Introdução
– São causadas por agentes
de vários tipos, como vírus, bactérias e protozoários.
Os vírus causam doenças como a febre amarela, sarampo e hepatite.
As bactérias disseminam a cólera, a hanseníase e a
tuberculose, entre outras doenças. Os protozoários provocam
a doença de Chagas, a leishmaniose e a malária. Nas regiões
Norte e Nordeste as doenças infecto-contagiosas são a terceira
causa de mortes, indicando a carência de atendimento a necessidades
como saneamento e acesso aos serviços de saúde. Medidas de
educação sanitária acessíveis à população
também são importantes na prevenção dessas
doenças.
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Contágio
– As doenças infecto-contagiosas
também são transmissíveis de um indivíduo para
outro, direta ou indiretamente. A transmissão do agente infeccioso
da pessoa contaminada para a próxima vítima pode ocorrer
por intermédio de mosquitos, caramujos ou pelo sangue ou plasma
sanguíneo – em transfusões de sangue –, ou ainda por gotículas
de muco e saliva expelidas pela pessoa infectada ao tossir, espirrar e
falar.
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MALÁRIA
– É causada pelo Plasmodium
falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae, transmitidos pela picada
de um mosquito, em geral da espécie Anopheles darlingi.
Sintomas – A pessoa contaminada
tem febre, suores, calafrios. Nos casos mais graves pode provocar insuficiência
renal, encefalite aguda, choque e coma.
Prevenção
– A principal forma de prevenção é o combate ao mosquito
transmissor.
Áreas de incidência
– Os Estados da Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão,
Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – concentram
cerca de 99% dos casos notificados em 1993. A alta incidência se
deve a duas fronteiras de expansão econômica – a extração
mineral e a cultura agrícola que submetem os trabalhadores e seus
familiares a condições de vida e trabalho muito precárias.
Números da malária
–Segundo estimativas do Ministério da Saúde para 1993, o
Brasil teve 469.929 casos de malária. O Estado do Mato Grosso responde
por 15,6% dos casos, e Rondônia, por 9,8% dos casos. O Pará,
sem ter todos os dados computados, teve 14,5% dos casos.
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TUBERCULOSE
– Causada pelo bacilo de Koch,
é transmitida pela inalação de secreções
de pessoas infectadas. Pode afetar pulmão, gânglios, laringe,
ossos, pele, articulações, intestinos e rins, mas a mais
comum é a tuberculose pulmonar.
Sintomas – A tuberculose
pulmonar provoca tosse, falta de ar, expectoração e hemorragias.
Prevenção
– A vacina BCG protege as crianças da meningite tuberculosa e miliar
– formas graves da doença – e deve ser aplicada na primeira semana
após o nascimento. O reforço é feito a partir dos
6 anos de idade.
Controle – O diagnóstico
adequado e o tratamento sem interrupções são as principais
medidas capazes de interromper a transmissão e controlar a tuberculose.
Fatores agravantes – O empobrecimento, a dificuldade de acesso aos serviços
de saúde e a associação com a Aids contribuem para
a expansão da doença, declarada em estado de urgência
no mundo pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em
abril de 1993. A OMS estima que ocorrem, no mundo, 8 milhões de
casos novos de tuberculose por ano e 2,7 milhões de mortes.
Números da tuberculose
– A doença vinha apresentando no Brasil, desde 1981, uma redução
média de 3,2% ao ano (de 63,4 casos por 100 mil habitantes em 1981
para 48,2 em 1990). A expectativa é de que esse número volte
a crescer devido à associação com a Aids. Acredita-se
que apenas 80% dos casos sejam notificados aos serviços de saúde.
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HANSENÍASE
– Chamada popularmente de lepra,
ela é transmitida pelo Mycobacterium leprae, bacilo que prefere
alojar-se na pele e nos nervos.
Sintomas – Manchas despigmentadas,
rosadas ou amarronzadas, insensíveis. Nos casos mais graves provoca
lesões e nódulos que se não forem tratados causam
deformidades e mutilações. Tratamento – Baseado na detecção
precoce e no tratamento ambulatorial prolongado. São usadas associações
de medicamentos.
Números da hanseníase
– O Brasil tem o segundo maior número de casos do mundo, depois
da Índia. Entre 1973 e 1991, o número de casos cresce de
6,8 por 100 mil habitantes para 20,6 por 100 mil habitantes. Segundo o
Ministério da Saúde, o Brasil é um dos poucos países
do mundo onde tem aumentado a incidência da doença.
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MENINGITE
Meningite é a inflamação
das meninges, membranas que se constituem numa uma espécie de revestimento
do cérebro. Podem ser causadas por vários germes diferentes,
principalmente bactérias e vírus. A meningite bacteriana
é rara, mas pode ser muito séria e precisar de tratamento
urgente com antibióticos. Há três principais formas
bacterianas: meningocócica (Neisseria meningitidis) pneumocócica
(Streptococcus pneumoniæ) por hemófilus (Hæmofilus Influenzæ)
Os nomes representam os diferentes organismos que causam meningites, isto
é, levam à inflamação das meninges.
A BACTÉRIA VIVE NATURALMENTE
NO NARIZ E NA GARGANTA A DOENÇA APARECE SE OS GERMES CRUZAM AS MENINGES,
AS MEMBRANAS QUE COBREM O CÉREBRO E MEDULA ESPINAL.
Tipos de meningites
Algumas formas de meningite bacteriana
afetam recém-nascidos. As mais comuns são a Escherichia Coli
e Estreptococo do grupo B. Estas formas são raras e estão
freqüentemente relacionadas à Meningite Neonatal. A meningite
HIB (Hæmófilus Influenzæ do tipo B) uma forma de meningite
bacteriana muito comum em crianças. Na Inglaterra este tipo de meningite
é agora muito rara e quase eliminada pela vacina contra Hemófilus
a qual foi introduzida no programa de imunização de rotina
(lá) em 1992. Ocorrem com certa freqüência em nosso meio,
principalmente nos meses de inverno, a meningite por meningococos dos tipos
A e C, assim como pelos meningococos do tipo B. Infelizmente não
há vacinas eficazes contra estes últimos (meningoccocos tipo
B).
Uma bactéria chamada pneumococo(Streptococcus
pneumoniæ), que tem comportamento invasivo, também é
responsável por casos de meningite.
Dos três agentes bacterianos,
o pneumococo apresenta o primeiro desafio para os desenvolvedores de vacinas.
Hoje, um total de 87 diferentes sorotipos de S. pneumoniæ causam
no mínimo um milhão de mortes por ano de pneumonia e cerca
de 50 000 mortes por meningite.
A meningite Viral (provocada
por vírus) é mais comum do que a bacteriana. Embora raramente
ofereça perigo de vida, ela pode debilitar gravemente uma pessoa.
A meningite Viral pode ser causada por muitos tipos diferentes de vírus.
Alguns são transmitidos por pessoas tossindo e espirrando, ou através
de falta de higiene. Não se consegue tratar Meningite Viral com
antibióticos e o tratamento é baseado em cuidados adequados
com o paciente. A recuperação é habitualmente completa,
mas podem persistir dores de cabeça, cansaço e depressão.
Em casos mais brandos de meningite viral, as pessoas podem até nem
mesmo procurar o médico, porém, os sintomas são parecidos
com os da forma bacteriana. Alguns com sintomas mais graves terão
de ser internados em hospitais e farão exames para identificar o
tipo.
A maioria dos pacientes tem uma
melhora completa se a meningite bacteriana for diagnosticada precocemente
e tratada imediatamente. Porem, em alguns casos, ela pode ser FATAL ou
levar a deficiências permanentes surdez e danos cerebrais.
Transmissão
QUALQUER PESSOA EM QUALQUER IDADE
PODE TER MENINGITE! Os germes que causam meningite bacteriana são
muito comuns e vivem naturalmente no nariz e na garganta. Pessoas de qualquer
idade podem ser portadoras destes germes sem desenvolver a doença.
Raramente eles vencem as defesas do corpo e causam meningite. Os germes
são transmitidos entre as pessoas através da tosse, espirros
e beijos, mas eles não conseguem viver fora do corpo por muito tempo,
porisso não são encontrados em reservatórios de água,
piscinas, edifícios e construções.
O que fazer para prevenir-se
contra a meningite?
Prevenção
– As principais medidas preventivas são o isolamento dos doentes
e a administração profilática de antibióticos.
Para alguns tipos de meningite existe vacina. Evitar aglomeramentos de
pessoas, reuniões, etc. quando houver um surto, já que o
contato com pessoa contaminada (mesmo antes de se apresentarem os sintomas)
pode pôr em risco a saúde de seu filho. Um dado interessante:
Parar de fumar melhora sua saúde de maneira geral e as pesquisas
indicam que podem reduzir os casos de meningite na família.
Sintomas
A meningite não é
fácil de identificar a principio porque os sintomas são semelhantes
aos da gripe. O reconhecimento rápido dos sintomas pode ser
a diferença entre vida e morte. A meningite é uma doença
grave pode evoluir por um ou dois dias, mas pode se desenvolver rapidamente
e algumas vezes em poucas horas o paciente pode estar seriamente comprometido.
Vômitos |
Febre |
Dor de Cabeça |
Intensa Rigidez de Nuca |
Intolerância à
luz |
Sonolência |
Letargia ("moleza") |
Dores nas Juntas |
Convulsões |
Septicemia |
Nem sempre todos estes sintomas
podem estar presentes:
Meningite nos Bêbes
Os bebês com meningite
podem apresentar ‘olhar penetrante’, febre, vômito ou recusar alimentos.
Estão freqüentemente irritados, choram de forma estridente
ou gemem quando manipulados. Podem ter dificuldade de acordar e sua fontanela
(a "moleira", ou seja, aquela região macia no topo de
sua cabeça), pode estar tensa ou saliente. Pode haver retração
do pescoço, e suas extremidades (dedos das mãos e dos pés)
podem estar frios apesar de estarem com febre .
Nem todos estes sintomas podem
estar presentes: Febre, que pode estar acompanhada de extremidades frias,
Recusando alimentos, Vômitos, Choro alto e gemente ou lamurioso Intolerância
à manipulação, agitação, irritação
Retração do pescoço com arqueamento das costas Expressão
vaga e penetrante, Dificuldade para acordar, letargia Manchas na pele
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SARAMPO
– Doença causada por um
vírus transmitido por secreções de nariz e garganta
de pessoas contaminadas. Atinge principalmente crianças.
Sintomas – Provoca febre
e manchas na pele. Nos casos mais graves causa pneumonia e encefalite.
A doença atinge com maior gravidade as populações
de baixa renda.
Prevenção
– A vacinação é a forma mais eficiente de prevenção
da doença. Diminuição dos casos – A campanha nacional
de vacinação contra o sarampo, iniciada em 1992, e os esquemas
de rotina nos municípios reduziram bastante o número de casos.
As notificações de sarampo baixaram de 42.532, em 1991, para
7.934 em 1992. A tendência à redução tem se
mantido. Dados preliminares indicam que em 1993 foram registrados 5.849
casos e até setembro de 1994, apenas 765. A Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS) prevê a erradicação
do sarampo nas Américas até o ano 2000.
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DIFTERIA
A difteria é uma doença
infecciosa aguda, provocada pelo bacilo Corynebacterium diphteriae, que
atinge principalmente crianças de 1 a 4 anos de idade.
Sintomas – Grossas placas
de aspecto esbranquiçado na garganta causam dificuldade para respirar
e engolir e perda da voz. A difteria quando atinge a laringe e a traquéia
pode causar sufocação.
Prevenção
– A vacina tríplice é a mais eficiente forma de prevenção
da difteria.
Números da difteria
– Em 1991 o Ministério da Saúde registra 495 casos. Esse
número cai para 252 em 1993. Em 1994, até 21 de setembro
são registrados 134 casos. Essa queda deve-se ao aumento da cobertura
da vacina tríplice em menores de 1 ano.
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COQUELUCHE
– É chamada popularmente
de tosse comprida. É causada pelo bacilo Bordetella pertussis. É
mais grave nos recém-nascidos e crianças pequenas.
Sintomas – A principal
característica é tosse convulsiva que deixa o doente sem
fôlego e pode provocar vômitos. Associada a infecções
secundárias, como broncopneumonia, pode ser fatal. Prevenção
– A vacina tríplice é a mais eficiente forma de prevenção
da coqueluche.
Números da coqueluche
– Os casos de coqueluche caem de 7.145, em 1991, para 4.963, em 1993.
Até 21 de setembro de 1994 são registrados 1.775 novos casos.
Essa queda deve-se ao aumento da cobertura da vacina tríplice em
menores de 1 ano.
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TÉTANO
– Doença infecciosa causada
pelo bacilo de Nicolaier. Normalmente ele se encontra na terra e nas fezes
de animais. O bacilo vive sem oxigênio e é encontrado em maior
número nas feridas profundas, especialmente aquelas que contêm
sujeira ou corpos estranhos. É muito grave e causa a morte na maioria
dos casos. O tétano neonatal é causado pela contaminação
do coto umbilical pelo bacilo. Sintomas – Dor aguda na ferida cerca de
sete dias após a contaminação, seguida de calafrios,
febre, dor de cabeça, rigidez abdominal, espamos. Posteriormente
causa rigidez muscular e convulsões.
Prevenção
– As medidas mais eficazes são
a utilização de vacina ou soro antitetânico. A vacina
tríplice dá uma imunização adequada às
crianças. Para conter o tétano neonatal, o Ministério
da Saúde tem vacinado as mulheres em idade fértil (de 15
a 45 anos) nos municípios considerados de risco.
Números do tétano
– Em 1991 são registrados 1.368 casos. Em 1993, 1.238. Em 1994,
até 21 de setembro são registrados 514 casos. De 218 casos
de tétano neonatal notificados em 1933, 200 foram estudados e revelaram
que 76% das mães não fizeram pré-natal; 79% não
tomaram vacina antitetânica; 71% dos partos ocorreram em domicílio;
61% foram feitos por parteiras tradicionais e 69% das crianças morreram.
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POLIOMIELITE
Doença viral transmitida
por fezes contaminadas. Pode ter como seqüela a paralisia dos membros.
Quando provoca paralisia do sistema respiratório pode levar à
morte. Sintomas – Após um período de incubação
de alguns dias ou semanas aparecem febre, vômitos, dores musculares
e paralisia. Prevenção – Um bom saneamento básico
e a vacinação de todas as crianças com a vacina Sabin,
introduzida no Brasil em 1961, são os métodos de contenção
da doença.
Números da pólio
– Desde março de 1989
o Brasil não apresenta casos de poliomielite confirmados. Em setembro
de 1994 a doença é considerada erradicada do país.
Esse resultado é alcançado com a vacinação
ininterrupta das crianças. O país havia assumido em 1985,
junto com outras nações latino-americanas, o compromisso
de erradicar a pólio do continente até 1990.
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CÓLERA
A doença é causada
pela bactéria Vibrio cholerae; no continente americano o tipo disseminado
é o El Tor. É transmitida principalmente pela água
e alimentos contaminados e sem esterilização ou pelo contato
com fezes e vômitos de pessoas infectadas. Sem tratamento, a taxa
de mortalidade chega a 50%.
Sintomas – Os principais
sintomas são a diarréia súbita e aquosa (como
a água de arroz), vômitos, cólica, dor de barriga
e câimbras.
O paciente sofre uma perda grande
de líquido e fica desidratado. Este quadro pode levá-lo à
morte em poucas horas.
Prevenção
– A cólera pode ser evitada com a extensão do sistema de
saneamento básico a toda a população. Os alimentos
crus devem ser muito bem lavados e a água deve ser fervida ou tratada
com produtos químicos que destruam o vibrião.
Ritmo da epidemia – A
atual epidemia de cólera é conseqüência da progressão
da sétima pandemia da doença, iniciada na década de
60. A cólera chega ao continente americano pela costa do oceano
Pacífico, em 1991. Desce os rios da Bacia Amazônica e instala-se
nos Estados do Amazonas e Pará. A seguir chega ao Maranhão.
Em 1992 atinge a Paraíba. De forma descontínua, difunde-se
por todos os Estados do Nordeste. Nos primeiros meses de 1993, avança
para o Sul do país e alcança os Estados de Minas Gerais e
Rio de Janeiro. De janeiro a setembro de 1994, 98% dos casos ocorrem na
região Nordeste.
Atenção:
Logo os primeiros sintomas do
cólera, procure o serviço médico mais próximo.
COMO SE TRANSMITE
· Através da água
não tratada.
· Alimentos contaminados
por água infectada, por mãos sujas ou por insetos como moscas
e baratas.
· Peixes, crustáceos
e frutos do mar crus ou mal cozidos.
COMO EVITÁ-LA:
· Cuidados com a qualidade
da água
- Os usuários
de poços deverão fazer limpeza das cisternas e caixas d’água,
escovando suas paredes até retirar todo limo. Após a limpeza,
proceder à coloração da água, utilizando solução
de hipoclorito de sódio a 2,5 por cento na seguinte proporção:
- Caixa de 1.000 litros
d’água
- 1 copo pequeno (150
ml) ou 10 colheres de sopa.
- Caixa de 500 litros
d’água
- Meio copo pequeno
(75 ml) ou 5 colheres das de sopa.
- Ferva por dez minutos
toda a água de beber e de lavar alimentos.
· Cuidados com os alimentos
- Proteja os alimentos
do contato com os insetos, como moscas e baratas.
- Evite ingerir alimentos
os quais você não conheça a procedência e modo
de preparo, principalmente os expostos na rua.
- Sucos, picolés,
sorvetes e vitaminas só com água tratada e fervida.
- Lave com água
fervida e água sanitária as frutas, legumes e verduras. Para
cada litro colocar 1 colher de sopa, deixando-as de molho por 30 minutos
nessa solução.
- Peixes, crustáceos
e frutos do mar devem ser bem cozidos.
- Os talheres e utensílios
para alimentação devem ser especialmente limpos.
· Higiene Pessoal
- Lave bem as mãos
antes das refeições, após ir ao banheiro, quando chegar
em casa e depois de trocar as fraldas do bebê.
- Caso não haja
instalações sanitárias, enterre as fezes. Não
evacue em margens de rios, próximo a poços ou a caminhos
utilizados por pessoas ou animais.
Atenção:
Logo os primeiros sintomas do
cólera, procure o serviço médico mais próximo.
DENGUE
Também conhecida como "febre
quebra ossos", é uma doença infecciosa, que pode ser
classificada em dois tipos: a de Tipo 1 ou Clássica, e a
de Tipo 2 ou Hemorrágica. Os primeiros sintomas de ambas
começam a aparecer três a cinco dias após a picada
do mosquito Aedes Aegypti.
SINTOMAS GERAIS
· Febre alta ( em torno de 40 graus
centígrados )
· Dor de Cabeça
· Cansaço
· Dores nos olhos
· Dores musculares e nas articulações
· Depressão
· Perda de apetite
· Diarréia e vômitos
· Aparecimentos de erupções
O QUE FAZ A DIFERENÇA
Dengue do Tipo 1 ou Clássica:
· Febre cessa dentro de três
a sete dias.
· O cansaço e a falta de apetite
podem durar de 15 a mais dias.
Dengue Tipo 2 ou Hemorrágica:
· Só ocorre em pessoas que já
tiveram a Dengue do Tipo 1.
· Podem acontecer sangramentos espontâneos,
através das fezes, dos vômitos e pelas urinas.
Importante: Quando a hemorragia é grande,
a pele do doente fica pálida, úmida e sua pressão
arterial tem uma queda significativa. Este quadro poderá levar a
pessoa à morte.
A Dengue
é uma doença transmitida pela picada dos mosquitos Aedes
aegypti ou Aedes albopictus,
contaminados após terem picado uma pessoa doente. Seu período
de incubação é de 8 a 10 dias.
SOBRE O MOSQUITO TRANSMISSOR
· O mosquito da Dengue, o Aedes
Aegyti, é o mesmo que transmite a febre amarela, doença
comum em algumas regiões do Norte e Nordeste do país.
· Ele só ataca de dia, e não
à noite, como a maioria dos mosquitos.
· Seus ovos resistem por vários
meses em ambiente secos.
· Em contato com a água começam
a se desenvolver.
Os sintomas da Dengue são
semelhantes a uma gripe: dores de cabeça e nas articulações,
fraqueza, falta de apetite, febre e carocinhos avermelhados na pele. Sua
duração varia de 5 a 7 dias. A dengue também pode
se manifestar na forma hemorrágica que atinge, principalmente, as
pessoas anteriormente acometidas pela forma benigna da doença. Ela
se caracteriza por alterações no sistema circulatório,
com a fragilização das paredes das veias, o que ocasiona
sangramentos de intensidade variada.
Não
existe tratamento específico contra a dengue. A pessoa doente de
dengue deve manter-se em repouso, beber muito líquido e só
usar medicamento para aliviar as dores e febre. Não devem ser usados
remédios à base de ácido acetil salicílico,
como a Aspirina e o AAS. Caso haja piora do estado do doente deve-se procurar
orientação médica.
As pessoas
que já contrairam a forma benigna devem procurar, imediatamente
, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas, pois
pode ocorrer o risco de estar com dengue hemorrágico, que é
a forma mais grave da doença, e que pode levar à morte.
Como
Combater a Dengue
O melhor método
para se combater a dengue é evitando a procriação
do mosquito Aedes
aegypti que
é feita em ambientes úmidos ou em águas paradas. Quando
a equipe da Fundação Nacional de Saúde - FNS passar
com o "fumacê" que pulveriza inseticida, abra completamente
as portas e janelas, cubra os alimentos, as gaiolas, os aquários,
e os latões contendo água de beber.
Outras maneiras
de combater a Dengue.
- Vasos de plantas
ou flores: mantenha o prato que fica embaixo dos vasos sempre seco. Verifique
isso todos os dias. Não tenha em casa plantas em vasos com água,
como as gravatás e bromélia. Encha o vaso de terra ou areia.
- Jarra de flores:
troque a água duas vezes por semana, lave bem a jarra para eliminar
os ovos do mosquito que podem estar nas paredes ou no fundo.
- Copinhos plásticos,
tapinhas de garrafas ou refrigerantes, casca de côco ou de ovos,
esvazie todos para evitar que venham acumular água de chuva e jogue-os
fora na lixeira.
- As garrafas
vazias devem ser guardadas em lugares cobertos e de cabeça para
baixo.
- Bebedouro
de aves e animais devem ser guardados em lugares frescos e a água
ser trocada todos os dias, ou pelo menos uma vez por semana, e serem lavados
com bucha ou escova.
- Pneus velhos
devem ser furados para escoar a água da chuva. De preferência
mantenha-os em lugares cobertos e secos.
- Poços,
tambores e outros depósitos de água devem sempre ter tampa.
- Banheiras
deixadas no quintal devem ser colocadas de cabeça para baixo. Os
borracheiros devem trocar a água dos depósitos uma vez por
semana.
- Sapatos velhos
jogados em lugares abertos também acumulam água. Jogue-os
no lixo.
- As caixas
d'água e cisternas de prédios devem ser limpas com freqüência
e devem ficar tampadas.
- Os latões
de lixo devem ser limpos.
- O lixo caseiro
deve ser ensacado em plástico e posto à disposição
da limpeza urbana.
- Chame a limpeza
urbana de sua cidade para remover lixo e entulhos, bem como para escoar
águas paradas ou empoçadas.
EM CASO DE SUSPEITA
· Procure imediatamente
um hospital ou posto de saúde.
· Não tome nenhum
remédio sem orientação médica.
· Nada de antitérmicos,
analgésicos, antibióticos ou qualquer outro remédio.
· Tome muito líquido,
principalmente suco de frutas, e se alimente o melhor possível.
O MOSQUITO AEDES AEGYPTI É O TRANSMISSOR
DO VÍRUS DA DENGUE, DOENÇA INFECCIOSA QUE SE NÃO TRATADA
DEVIDAMENTE, PODE LEVAR À MORTE.
APRENDA A EVITÁ-LA.
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