FORTALEZA DA FARSA OU

DA EMANCIPAÇÃO HUMANA?

 

PORQUE VENCEREMOS

O CAPITALISMO

 

" A questão não é constatar que as pessoas vivem mais ou menos pobremente e sim, de uma maneira que lhes escapa" (Guy Debord)

Quando novembro chegar Fortaleza vai se encontrar, parar pra pensar e começar a desatar o nó da crise. Para construirmos isto vem aí o evento Fortaleza da Farsa ou da Emancipação Humana? Será um acontecimento inusitado em nossa cidade. Vem com um sabor de congresso, seminário, encontro, debate, jornada de luta e festa de nossa gente.

Ousadamente aberto, crítico e anti-autoritário o I Congresso de Fortaleza desenvolverá uma reflexão à altura dos desafios de nossa época. Todos estamos sendo convidados(as) para esta iniciativa audaciosa. Com ela pretendemos ser capazes da verdadeira utopia.

Portanto, fortalezense, daqui pra novembro o espectro do sujeito da emancipação humana vai rondar nossa cidade. Com isso vamos compreender porque a pré-modernidade não teve sujeito. Dimensionaremos melhor porque a modernidade teve o capital como sujeito. E também porque a pós-modernidade quer negar o sujeito. Veremos que a superação da crise da atualidade passa por estas questões e suas respostas. Não só em Fortaleza, mas no Ceará, Brasil e mundo. Afinal, a crise atual colocou em jogo a capacidade de existência e funcionamento da sociedade humana.

E isto se torna ainda mais preocupante, na medida em que presenciamos, cristalinamente, que todos os(as) governantes dos estados

Os capitalistas e socialistas, todos os partidos políticos (da situação ou da oposição) com seus parlamentares e candidatos, cientistas políticos, marxistas acadêmicos, neoliberais, democratas e social-democratas, socialistas, comunistas e donos dos mercados, meios de comunicações e bolsas de valores de todo o mundo acabaram derrotados no enfrentamento da crise.

As armas que todos eles(as) utilizam são muito sofisticadas, mas tem um grave defeito – não tem gatilho. Como são portadores(as) desta cegueira, não conseguem debelar a catástrofe que nos ameaça. Com isso, a reflexão teórica vira farsa e o papel das oposições imanentes chega ao fim. Senão quisermos sucumbir, temos que enfrentar o desafio. Para começar, nossa vida não pode mais estar condicionada a uma concepção impotente frente à crise, a um sistema que faz regredir o ser humano.

Em seguida, temos que responder aos impasses da modernidade e da pós-modernidade expressos na crise atual, formulando uma concepção teórica capaz de superá-los. Em razão disso, a jornada de luta para dar um basta na vida como farsa e construir uma vida de gente, um movimento

que vem forjando uma teoria e prática inovadoras, convoca este evento. Entendemos que sua leitura,compreensão e realização estão também intimamente relacionadas com os preparativos do Acampamento da Emancipação Humana, com a sua permanência e com os desdobramentos de suas reivindicações.

Afinal, não foram apenas adversidades que enfrentamos nos 21 dias acampados(as) em frente ao Paço Municipal. Muito pelo contrário. Lá, além da resistência ao cerco policial, da solidariedade efetiva que recebemos, das novas relações humanas que construimos, dos esforços para tornar a nossa cidade mais racional e, com isso, mais apaixonante e das conquistas que arrancamos, pudemos dimensionar melhor as várias descobertas que fizemos em nossa longa caminhada.

A partir daí nossos olhares foram mais longe e passamos a compreender o porque do horror da nossa vida cotidiana, do funcionamento absurdo da sociedade atual, da mudança da vida humana em vida animalesca, ou seja, da transformação do ser humano em macaco, como resultado da negatividade oriunda do fato de que a economia submeteu a vida humana às suas próprias leis.

Uma demonstração inequívoca disso é que o desenvolvimento técnico ao tornar-se incompatível com a sociedade baseada no trabalho, mercadoria, valor de troca, mercado, estado, política e dinheiro expõe e clama pela necessidade de acabarmos com esta pré-história. Pois a crise atual não decorre, como as anteriores,das imperfeições do sistema produtor de mercadorias, mas sim, de seu pleno desenvolvimento.

Com sua permanença chegamos a um ponto em que a cega utilização dos meios materiais empregados não pode ir mais longe sem comprometer a vida humana e a natureza. Por causa disso, a vida ficou impossibilitada, até aqui, da sua plena realização. E isto não só no capitalismo mas também na sua modernização, o socialismo. A enorme acumulação de meios de que a sociedade dispõe não torna a vida mais rica, mais bela e mais humana e todos(as) nós queremos a vida mais rica, mais bela e mais humana.

Mas daqui decorre a feliz coincidência entre o desejo de transformação geral e a possibilidade global de sua realização completa. Fora disso, a impossibilidade. Nunca uma tal conjunção existiu na história da humanidade.Isto tem uma enorme implicação sobre o conjunto da vida humana, particularmente com a ruptura da subordinação de toda a vida à economia.

A economia, que alcançou progressos inimagináveis cobra, agora, o seu mais alto preço. Hoje, ameaça a existência e funcionamento da sociedade. Retira sua condição básica de existência humana. Nos conduz ao suicídio, ao lado de seus sistemas e de seus poderes dominantes. Barbárie ou emancipação humana, eis a questão!

Por isso, nenhuma mudança no interior da esfera da economia baseada na mercadoria, será vitoriosa frente à natureza da crise atual. Só conseguiremos desatar o nó da crise quando a própria economia for submetida ao controle consciente, auto-organizado e autodeterminado das pessoas humanas. Daqui virá o sujeito. Nas nossas mãos, corações e mentes, portanto, a emancipação humana. Nossa luta não deve, portanto, modernizar o capitalismo, tentando prolongar a sua existência, mas acabar com ele.

Antes não conseguiríamos isto. E de fato não conseguimos. Éramos sonhadores(as), enquanto o campo imanente ao sistema era imenso. Agora, os limites objetivos e absolutos do sistema produtor de mercadorias estão bem próximos. As fronteiras históricas do modo de produção capitalista foram alcançadas. Sem dúvida, este nosso sonho atual não só pode abrir a fresta da porta mas devassar o quarto proibido.

Cearense, o desafio e o convite estão colocados. Venha para este encontro Fortaleza. Participe de sua preparação. Convide seus familiares e amigos(as). Estamos diante de uma rara oportunidade para inaugurarmos um pensar, teórico e prático, capaz de conquistar a felicidade humana. Sem dúvida, você estará conosco para darmos um basta na vida como farsa e construirmos a emancipação humana. Um abraço.

Jornada de luta para dar um basta na vida como farsa e construir vida de gente

(Uma iniciativa do SINDIUTE, SINDIFORT, União das Comunidades, União das Mulheres Cearenses e Jornal Crítica Radical)

 

" A questão não é constatar que as pessoas vivem mais ou menos pobremente e sim, de uma maneira que lhes escapa"

(Guy Debord)

 

FORTALEZA DA FARSA OU DA EMANCIPAÇÃO HUMANA?

CONGRESSO, SEMINÁRIO, ENCONTRO, DEBATE, JORNADA DE LUTAS E FESTA.

27 de setembro (quinta-feira) • 15 horas • Praça do Ferreira
Lute, não para o espetáculo do fim do mundo mas para

o fim do mundo do espetáculo!

Contato: Av.Tristão Gonçalves, 358 - Fone: 212.0039