Sergio Buarque de Holanda

Sergio Buarque de Holanda nasceu em São Paulo, no bairro da Liberdade, em 1902. Completou seus estudos primários e ginasial na Escola Modelo Caetano de Campos, onde foi aluno de Afonso Taunay.

Em 1921 muda-se com sua família para o Rio de Janeiro onde ingressou na Faculdade de Direito. Trava conhecimento com Prudente de Morais Neto e Afonso Arinos de Mello Franco. Retido por faltas em 1922 e se vê impossibilitado de participar da Semana de Arte Moderna, em São Paulo.

Por intermédio de Mario de Andrade e Oswald de Andrade é indicado para a revista Klaxon no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1924, trabalha na agência Havas e funda a revista Estética com Prudente de Morais Neto.

Logo após de concluir o curso de Direito, transfere-se para o Espirito Santo, para trabalhar na direção do jornal O Progresso. volta para o Rio de Janeiro, onde passa a colaborar com uma coluna para o Jornal do Brasil.

Em 1936 após de voltar da Alemanha, onde foi Trabalhar. Ingressa na Universidade Distrito Federal como professor-assistente de Henri Hauser na cadeira de História Moderna e Contemporânea. Leciona Literatura Comparada como assistente do professor Trouchon. Em 1936, Também escreve o clássico Raízes do Brasil.

Na década de 40, com o fechamento da Universidade do Distrito Federal vai trabalhar a convite de Augusto Meyer no Instituto Nacional do Livro. Em 1946, assume o cargo de diretor do Museu Paulista. No ano seguinte entra para o Partido Socialista e ingressa na Escola de Sociologia e Política como professor de História Econômica do Brasil, em substituição a Roberto Simonsen.

Além da Escola de Sociologia e Política e da Universidade do Distrito Federal, Sergio Buarque de Holanda também lecionou na Universidade de Roma em 1952 como professor-convidado, na Universidade do Chile e Universidade dos Estados Unidos como professor-visitante. Lecionou na USP de 1958 a 1969 quando requereu sua aposentadoria de professor catedrático, por solidariedade aos seus amigos também professores da USP que foram afastados de suas funções pelo AI-5..

Ao longo de sua carreira acadêmica publicou diversos livros como; Raízes do Brasil(1936), Cobra de Vidro(1944), Monções (1945), Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Colonial(1952), Visão do Paraíso( 1959) e tentativas de mitologia(1979)

Sempre se posicionando em relação aos fatos políticos do Brasil e do mundo funda junto com operários, sindicalistas e intelectuais o Partido dos trabalhadores, em 1980

Dois anos depois, em 24 de Abril de 1982, morre aos 79 anos, um dos um dos mais talentosos e originais intelectuais brasileiros.