RAZÕES PARA SER CATÓLICO
* A igreja católica tem
como seu fundador o próprio Jesus Cristo (Mt 16, 18-19)
* A Igreja Católica é governada
segundo a forma bíblica:
Bispos: (Atos 20,28, flp 1,1, Tt 1,8)
Presbíteros = Anciãos: (Atos 15, 2-6,
21,18, 1 Pdr 5,1)
Diáconos: (Atos 6, 1-6)
* A Igreja Católica comprova a sua
autoridade com a sucessão apostólica.
* A Igreja Católica foi confirmada
por Deus e inaugurada para o mundo com a vinda do Espírito
Santo em Pentecostes (Atos 2).
* A Igreja Católica segue a
advertência bíblica contra as divisões, cismas e sectarismo
(Mt 12,25;16,18; Jo 10,16;17,20-23; Atos
4,32; Rom 13,13; 1 Cor 1,10-13; 3,3-4;10,17,11,18-
19;12,12-27;14,33....)
* A Igreja Católica está
fundamentada na autoridade da Bíblia (Hbr 4,12-13;
2Tm 3,16-17); da
Tradição,
isto é, o conteúdo da doutrina cristão vindo desde o começo do cristianismo
que
garante a continuidade da única e
mesma mensagem de Cristo (2Ts 2,15 consultar Bíblia de
Jerusalém e a versão protestante
João Ferreira de Almeida; 1Cor 11,2) e do Magistério,
isto
é, a palavra do Papa e dos Bispos
unidos a ele (Mt 16, 19; Lc 10,16).
* A Igreja católica recebeu a
missão de ensinar a verdade e cuidar da Sã doutrina (Mt 28,19-20
e Atos 2,42), e assim evitar o erro
das interpretações particulares que provocam discussões e
divisões. Ela é "coluna e
sustentáculo da verdade" (1 Tm 3,15)
* A Igreja Católica conservou
a Bíblia com todos os livros do Antigo Testamento (46 livros),
conforme o uso dos primeiros
cristãos e confirmado pelos Concílios regionais de Hipona (393)
Cartago III (397), Cartago IV (419) e
Trulos (692). E, quanto ao Novo Testamento, inspirada
por Deus, estabeleceu os 27 livros.
Foi ela também quem dividiu a Bíblia em Capítulos e
versículos para facilitar a sua
leitura.
* A Igreja Católica tem os
sete sinais da graça de Deus, Os Sacramentos:
Batismo (Mt 28, 19)
Crisma (Atos 8,18)
Eucaristia (Mt 26, 26-29)
Reconciliação ou confissão (Jo
20,23)
Matrimônio (Mt 19, 3-9)
Unção dos enfermos: (Tg 5, 13-15)
Ordem (instituído por Jesus durante
a última ceia, quando disse aos seus apóstolos na última
ceia: "Fazei isto em memória
de mim" (Lc 22,19)
* A Igreja católica acredita
que o batismo é necessário para receber a salvação (Mc 16,16),
o perdão dos pecados, o Espírito
Santo (Atos 2,38) e tornar-se membro da Igreja (atos 2,41).
* A Igreja católica continua a
conceder o sacramento da Crisma do mesmo modo como no
passado (Atos 8, 18), isto é, pelos
bispos, sucessores dos apóstolos.
* A Igreja católica crê na
presença real de Jesus na eucaristia (Jo 6,51.53-56). Ela vive fielmente
as palavras da última ceia: "Isto
é o meu corpo, que é dado por vós... Este Cálice é a Nova
Aliança em meu sangue, que é
derramado por vós" (Lc 22, 19.20).
* A Igreja católica mantém a
prática de dar uma nova oportunidade de perdão dos pecados
através do sacramento da penitência
ou confissão, conforme a vontade do seu fundador
(Jo 20,23).
* A Igreja Católica professa
ser o matrimônio indissolúvel, conforme o ensino de seu fundador
(Mt 19,3-9). E ao mesmo tempo tem
misericórdia e acolhe com amor aqueles (as) que passaram
pela dura experiência da
separação.
* A Igreja católica continua o
sacerdócio instituído por Jesus Cristo na última ceia (Lc 22,14-20),
e continuado desde a Igreja primitiva
(Atos 6,6; 14,22; 1 Tm 4,14; 2Tm 1,6) até os nossos dias.
* A Igreja continua a prática
da unção dos enfermos para pedir a cura para espírito, alma e
corpo, conforme ensino bíblico (Mc
6,13; 1Cor 12,9; Tg 5, 14-15) e a prática dos primeiros
Cristãos passada de geração em
geração até aos nossos dias.
* A Igreja Católica venera a
Virgem Maria conforme uma profecia bíblica (Lc 1,48) e a vontade
do próprio Jesus (Jo
19,25-27).
* A Igreja Católica professa
quatro verdades fundamentais sobre Maria:
1º - Ela é a mãe de Deus (Lc 1,43)
2º - Permaneceu virgem antes,
durante e depois de dar a luz ao Filho de Deus (Mt 1,16.18)
3º - Em vista do seu divino Filho
foi concebida sem pecado (Imaculada Conceição) (Lc 1,28)
4º - Terminado o seu tempo na terra
foi elevada ao céu em corpo e alma (Assunção)
(Ap 12,1-14)
* A Igreja Católica aceita a
autoridade dos Concílios Ecumênicos realizados desde o início
do Cristianismo (Atos 15), e no
decorrer dos séculos foram definindo a doutrina Cristã.
* A Igreja Católica crê na
doutrina bíblica:
Do céu (1Cor 2,9; Ap 21, 3-4),
Inferno (Mc 9,43-44)
Purgatório e no valor da oração
pelos mortos (2Mac 12,39-45); 1Cor 3,11-15; Tb 12,12;
1Cord 15,29; 2Tm 1,16-18).
* A Igreja Católica acredita
na eficácia da intercessão da Virgem Maria e dos Santos, conforme
me o testemunho apresentado pela
própria Escritura (Gn 18, 23-31; Ex 32, 11-14; Rom 1,9;
Tg 5,16), e o testemunho de Cristãos
que atribuem as graças alcançadas à intercessão dos
Santos.
* A Igreja Católica crê na
existência dos anjos, e também na eficácia do seu auxílio.
(Ex 23,20-23; Tb 3,25, Sl 90,11).
* A Igreja Católica acredita
que cada pessoa tem um anjo da guarda (Sl 33,8; Mt 18,10; Atos
12,15; Hbr 1,14).
CONCORDÂNCIA BÍBLICA
por: Carlos Ramalhete
A Verdade nos é dada a conhecer por Deus através da Escritura, interpretada
à luz da Tradição pelo Magistério.
O que é a Escritura?
- Escritura inspirada por Deus: At 1,16; Rm 1,2; 2Tm 3,16; 1Pd 1,10; 2 Pd
1,21.
- Chamadas "Palavra de Deus": 1Ts 2,13; Hb 4,12.
- Não estão completas: Jo 20,30-31; Jo 21,25; 2Ts 2,15.
- Propósito e uso das Sagradas Escrituras: Rm 15-4; 16,26; 1Cor 10,11;
2Tm3,15-17.
- Coisas difíceis de entender: 2Pd 3,16.
- Precisam de um intérprete: At 8,30-31; 2Pd 3,16.
- A Escritura não está sujeita a interpretação particular: 2 Pd
1,20-21.
O que é a Tradição?
- Tradição Oral: 2Ts 3,6; 2Tm 1,13; 1 Cor 11,2; Gl 1,14.
- Ensino oral e escrito: 2 Ts 2,15.
- Palavra de Deus ouvida: 1Ts 2,13.
- São Paulo não explica em carta por haver explicado oralmente: 2Ts
2,5-7.
- Depósito (paratheke): 1Tm 6,20; 2Tm 1,14.
- Transmissão do depósito:2Tm 2,2 (deposito - "parathou" em
grego).
O que é o Magistério?
- Primado de Pedro: Mt 16,18; Lc 22,31-32; Jo 1,42; 21,15-17.
- Jesus apareceu a Pedro, depois aos apóstolos, depois ao povo:
1Cor15,5-6.
- A Igreja é fundada sobre os apóstolos: Mt 16,18; Ef 2,20; Ap 21,14.
- São Paulo foi ter com Pedro antes de pregar: Gl 1,18.
- Funções dos Apóstolos: At 2,42; 4,35; 6,2; 15,6; 1Cor 3,9; 4,1;
11,23; 15,1; 2Cor 5,20; 6,1.
A Igreja
- Prevista no Antigo Testamento: Tb 13,11-18; Is 2,2-3; Br 5,3; Os
2,14-24; Mq 4,1-3.
- Chamada Igreja de Deus: 1Tm 3,15.
- Fundada pelo Cristo: Mt 16,18; 28,19; Mc 16,15; 1Cor 3,11; Ef 2,20; 1Pd
2,4-6.
- É o Corpo de Cristo: Rm 12,4; 1Cor 12,12; Ef 1,22-23; 5,22; Col 1,18.
- Cristo é a Cabeça da Igreja: Ef 1,22; 5,23; Col 1,18.
- Comprada pelo Sangue de Cristo: At 20,28; Ef 5,25; Hb 9,12.
- É eterna: Mt 16,18; 28,20.
- É visível: Mt 5,14; Mc 4,30-32; Ef 2,19-22.
- É infalível: Mt 16,18; 28,20; Mc 16,16; Lc 10,16; 1Tm 3,15.
- Autoridade da Igreja: Mt 16,18-19; 18,18; Jo 20,23.
- Membros chamados à santidade: 1Cor 1,2; Col 3,12.
- Membros bons e maus: Mt 13,41-48; 22,10.
- Crescimento da Igreja: At 2,41; 2,47; 5,14; 6,7; 11,24.
- Cristo é a Pedra Angular: Sl 118,22; Mt 21,42; Mc 12,10; Lc 20,17; At
4,11; Ef 2,20; 1Pd 2,4,7.
- Construída sobre os apóstolos: 1Cor 3,10; Ef 2,20; Ap 21,14.
Seitas
- Condenadas no AT: Num 14,1-38; 16,1-35.
- Um reino que jamais será destruído (a Igreja): Dan 2,44.
- Unidade da Igreja: Jo 11,51-52.
- Lobos cruéis com doutrinas perversas: At 20,29-30.
- Falsos profetas: Mt 7,15; 24,11; 2Pd 2,1.
- Falsos doutores: 2Pd 2,1-3.
- Falsos Cristos: Mt 24,24 = Mc 13,22.
- Semeadores de confusão: Gl 1,7-9.
- Evitar os que causam divisões: Rm 16,17-19.
- Quem causa divisões se condena: Tt 3,10-12; 2Pd 2,1.
- Homens não suportam a sã doutrina e querem fábulas: 2Tm 4,3-6.
- Prodígios feitos pela mão do capeta para afastar da Igreja: 2Ts
2,7-9; Mt 24,24 = Mc 13,22.
- Falsos apóstolos: 2Cor 11,13.
A Graça de Deus
- É um dom gratuito: Sl 84,11; Zc 12,10; Jo 1,16; 3,27; Rm 3,24;
4,2-5,16; 5,15-17; 9,14-18; 11,6; 1Cor 4,7; 1Pd 5,10.
- É dada através de Jesus: Jo 1,17; Rm 1,5; Gl 1,6; Ef 2,7; 1Tm 1,14;
2Tm 1,9.
- Jesus é Graça de Deus: Mt 21,37; Jo 3,16-17; Rm 3,24; 2Cor 8,9; Gl
4,4; Tit 2,11; Hb 2,11.
- A Graça de Deus nunca acaba: Rm 5,17; 2Cor 4,15; 9,8; Ef 1,7; 2,7; 1Tm
1,14.
- A Graça fortalece a nossa fé: At 4,33; 6,8; 14,3; 20,32; Rm 1,11;
16,25; 1Cor 1,7-8; 2Ts 2,16-17; 3,3.
- A Graça é necessária para a propagação da fé: At 18,27; Rm 1,5.
- A Graça nos prepara para a Vida Eterna: Rm 5,2; 6,23; Tt 1,2; 1Pd
1,13.
- Deus dá Sua Graça aos humildes: Pr 3,34; Tg 4,6; 1Pd 5,5; Lc 1,48.
- A Graça pede uma resposta: 1Cor 15,10; 2Cor 11,23; Ef 2,10; Fl
2,12-13.
- Pela Graça crescemos em conhecimento de Cristo: 2Pd 3,18.
- Maria é cheia de Graça: Lc 1,28.42.
- A Graça é mais abundante que o pecado: Rm 5,15.20; 6,1; 2Cor 12,9.
- A Graça pode ser perdida: Hb 12,15; Jd 4.
- Saudações em que se pede a Graça e a Paz: Rm 1,7; 1Cor 1,3; 2Cor
1,2; Gl 1,3; Ef 1,2; Fl 1,2; Col 1,2; 1Ts 1,1; 2Ts 1,2; Fm 3; 1Tm 1,2; 2Tm
1,2; Tt 1,4; Hb 13,25; E outros.
Comunhão dos Santos
- Unidade dos cristãos: Jo 15,5; Rm 12,4; 1Cor 6,12-20; 10,17; 12,4-27;
Ef 2,19; 5,30; Col 1,18.24; 2,19; 3,15.
- Orações pelos irmãos: Jr 15,1; At 12,5; Rm 15,30; 2Cor 13,7; Ef
6,18; Col 4,3 1Ts 5,25; 2Ts 3,1; Hb 13,18; Tg 5,16.
- Intercessão dos Santos: Tb 12,12; 2Mac 15,14; Ap 5,8; 8,4.
- Estamos rodeados de Santos: Hb 12,1.
- Santos estão no Céu: 1Ts 3,13; Hb 11,40; 12,23; 1Pd 3,19; Ap 6,9.
- Milagres devidos a relíquias de Santos: At 5,15; 19,11-12.
- Somos todos chamados à santidade: Ef 1,4-6,12,14.
Nossa Senhora
- Predita no AT: Is 7,14; Mq 5,2-3.
- Concebida sem pecado: Gn 3,15; Lc 1,28.
- Virgem: Is 7,14; Mt 1,18-25; Lc 1,27.34.
- Manteve a Virgindade: - tipificada em Ez 44,2 - Lc 1,34.
- Mãe de Deus: Is 9,6; Mt 1,23; Lc 1,32,35,43; 2,11; Gl 4,4.
- Altamente abençoada: Lc 1,28,48.
- Haveria de sofrer tristezas terríveis: Lm 1,12; Lc 2,34-35,48; Jo
19,25.
- Meditou nas palavras de Jesus: Lc 2,5.
- Meditou sobre os acontecimentos na vida de Jesus: Lc 2,19.
- Pediu que Jesus fizesse seu primeiro milagre: Jo 2,1-12.
- Pede que façamos o que Ele nos ordenar: Jo 2,5.
- Dada para nós como Nossa Mãe: Jo 19,25-27.
- Devotada à oração: At 1,14.
"Irmãos" do Senhor
- Irmão é qualquer parente: Gn 13,8; Gn 31,23 1Cr 23,21-23; 1Cr 15,5;
2Cr 36,10; 2Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,39.
- Podem ser realmente muitos:
- 690 irmãos - 1Cr 9,6;
- 956 irmãos - 1Cr 9,9;
- 1760 irmãos - 1Cr 9,13;
- 3000 irmãos - 1Cr 12,30;
- 120 irmãos - 1Cr 15,5;
- 220 irmãos - 1Cr 15,6;
- 130 irmãos - 1Cr 15,7;
- 200 irmãos - 1Cr 15,8;
- 80 irmãos - 1Cr 15,9;
- 112 irmãos - 1Cr 15,10;
- 68 irmãos - 1Cr 16,38...
Maria confiada a João (e não a outro filho): Jo 19,25-27...
Jesus é O filho de Maria: Mc 6,3 (sem artigo na tradução
protestante!).
Atitude autoritária dos "irmãos": Mc 3,21-35; Jo 7,2-5.
Jesus aos doze anos viaja apenas com os pais (não há irmãos): Lc
2,41-52.
Imagens
- Proibida a adoração de imagens: Ex 20,5.
- Imagens de querubins: Ex 25,18-20.
- Imagem de serpente: Nm 21,8-9.
- Imagens variadas para enfeitar o Templo: 1Rs 6,23-35; 1Rs 7,29.
Os Sacramentos
- Batismo
- Figurado no AT: Ez 36,25; (Cf.) 1Pd 3,20-21.
- Batismo preparatório de São João Batista: Mc 1,4,8; At 1,5; 11,16;
19,4.
- Ministrado pelos discípulos: Jo 4,2.
- No nome de Jesus: At 2,38; 8,16; 10,48; 19,5; Ap 14,1; 22,4.
- Trinitário: Mt 28,19.
- Para toda a humanidade: Mt 28,19; Mc 16,15-16; Lc 24,47; At 2,38.
- Batizados em Cristo: 1Cor 12,13; Gl 3,27.
- Batizados na morte de Cristo: Rm 6,3.
- Batizados para a nova vida: Rm 6,4; Tt 3,5.
- Na água e no Espírito: Jo 3,5; Ef 5,26; Tt 3,5.
- Apenas um batismo: Ef 4,5.
- Israelitas batizados no mar (não imersos): 1Cor 10,2.
- Famílias batizadas (crianças e adultos): At 16,33; At 16,14-15;
1Cor 1,16.
- Necessidade do Batismo: Mc 16,16; Jo 3,5.
- Para a nossa redenção: 1Jo 5,6.
- Para a nossa santificação: 1Cor 6,11; Ef 5,26.
- Para a nossa justificação: 1Cor 6,11.
- Nossa garantia da ressurreição: Rm 6,3-5; 1Cor 15,29.
- Dádiva gratuita de Deus: Tt 3,5.
- Crisma
- Tornar-se templo do Espírito: Jo 14,17; At 2,4; 10,44.
- Prometido por Cristo: Jo 14,16.26; 15,26.
- Conferido pela imposição das mãos: At 8,17; 19,6.
- Não é a mesma coisa que o batismo: At 8,15.
- Recebido antes do batismo: At 10,44.
- Recebido após o batismo: At 2,38; 8,14-17; 19,5-6.
- Confissão
- Deus perdoa os pecados: Mc 2,7; Lc 5,21.
- Cristo tem o poder de perdoar pecados: Mt 9,6; Mc 2,10; Lc 5,24; Col
3,13.
- Confissão instituída por Cristo: Jo 20,22-23.
- Perdão através de Cristo: 2Cor 2,10.
- Reconcilia com Cristo: 2Cor 5,18.
- Reconciliação que vem de Cristo: Rm 5,11; Col 1,20; Hb 1,3.
- Poder delegado por Cristo: Jo 20,23; 2Cor 5,18.
- Graus do pecado: 1Jo 5,16.
- Reparação dos pecados (purgatório):
- Pagar até o último centavo: Mt 5,25.
- Salvar-se como que através do fogo: 1Cor 3,10-15.
- Sacrifícios pelo descanso da alma dos falecidos: 2Mc 12,39-45.
- Davi perdeu o filho do adultério: 2Sm 12,13.
- Profeta Joel exige jejum além da conversão: Jl 2,12-14.
- Tobit ensina que esmola liberta da morte e pecado: Tb 4,11-13.
- Daniel diz o mesmo ao rei: Dn 2,24.
- Moisés não pôde entrar na terra prometida: Nm 20,12-14;
27,12-14; Dt 34,4.
- Eucaristia
- Chamada Ceia do Senhor: 1Cor 11,20.
- Chamada Ágape: Jd 12.
- Chamada a Partilha do Pão: At 2,42; 2,46; 20,7; 20,11; 1Cor 10,16;
11,23-25.
- Prometida por Cristo: Jo 6,27-59.
- Jesus é o Pão da vida: Jo 6,35.41.48.51.
- Necessária para a Salvação: Jo 6,53.
- Verdadeira bebida e verdadeira comida: Jo 6,55.
- Instituída por Cristo: Mt 26,26-29; Mc 14,22; Lc 22,15-20; 1Cor
11,23-25.
- Cristo está realmente presente: Mt 26,26; Mc 14,22; Lc 22,19; Jo
6,35,41,51-58; 1Cor 11,25-29.
- Comemoração do Calvário: Mt 26,28; Lc 22,19-20; 1Cor 10,16;
11,25-26.
- Unindo-nos a Cristo: At 2,42; Rm 12,5; 1Cor 10,17.
- Pode ser recebida apenas uma das espécies: Lc 24,30; Jo 6,51.57-58;
At 20,7; 1Cor 10,17; 11,27.
- Fonte da vida eterna: Jo 6,27.33.50.51.58; (Cf.) 1Cor 11,30.
- Unção dos Enfermos
- Óleo usado para a Unção dos Enfermos: Mc 6,13; Tg 5,14.
- Recebido com prece: Tg 5,15.
- No nome de Deus: Tg 5,14.
- Perdoa pecados: Tg 5,15.
- Restaura a saúde: Mc 6,13; Tg 5,15.
- Ordem
- Deveres e funções dos sacerdotes do AT (Aaronitas): Dt 33,7-11.
- Sacerdócio de Melquisedeque superior ao de Aarão: Hb 7,1-17;
8,1-13.
- Melquisedeque figura de Cristo: Sl 110,4; Hb 5,6.10; 6,20.
- Perfeito sacerdócio de Cristo: Hb 3,1-4; 7,27; 8,4-6; 9,12-14.25;
10,5.
- Chamado dos Apóstolos: Mt 10,1; 16,16-19; Lc 6,13.22,32; Jo
21,15-17.
- Consagração dos Apóstolos: Jo 20,22.
- Envio dos Apóstolos: Mt 28,19; Mc 16,15; Lc 24,47; Jo 20,21.
- Transmissão do sacerdócio: 1Tm 4,14; 5,22; 2Tm 1,6; Tt 1,5.
- Funções dos sacerdotes: Mt 28,19; Jo 20,23; 1Cor 11,24; Tg 5,14.
- Graus de Autoridade: 1Cor 12,28; Ef 4,11; 1Ts 5,12; Tg 3,1.
- Sacerdócio comum aos leigos: Ef 2,19-20; 1Pd 2,5.9.
- Oração por vocações sacerdotais: Mt 9,37-38; Lc 10,2.
- Apóstolos que não S. Paulo e os 12: Rm 16,7.
- Matrimônio
- Ordenado por Deus: Gn 1,28; 2,18; Tb 8,5-7; Mt 19,6.
- Comparado à união de Cristo e a Igreja: Ef 5,21-23.
- Dois em uma só carne: Gn 2,23-24; Mt 19,3-6; Ef 5,31.
- Casais devem respeitar-se: 1Cor 7,4; Ef 5,21-25.33; Col 3,18-19.
- União é sagrada: 1Cor 7,13-14; Ef 5,25-26.
- Para a procriação de filhos: Gn 1,28.
- A continência por pequenos períodos é boa: 1Cor 7,1-5.
- Crianças são bênção de Deus: Gen 24,60; 30,1-3; Sl 127,3; 1Sam
1,6; Lc 1,25.
- Divórcio proibido: Mt 5,32; 19,9; Mc 10,2-12; Lc 16,18; 1Cor 7,10.
- Morte dissolve matrimônio: Rm 7,2; 1Cor 7,39.
- Celibato é chamado mais alto: Mt 19,12; 1Cor 7,8.25.38.
Santificação do Domingo
- Ressurreição: Mt 28,1; Mc 16,2; 16,9; Lc 24,1; Jo 20,1.
- No domingo Jesus aparece aos discípulos: Jo 20,19.
- Reunião dos Apóstolos neste dia: At 20,7; 1Cor 16,2.
- Dia do Senhor: Ap 1,10.
- Que ninguém vos aborreça por questões de sábados: Col 2,16.
POR QUE NÃO SOU PROTESTANTE?
Fonte: "Lumen Christi"
São sete as razões principais pelas quais não sou protestante:
- Somente a Bíblia...
Os protestantes afirmam que seguem a Bíblia como norma de fé. Acontece,
porém, que a Bíblia utilizada por todos os protestantes é uma só; em
português, vem a ser a tradução de Ferreira de Almeida. Por que então não
concordam entre si no tocante a pontos importantes (ver nº 2 adiante)? E
por que não constituem uma só comunidade cristã, em vez de serem centenas
e centenas de denominações separadas (e até hostis) entre si?
A razão disto é que, além da Bíblia, seguem outra fonte de fé e
disciplina... fonte esta que explica as divergências do Protestantismo.
Tal fonte, chamamo-la Tradição oral; é esta que dá vida e atualidade
à letra do texto. A tradição oral do Catolicismo começa com Cristo e os
Apóstolos, ao passo que as tradições orais dos protestantes começam com
Lutero (1517), Calvino (1541), Knox (1567), Wesley (1739), Joseph Smith
(1830)...
Entre Cristo e os Apóstolos, de um lado, e os fundadores humanos das
denominações protestantes, do outro lado, não há como hesitar: só se
pode optar pelos ensinamentos de Cristo e dos Apóstolos, deixando de lado
os "profetas" posteriores.
Notemos que o próprio texto da Bíblia recomenda a Tradição oral, ou
seja, a Palavra de Deus que não foi consignada na Bíblia e que deve ser
respeitada como norma de fé. Os autores sagrados não tiveram, em vista
expor todos os ensinamentos de Jesus, como eles mesmos dizem:
- "Há ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se elas fossem
escritas, uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os
livros que se teriam de escrever" (Jo 21,25, cf. 1 Ts 2,15).
- "Muitos outros prodígios fez ainda Jesus na presença dos
discípulos, os quais não estão escritos neste livro. Estes, porém,
foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome" (Jo
20,30s).
São Paulo, por sua vez, recomenda os ensinamentos que de viva voz nos foram
transmitidos por Jesus e passam de geração a geração no seio da Igreja,
sem estarem escritos na Bíblia:
- "Sei em quem acreditei.. Toma por norma as sãs palavras que
ouviste de mim na fé e no amor do Cristo Jesus. Guarda o bom depósito
com o auxílio do Espírito Santo que habita em nós" (2Tm 1,
12-14).
Neste texto vê-se que o depósito é a doutrina que São Paulo fez ouvir a
Timóteo, e que Paulo, por sua vez, recebeu de Cristo. Tal é a linha pela
qual passa o depósito:
Cristo -> Paulo -> Timóteo
A linha continua... conforme 2Tm 2,2:
- "O que ouviste de mim em presença de muitas testemunhas,
confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de o ensinar ainda a
outros".
Temos então a seguinte sucessão de portadores e transmissores da Palavra:
O Pai -> Cristo -> Paulo (Os Apóstolos) -> Timóteo
(Os Discípulos imediatos dos Apóstolos) -> Os Fiéis -> Os outros Fiéis
Desta forma a Escritura mesma atesta a existência de autênticas proposições
de Cristo a ser transmitidas por via meramente oral de geração a geração,
sem que os cristãos tenham o direito de as menosprezar ou retocar. A Igreja
é a guardiã fiel dessa Palavra de Deus oral e escrita.
Dirão: mas tudo o que é humano se deteriora e estraga. Por isto a
Igreja deve ter deteriorado e deturpado a palavra de Deus; quem garante que
esta ficou intacta através de vinte séculos na Igreja Católica?
Quem o garante é o próprio Cristo, que prometeu sua assistência infalível
a Pedro e as luzes do Espírito Santo a todos os seus Apóstolos ou à sua
Igreja; ver Mt 16, 16-18; Lc 22,31s; Jo 21,15-17; Jo 14, 26; 16,13-15.
Não teria sentido o sacrifício de Cristo na Cruz se a mensagem pregada
por Jesus fosse entregue ao léu ou às opiniões subjetivas dos homens, sem
garantia de fidelidade através dos séculos. Jesus não pode ter deixado de
instituir o magistério da sua Igreja com garantia de inerrância.
- Contradições
0 fato de que não seguem somente a Bíblia, explica as contradições do
Protestantismo:
- Algumas denominações batizam crianças; outras não as batizam;
- Algumas observam o domingo; outras, o sábado;
- Algumas têm bispos; outras não os têm;
- Algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria
congregação (congregacionalistas);
- Algumas fazem cálculos precisos para definir a data do fim do mundo -
o que para elas é essencial. Outras não se preocupam com isto.
Vê-se assim que a Mensagem Bíblica é relida e reinterpretada diversamente
pelos diversos fundadores dos ramos protestantes, que desta maneira dão
origem a tradições diferentes e decisivas.
Ademais, todos os protestantes dizem que a Bíblia contém 39 livros do
Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento, baseando-se não na Bíblia mesma
(que não define o seu catálogo), mas unicamente na Tradição oral dos
judeus de Jâmnia reunidos em Sínodo no ano 100 d.C.;
Todos os protestantes afirmam que tais livros são inspirados por Deus,
baseando-se não na Bíblia (que não o diz), mas unicamente na Tradição
oral.
Onde está, pois, a coerência dos protestantes?
Pelo seu modo de proceder, afirmam o que negam com os lábios; reconhecem
que a Bíblia não basta como fonte de fé. É a Tradição oral que entrega
e credencia a Bíblia.
- Afinal a Bíblia... Sim ou Não?
Há passagens da Bíblia que os fundadores do Protestantismo no século
XVI não aceitaram como tais; por isto são desviadas do seu destino
original muito evidente:
- A Eucaristia... Jesus disse claramente: "Isto é o meu
corpo" (Mt 26,26) e "Isto é o meu sangue" (Mt
26,28).
Em Jo 6,51 Jesus também afirma: "O pão que eu darei, é a
minha carne para o mundo". Aos judeus que zombavam, o Senhor
tornou a afirmar: "Em verdade, em verdade vos digo: se não
comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não
tereis a vida em vós. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, tem a
vida eterna eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é
verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeiramente uma
bebida".
Apesar disto, os protestantes não aceitam o sacramento do perdão e
da reconciliação! (Jo 21,17).
Se assim é, por que é que "os seguidores da Bíblia" não
aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrados?
- Jesus disse ao Apóstolo Pedro: "Tu és Pedro (Kepha) e sobre
esta Pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18).
Disse mais a Pedro: "Simão, Simão... eu roguei por ti, a
fim de que tua fé não desfaleça. E tu, voltando-te, confirma teus irmãos"
(Lc 22,31s).
Ainda a Pedro: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo
21,15).
Apesar de tão explícitas palavras de Jesus, os protestantes não
reconhecem o primado de Pedro! Por que será?
- Jesus entregou aos Apóstolos a faculdade de perdoar ou não perdoar
os pecados - o que supõe a confissão dos mesmos para que o ministro
possa discernir e agir em nome de Jesus:
"Recebei o Espiríto Santo. Àqueles a quem perdoardes os
pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não os perdoardes, não
serão perdoados" (Jo 20,22s).
- Jesus disse que edificaria a sua Igreja ("a minha Igreja",
Mt 16,18) sobre Pedro. As denominações protestantes são constituídas
sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley... Antes desses fundadores, que são
dos séculos XVI e seguintes, não existia o Luteranismo, o Calvinismo
(presbiterianismo), o Metodismo, o Mormonismo, o Adventismo... Entre
Cristo e estas denominações há um hiato... Somente a Igreja Católica
remonta até Cristo.
- 0 Apóstolo São Paulo, referindo-se ao seu elevado entendimento da
mensagem cristã, recomenda a vida una ou indivisa para homens e
mulheres:
"Dou um conselho como homem que, pela misericórdia do
Senhor, é digno de confiança... 0 tempo se fez curto. Resta, pois, que
aqueles que têm esposa, sejam como se não a tivessem; aqueles que
choram, como se não chorassem; aqueles que se regozijam, como se não
se regozijassem; aqueles que compram, como se não possuíssem; aqueles
que usam deste mundo, como se não usassem plenamente. Pois passa a
figura deste mundo. Eu quisera que estivésseis isentos de preocupações.
Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar ao
Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar
à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a
virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de
espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como
agradar ao marido" (1Cor 7,25-34).
Ora os protestantes nunca citam tal texto quando se referem ao
celibato e à virgindade consagrada a Deus. É estranho, dado que eles
querem em tudo seguir a Bíblia.
- Esfacelamento
Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos tempos
(cf. Mt 28,20); prometeu também aos Apóstolos o dom do Espírito Santo
para que aprofundassem a mensagem do Evangelho (cf. Jo 14,26; 16,13s).
Não obstante, os protestantes se afastam da Igreja assim assistida por
Cristo e pelo Espírito Santo para fundar novas "igrejas". São
instituições meramente humanas, que se vão dividindo, subdividindo e
esfacelando cada vez mais; empobrecem e pulverizam sempre mais a mensagem do
Evangelho, reduzindo-a:
- Ora a sistema de curas (curandeirismo), milagre serviço ao homem
(Casa da Bênção, Igreja Socorrista, Ciência Cristã...);
- Ora a um retorno ao Antigo Testamento, com empalidecimento do Novo;
assim os ramos adventistas...;
- Ora a um prelúdio de nova "revelação", que já não é
cristã. Tal é o caso dos Mórmons; tal é o caso das Testemunhas de
Jeová, que negam a Divindade de Cristo, a SS. Trindade e toda a concepção
cristã de história.
- Deterioração da Bíblia
0 fato de só quererem seguir a Bíblia (que na realidade é inseparável
de Tradição oral, que a berçou e a acompanha), tem como conseqüência o
subjetivismo dos intérpretes protestantes. Alguns entram pelos caminhos do
racionalismo e vêm a ser os mais ousados dilapidadores ou roedores das
Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...).
Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos
expressionismos próprios dos antigos semitas, o que distorce, de outro
modo, a genuína mensagem bíblica.
Isto acontece, porque faltam ao Protestantismo os critérios da Tradição
("o que sempre, em toda a parte e por todos os fiéis foi
professado"), critérios estes que o magistério da Igreja,
assistido pelo Espírito Santo, propõe aos fiéis e estudiosos, a fim de
que não se desviem do reto entendimento do texto sagrado.
- Mal-Entendidos
Quem lê um folheto protestante dirigido contra as práticas da Igreja
Católica (veneração, não adoração das imagens, da Virgem Santíssima,
celibato...), lamenta o baixo nível das argumentações: são imprecisas,
vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações;
não raro baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos.
As dificuldades assim levantadas pelos protestantes dissipam-se desde que
se estudem com mais precisão a Bíblia e as antigas tradições do
Cristianismo. Vê-se então que as expressões da fé e do culto da Igreja
Católica não são senão o desabrochamento homogêneo das virtualidades do
Evangelho; sob a ação do Espírito Santo, o grão de mostarda trazido por
Cristo à terra tornou-se grande árvore, sem perder a sua identidade (cf.
Mt 13,31 s); vida é desdobramento de potencialidades homogêneo. Seria
falso querer fazer disso um argumento contra a autenticidade do Catolicismo.
Está claro que houve e pode haver aberrações; estas, porém, não são
padrão para se julgar a índole própria do Catolicismo.
A dificuldade básica no diálogo entre católicos e protestantes está
nos critérios da fé. Donde deve o cristão haurir as proposições da fé:
da Bíblia só ou da Bíblia e da Tradição oral?
Se alguém aceita a Bíblia dentro da Tradição oral, que lhe é
anterior, a berçou e a acompanha, não tem problema para aceitar tudo que a
Palavra de Deus ensina na Igreja Católica, à qual Cristo prometeu sua
assistência infalível.
Mas, se o cristão não aceita a Palavra de Deus na sua totalidade oral e
escrita, ficando apenas com a escrita (Bíblia), já não tem critérios
objetivos para interpretar a Bíblia; cada qual dá à Escritura o sentido
que ele julga dever dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais
a Mensagem Revelada. A letra como tal é morta; é a Palavra viva que dá o
sentido adequado a um texto escrito.
- Menosprezo da Igreja
Jesus fundou sua Igreja e a entregou a Pedro e seus sucessores. Sim, Ele
disse ao Apóstolo:
"Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as
portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do
Reino dos céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que
desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16,18s).
Notemos: Jesus se refere à sua Igreja (Ele só tem uma Igreja) e Ele a
entregou a Pedro... A Pedro e a seus sucessores, pois Pedro é o fundamento
visível ("sobre essa pedra edificarei..."); ora, se o edifício
deve ser para sempre inabalável, o fundamento há de ser para sempre
duradouro; esse fundamento sólido não desapareceu com a morte de Pedro,
mas se prolonga nos sucessores de Pedro, os Papas.
Ora, Lutero e seus discípulos desprezaram a Igreja fundada por Jesus, e
fundaram (como até hoje ainda fundam) suas "igrejas". Em conseqüência,
cada "igreja" protestante é uma sociedade meramente humana, que já
não tem a garantia da assistência infalível de Jesus e do Espírito
Santo, porque se separou do tronco original.
A experiência mostra como essas "igrejas" se contradizem e
ramificam em virtude de discórdias e interpretações bíblicas pessoais
dos seus fundadores; predomina aí o "eu acho" dos homens ou de
cada "profeta" de denominação protestante.
Mas... as falhas humanas da Igreja não são empecilho para crer?
Em resposta devemos dizer que o mistério básico do Cristianismo é o da
Encarnação; Deus assumiu a natureza humana, deixou-se desfigurar por açoites,
escarros e crucificação, mas desta maneira quis salvar os homens. Este
mistério se prolonga na Igreja, que São Paulo chama "o Corpo de
Cristo" (Cl 1,24; 1Cor 12,27). A Igreja é humana; por isto traz as
marcas da fragilidade humana de seus filhos, mas é também divina; é o
Cristo prolongado; por isto os erros dos homens da Igreja não conseguem destruí-la;
são, antes, o sinal de que é Deus quem vive na Igreja e a sustenta.
Numa palavra, o cristão há de dizer com São Paulo: "A Igreja
é minha mãe" (cf. Gl 4,26). Ao que São Cipriano de Cartago
(+258) fazia eco, dizendo: "Não pode ter Deus por Pai quem não tem
a Igreja por Mãe" ("Sobre a Unidade de Igreja", cap. 4).
Conclusão
A grande razão pela qual o Protestantismo se torna inaceitável ao cristão
que reflete, é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de
referenciais objetivos e seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (cf.
Jo 14,26; 16,13s), é o principal ponto fraco ou o calcanhar de Aquiles do
Protestantismo. Disto se segue a divisão do mesmo em centenas de denominações
diversas, cada qual com suas doutrinas e práticas, às vezes contraditórias ou
mesmo hostis entre si.
0 Protestantismo assim se afasta cada vez mais da Bíblia e das raízes do
Cristianismo (paradoxo!), levado pelo fervor subjetivo dos seus
"profetas", que apresentam um curandeirismo barato (por vezes, caro!)
ou um profetismo fantasioso ou ainda um retorno ao Antigo Testamento com
menosprezo do Novo.
Esta diluição do Protestantismo e a perda dos valores típicos do
Cristianismo estão na lógica do principal fundador, Martinho Lutero, que
apregoava o livre exame de Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes
exclusivas da inspiração subjetiva de cada crente; cada qual tira das
Escrituras "o que bem lhe parece ou lhe apraz"!
A NECESSIDADE DA TRADIÇÃO
E DO SAGRADO MAGISTÉRIO
Autores: Udson Rubens Correia
Débora Formigoni Correia
A Igreja Católica, desde os tempos apostólicos ensina que além da Sagrada
Escritura, também é necessário para a formação doutrinal e moral da Igreja,
a Sagrada Tradição (compreendendo aí os ensinamentos dos apóstolos e dos
primeiros cristãos) e o Sagrado Magistério (compreendendo o que os Concílios,
o Bispo de Roma em particular, e em comunhão com ele todos os Bispos definem e
ensinam como verdades de fé e moral).
Tal tríade abençoada (Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado
Magistério) foram e são os responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção
de toda a doutrina católica nestes vinte séculos de história cristã.
O Protestantismo nega tanto a Tradição quanto o Magistério legitimamente
instituído por Jesus Cristo. Para eles, a única regra é a Sola Scriptura (ou
seja, somente a Bíblia e nada mais do que ela é regra de fé e de moral)
interpretada livremente por qualquer pessoa (método do livre exame). Eis
Martinho Lutero a dizê-lo sem rodeios: "a todos os cristãos e a cada um
em particular pertence conhecer e julgar a doutrina. Anátema a quem lhe tocar
um fio deste direito" (Conforme D. M. Luthers, Werke, Kritische
Gesamtausgabe. Weimar, X. 2 Abt., p. 217, 1883 ss). Como se dissesse a cada um
de seus seguidores: "Eia pois, valoroso cristão! Tu és mestre de ti
mesmo. Despreza tudo o que os primeiros cristãos, os Bispos e os Concílios
definiram como verdade. Toma tu a Bíblia, senta em tua saleta e defina tu mesmo
o teu cristianismo!"
Procuraremos demonstrar - se Deus o consentir - que ao abandonar tanto a
Sagrada Tradição quanto o Sagrado Magistério, o protestantismo provocou
inadvertidamente sua própria dissolução doutrinária e orgânica. E hoje,
infelizmente, sob o elástico nome de "protestantismo" se abrigam
milhares e milhares de seitas doutrinariamente e disciplinadamente discordantes
entre si, causando um flagrante escândalo à causa ecumênica e ao desejo
expresso de Jesus Cristo: "Para que todos sejam um (...) e o mundo creia
que Tu me enviaste" (Jo 17,20-21).
Com efeito, sabemos, a própria Bíblia não caiu pronta dos céus. Quem
definiu que cada um dos livros que compõem a Sagrada Escritura era de inspiração
Divina foi o Espírito Santo agindo através da Tradição e do Magistério Católico.
Isto são fatos históricos! Quem definiu o cânon completo, tanto do Antigo
quanto do Novo Testamento, foi o Espírito Santo através da Tradição e do
Magistério. Quem definiu que o Novo Testamento e o Velho fosse enfeixado em um
único volume dando portanto igual valor entre os dois Testamentos foi a Tradição
e o Magistério. Do que viveu a Igreja católica primitiva, durante os primeiros
anos de pregação, quando o Novo Testamento ainda não havia sido escrito?
Sobreviveu pela Tradição e pelo Magistério!
A própria Bíblia dá testemunho interno da necessidade de uma Tradição e
de um Magistério vivo, para interpretá-la e ensiná-la. Transcrevo sobre isto,
o magnífico comentário de pe. Leonel Franca: "(a própria Bíblia)
inculca a necessidade do ensino vivo, a importância de conservar a tradição,
a insuficiência das Escrituras, que segundo afirma São João, não encerra
tudo o que ensinou o Salvador (Jo 21,25). Jesus Cristo nunca mandou aos seus
discípulos que folheassem um livro para achar a sua doutrina; mandou pelo contrário
aos fiéis, que ouvissem aos que Ele mandara pregar: 'quem vos ouve, a mim ouve;
se alguém não ouvir a Igreja, seja considerado como infiel e publicano', isto
é, não pertencente a minha Igreja: 'se alguém não vos receber nem ouvir
vossas palavras, saindo da casa ou da cidade sacudi até o pó dos sapatos';
'Pai oro não só por estes (Apóstolos) mas por todos os que hão de crer em
mim mediante a sua palavra, a fim de que sejam todos uma coisa só'. Foi Jesus
ainda quem prometeu o seu Espírito de Verdade, a sua assistência espiritual,
todos os dias, até a consumação dos séculos, para que os apóstolos vivendo
moralmente em seus sucessores (os bispos) continuassem até o final dos tempos a
ensinar sempre tudo o que Ele nos mandou. Eis, meus caros leitores, o que diz a
Bíblia" (Franca, pe. Leonel, I.R.C., 1958, pg.216-7).
Quando se fala de Magistério, evidentemente se fala do magistério legítimo,
constituído por Jesus Cristo, o qual prometeu assistência especial e infalível
até o final dos tempos: "Recebei o Espírito Santo (...) Eu estarei
convosco até o final do tempos". Hoje, qualquer papalvo se atribui a si
mesmo o título de "bispo" e sai por aí a fundar seitas e pregar
doutrinas. Evidentemente este não é um magistério legítimo. O indivíduo que
a si mesmo se premia com o título de "bispo", nada mais é que um
mentiroso sacrílego.
Os próprios apóstolos ensinaram à exaustão a respeito da necessidade da
Sagrada Tradição e do Magistério legitimamente constituído. Vejamos S. João
em suas últimas duas epístolas dizer expressamente que não quis confiar tudo
por escrito, mas havia outras coisas que comunicaria à viva voz (2Jo 1,12; 3Jo
1,14). O apóstolo São Paulo, inculca fortemente a necessidade de uma tradição
e um magistério vivo: "Estais firmes, irmãos e conservai as tradições
que aprendestes ou de viva voz..." (2Tes 2,15); "que vos aparteis de
todos os que andam em desordens e não segundo a tradição que receberam de nós"(2Tes
3,6); "O que de mim ouvistes por muitas testemunhas, ensina-o a homens fiéis
que se tornem idôneos para ensinar aos outros"(2Tim 2,2). A Igreja fundada
por Cristo, portanto, seria ela "a coluna e o firmamento da verdade"
(1Tim 3,15). A Igreja fundada por Cristo portanto é maior que a Sagrada
Escritura. Pois a Igreja é quem a escreveu, a definiu, a interpreta e a ensina.
Os primeiros cristãos seguindo os ensinamentos dos apóstolos e já de posse da
Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério, nem pensam ser a Bíblia a única
regra de fé. Aqui, por falta de espaço, vamos respigar apenas algumas citações
da vasta seara dos testemunhos primitivos:
- "Advertia, antes de tudo, as igrejas das diversas cidades, evitassem,
sobre todas as coisas, as heresias que começavam então a se alastrar e
exortava-as a se aterem tenazmente à tradição dos apóstolos" (Eusébio
resumindo o ensino de S. Inácio de Antioquia, martirizado no ano 107 DC cf.
Euséb., Hist. Eccles., III, 36 / MG, 20, 287);
- "Antes exortei-vos a vos conservardes unânimes na doutrina de Deus,
pois Jesus Cristo nossa vida inseparável, é a doutrina do Pai, como a
doutrina de Jesus Cristo são os bispos constituídos nas diversas regiões
da terra" (clara alusão ao Sagrado Magistério) (S. Inácio, + 107 DC
in Ad Ephesios, 3-4);
- "Sob Clemente, havendo nascido forte discórdia entre os irmãos de
Corinto, a Igreja de Roma escreveu-lhes uma carta enérgica, exortando-os à
paz, reparando-lhes a fé, e anunciando-lhes a tradição que havia pouco
tinham recebido dos apóstolos" (S. Irineu, martirizado em 202 DC in
Contra as Heresias III, c.3,n.3);
- "Aí está claro, a quantos querem ver a verdade, a tradição dos apóstolos,
manifesta em toda a Igreja disseminada pelo mundo inteiro..." (S.
Irineu mártir in contra as heresias III, 3, 1);
- "Não devemos buscar nos outros a verdade que é fácil receber da
Igreja, pois os apóstolos a mãos cheias, versaram nela, como em riquíssimo
depósito, toda a verdade...Este é o caminho da vida" (Idem, In Contra
as heresias III, 4, 1);
- "E se os apóstolos não nos houvessem deixado as Escrituras, não
cumpria seguir a ordem da Tradição por eles ensinada aos a quem confiavam
à sua Igreja?" ( Idem, In contra as heresias III, 4,1);
- "De nada vale as discussões das Escrituras. A heresia não aceita
alguns de seus livros, e se os aceita, corrompe-lhes a integridade,
adulterando-os com interpolações e mutilações ao sabor de suas idéias,
e se, algumas vezes admitem a Escritura inteira, pervertem-lhe o sentido com
interpretações fantásticas..." (Tertuliano séc III In De
Praescriptionibus., c. 19 / ML, II,31).
Na mesma obra assevera que onde estiver a verdadeira Igreja, "aí se
achará a verdade das Escrituras, da sua interpretação e de todas as tradições
cristãs" ( Idem, De Praescript., c. 19 ML, II, 31).
Jesus Cristo, instituiu para sua Única Igreja, um Magistério verdadeiro, pois
disse à Pedro: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do
inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus;
tudo o que ligares na terra será ligado nos céus..." (Mt 16,18-19), e em
outro lugar "Eu estarei convosco até o final dos tempos". Para os católicos,
se Jesus prometeu ficar conosco até o final dos tempos ele irá cumprir
literalmente esta promessa. Se ele disse que a sua Igreja iria se manter firme
por todo o sempre porque as portas do inferno não iriam prevalecer, nós cremos
que ele está cumprindo concretamente esta promessa.
Pois não é exatamente isto que constatamos na Igreja Católica? Dois mil
anos de existência ininterrupta. E que constância doutrinária e moral admirável!
Quantas perseguições e vicissitudes e no entanto "as portas do inferno não
prevaleceram". Parte desta unidade e estabilidade maravilhosa devemos
certamente à instituição da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério por
Cristo e pelos apóstolos.
O protestantismo negando tanto a Tradição quanto o Magistério sofre desde
os seus primórdios uma desintegração doutrinária assombrosa. Onde Cristo
fundou a Igreja Católica sobre a Rocha, Lutero e Cia fundaram a Igreja Evangélica
sobre a areia movediça da sola scriptura e do livre exame. E logo nas primeiras
ventanias, pôs-se a casa dos reformadores a desabar fragorosamente: tábuas lançadas
aqui e ali, telha lá e acolá, junturas e cacos em todas as direções.
As divisões e subdivisões do Protestantismo desafiam hoje a paciência dos
mais abnegados dos estatísticos.
Vejamos como no princípio deste século, o Reverendíssimo Pe. Leonel Franca
já chamava a atenção para este fato, descrevendo lucidamente o processo de
desagregação doutrinária do protestantismo, baseado no método da sola
scriptura e do livre exame: "Na nova seita (protestantismo) não há
autoridade, não há unidade, não há magistério de fé. Cada sectário recebe
um livro que o livreiro lhe diz ser inspirado e ele devotamente o crê sem o
poder demonstrar; lê-o, entende-o como pode, enuncia um símbolo, formula uma
moral e a toda esta mais ou menos indigesta elaboração individual chama
cristianismo evangélico. O vizinho repete na mesma ordem as mesmas operações
e chega a conclusões dogmáticas e morais diametralmente opostas. Não importa;
são irmãos, são protestantes evangélicos, são cristãos, partiram ambos da
Bíblia, ambos forjaram com o mesmo esforço o seu cristianismo" (In I.R.C.
Pg. 212 ,7ª ed.).
Vejamos alguns exemplos práticos: um fiel evangélico quer mudar de seita?
Precisa-se rebatizar? Umas igrejas dizem sim, outras não. Umas admitem o
batismo de crianças, outras só de adultos, umas admitem a aspersão, infusão
e imersão. Aquela outra só imersão, e mesmo há grupelho que só admite
batismo em água corrente e sem cloro! Aqui e ali as fórmulas de batismo são tão
variadas como as cores do arco-íris. Quer o sincero evangélico participar da
Santa Ceia? Há seitas que consideram o pão apenas pão (pentecostais) outras
que o pão é realmente o corpo de Cristo (Luteranos, Episcopais e outros). Uns
a praticam com pão ázimo, outras com pão comum, aqui com vinho, lá com vinho
e água, acolá com suco de uva. A Santa Ceia pode ser praticada diariamente,
mensalmente, trimestralmente, semestralmente, anualmente ou não ser praticada
nunca. Trata-se de ministérios ordenados? Esta seita constitui Bispos, presbíteros
e diáconos. Àquela só presbíteros e pastores, ali pastores e anciãos, lá
Bispos e anciãos, acolá presbíteros e diáconos, outras não admitem ministro
nenhum. Umas igrejas ordenam mulheres, outras não. E por aí, atiram os evangélicos
em todas as solfas quando o assunto é ministério ordenado. Após a morte, o
que espera o cristão? Pode um crente questionar seu pastor sobre isto? E as
respostas colhidas entre as denominações seria tão rica e variada quanto a
fauna e a flora. Há Pastor que prega que todos estarão inconscientes até a
vinda de Cristo quando serão julgados; outros pregam o
"arrebatamento" sem julgamento; outros, uma vida bem-aventurada aqui
mesmo na terra; aqueles lá doutrinam que após a morte já vem o céu e o
inferno; no outro quarteirão, se ensina que o inferno é temporário; opinam
alguns que ele não existe; e tantas são as doutrinas sobre os novíssimos
quanto os pastores que as pregam. Está cansado o fiel da esposa da sua
juventude? Não tem importância, sempre encontrará uma seita a lhe abrir
risonhamente as portas para um novo matrimônio. E de vez em quando não aparece
um maluco aqui e ali aprovando a poligamia? Lutero mesmo admitiu tal
possibilidade: "Confesso, que não posso proibir tenha alguém muitas
esposas; não repugna às Escrituras; não quisera porém ser o primeiro a
introduzir este exemplo entre cristãos" (Luthers M.., Briefe,
Sendschreiben (...) De Wette, Berlin, 1825-1828, II. 259). Não há uma pesquisa
nos Estados Unidos que demonstra que entre os critérios para um evangélico
escolher sua nova igreja está o tamanho do estacionamento? Eis o que é hoje o
protestantismo.
Vejamos neste passo a afirmação de Krogh Tonning famoso teólogo
protestante norueguês, convertido ao catolicismo, que no século passado já
afirmava: "Quem trará à nossa presença uma comunidade protestante que
está de acordo sobre um corpo de doutrina bem determinado? Portanto uma confusão
(é a regra) mesmo dentre as matérias mais essenciais" (Le protest.
Contemp., Ruine constitutionalle, p. 43 In I.R.C., Franca, L., pg 255. 7ª ed,
1953).
Mas o próprio Lutero que saiu-se no mundo com esta novidade da sola
scriptura viveu o suficiente para testemunhar e confessar os malefícios que
estas doutrinas iriam causar pelos séculos afora: "Este não quer o
batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o
juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros
aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as
cabeças" (Luthers M. In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, 6l). Um outro
trecho selecionado, prova que o Patriarca da Reforma tinha também de quando em
quando uns momentos de bom senso: "Se o mundo durar mais tempo, será
necessário receber de novo os decretos dos concílios (católicos) a fim de
conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da Escritura que
por aí correm" (Carta de Lutero à Zwinglio In Bougard, Le Christianisme
et les temps presents, tomo IV (7), p. 289).
Gostaríamos de terminar por aqui para não sermos enfadonhos. Quando o Pai
do Protestantismo, diante da dissolução das seitas, já há quinhentos anos
atrás, confessa ao outro "reformador" que seria necessário receber
de novo o Sagrado Magistério (Concílios) para manter a unidade, a regra do
livre exame e da sola scriptura já está julgada por si mesma.
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