou naufragando, e no dia 24 de Agosto Fernando de Magalhães a bordo da nau Trindade ordenou que Mesquita seguisse no comando da nau Santo Antonio, Serrão na nau Conceição e Duarte Barbosa na nau Vitória deixassem o porto de São Julião com destino ao sul até a embocadura do Rio Santa Cruz onde foram obrigados a se abrigarem em virtude dos fortes temporais até o dia 18 de Outubro quando voltaram ao mar com destino a boca do estreito que recebeu o nome de Magalhães em homenagem ao descobridor. E ao realizar algumas sondagens ao visitar algumas léguas na oca atlântica, Fernando de Magalhães realizou uma breve reunião de conselho a bordo do navio Trindade e comunicou a decisão de baixar ate setenta e cinco graus e rumar a leste e demandar as Molucas pelo caminho da Índia ou dar por consumada a descoberta, e na oportunidade o piloto português Gomes alegou o mau estado das naus e a falta de mantimentos para a viagem e ressaltou que, mas de que valiam as opiniões prudentes para a audácia forte do capitão, então Fernando de Magalhães respondeu-lhe que se havia de prosseguir, ainda que não houvesse nada para comer, em vista dos fatos o piloto Gomes subjugou o capitão do navio Santo Antonio e fugiu para a Espanha aonde chegou em 6 de Maio de 1521 em Sevilha e se dirigiu e relatou os acontecimentos aos oficiais da casa de contratação que procederam da mesma forma como agiram com Albuquerque na Índia quando condenaram o herói. Logo após a fuga do navio Santo Antonio,

Fernando de Magalhães com a sua determinação de conquistar a passagem entre os dois mares, penetrou na solidão do estreito agitado pelos bramidos do mar e ensombrado pelo alcantilado das margens, e sóbrio como o seu próprio destino Fernando de Magalhães não cedeu pelas más condições de navegação nem pela escassez de alimento, e nem pelo rastro de cadáveres que deixava no mar, pois seguia direto ao encontro de um oceano em bonança que foi chamado de Pacifico par conquistar o estreito em 27 de Novembro, quando seguiu para oeste com os seus três navios que reatavam da armada em demanda das Molucas

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Impelidos por um vento favorável que parecia uma ironia da natureza, pois era a monção da morte para o herói Fernando de Magalhães e para os seus melhores companheiros que findaram os seus dias em luta com os selvagens nas Filipinas. E Sebastião Del Cano um dos últimos companheiros heróicos da extraordinária expedição de Fernando de Magalhães, e que coube a façanha de terminar a jornada de circunavegação do globo que comprovou definitivamente que a terra era redonda e de comunicar a façanha da expedição as côrtes da Espanha.

 

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